A HISTÓRIA PARA BOI DORMIR GANHA MAIS UM CAPÍTULO

Todo mundo conhece bem aquela popular história que afirma com todas as letras que “cavalo não sobe escada”, nas entrelinhas isso quer dizer que alguma coisa está errada na conversa, ou seja, fuja desse negócio em andamento o quanto antes.

Imagine agora como pode um cavalo parar em cima do telhado, foi até eletrizante a forma escolhida para resgate do “Caramelo”, e felizmente tudo correu como o planejado pela eficiente equipe de bombeiros escalada para dar a solução do caso midiático.

Se jabuti em cima de um galho de árvore já dá indícios de maracutaia, então o que pensar a respeito de um quadrúpede de 350 quilos estacionado sobre telhas, me parece até insumo de realidade fantástica.

Seria essa uma pista para desvendar o porquê de uma estrutura preparada para suportar até seis metros de altura, mas que sucumbe e se deixa enganar com apenas cinco metros e meio.

Seria isso um erro do tipo métrico? Em outras palavras, para reduzir custos e maximizar a propina, você compra seis metros, mas a empresa só te entrega quatro metros de capacidade?

Uma outra hipótese poderia estar associada à quantidade de megabombas necessárias para drenar o que porventura brotar de água, seguindo a mesma lógica, ao invés de trinta e cinco bombas, a empreiteira resolveu instalar apenas vinte e cinco, deixando de lado a necessidade de precisar formular um plano B.

E finalmente a hipótese mais plausível, aquela que envolve manutenção de infraestrutura, aliás, uma especialidade que bem caracteriza qualquer dos entes públicos e de tabela boa parte também dos privados.

Efetivamente ninguém pensa ou orça verba específica para manutenção de qualquer empreendimento de vulto, se para estruturas visíveis como o transporte público, limpeza de logradouros, manutenção de equipamentos de praças ou mesmo a tão necessária iluminação pública o agente estatal falha com frequência, imagina agora para equipamentos invisíveis por estarem enterrados ou dentro de ambientes inacessíveis a população.

Para piorar a situação, esse aparato de defesa só precisa ser utilizado em momentos raros, pelo menos até então.

Aquelas afirmação de que Deus é brasileiro foi sempre uma desculpa esfarrapada, que acabava dando certo, pois dificilmente uma estrutura complexa como essa precisava ser testada, nos momentos posteriores à inauguração, e ficava impossível confirmar a veracidade das informações relatadas pela autoridade naquele momento solene da inauguração.

O negacionismo climático contribuiu para a tragédia, pois para a grande maioria de nossos queridos parlamentáveis o aquecimento global é coisa de ambientalista de extrema esquerda. E nada de errado pode acontecer. E caso se concretize uma tragédia, melhor ainda, pois vai jorrar verbas nas três instâncias de poder, e sem necessidade de licitação, ainda vamos poder fazer crescer nossas riquezas pessoais.

Alcides José de Carvalho Carneiro
Enviado por Alcides José de Carvalho Carneiro em 13/05/2024
Código do texto: T8062515
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