QUEM EU SERIA SE EU NÃO FOSSE O EU DE HOJE? (LIVRO A BIBLIOTECA DA MEIA NOITE, FILME EFEITO BORBOLETA...)

Olá amigos(as) leitores(as), tudo bem com vocês?

Estou lendo um livro best seller. Mais de dois milhões de unidades vendidas mundo a fora e que tem despertado paixões nos seus leitores. O livro é a Biblioteca da meia noite.

Como eu falei, ainda estou lendo. Ele tem mais de 400 páginas e agora que cheguei na 100, mas já entendi a sua pegada: mexe com a filosofia da tomada de decisão, igual no antigo programa de Sérgio Mallandro que apresentava três portas ao convidado e numa delas tinha um bom presente, noutra um presente meia boca e por fim na outra um monstro. Só que na vida ao invés de três portas temos um labirinto com caminhos emaranhados e a cada esquina o resultado poderá ser diferente e totalmente diverso se caso outra escolha fosse tomada.

A linguagem do livro é fácil. Pelo menos o tradutor fez um bom trabalho. O autor usa e abusa de figuras de linguagem para faciliar a contrução da imagem na mente do leitor. Eu não o classificaria como um dos melhores livros que já li, mas talvez um adolescente que esteja passando por uma crise de identidade o faça.

Relembrando o que falou Salomão de que "Não há nada de novo debaixo do sol" lamento informar que o pano de fundo do livro já foi explorado pelo menos por um filme, O Efeito Borboleta. Quem não assitiu, recomento demais.

O filme trás justamente essa questão da tomada de decisão, por menor que seja, tal como o bater de asas de uma borboleta no Brasil que pode causasr um terremoto no Japão, assim também faz o livro Biblioteca da Meia Noite.

O filme eu recomendo de olhos fechados. O livro... Recomendo se você não tiver uma leitura mais interessante ou se quiser ler algo leve para passar o tempo. Dá para ler numa tarde. 400 páginas numa tarde? Dá sim. Como eu falei, a linguagem é simples e narra uma história de fácil assimilação.

II

"— Eu pedi pela vida onde Voltaire ainda estava vivo.

— Na verdade, não foi isso que você pediu.

— O quê?

Ela baixou o livro.

— Você pediu pela vida onde deixava Voltaire dentro de

casa.

Isso é totalmente diferente."

Se eu fosse um mestre do esoterismo diria agora para você: CUIDADO COM O QUE VOCÊ PEDE! Mas, eu não sou. E nem muito menos coach motivacional... O trecho que trago entre aspas é uma cena que acontece com a personagem principal do livro A Biblioteca da Meia Noite.

A personagem tem um gato, ou ela tinha uma gato já que ele morreu. Então ela faz um pedido (não vou me aprofundar senão será necessário spoiler,rs). Pois bem, ela faz um pedido que na cabeça dela era o pedido correto. Vamos supor que ela tenha falado assim: "Eu quero o meu gato de volta em casa." Pronto. O seu pedido foi atendido, mas não da forma como ela esperava. Ela tem o gato de volta mas tão morto quanto estivesse fora de casa.

Ela vai reclamar de que não era aquilo que ela tinha pedido. Mas, foi exatamente aquilo que ela havia pedido, o gato dentro de casa. Se não conseguiu o que havia pedido foi porquê não soube pedir. Aqui foi inevitável me recordar de um trecho da Carta de Tiago que diz mais ou menos assim: "Pedis e não recebeis porque pedis mal."

Agora, me lembro de uma cena do filme Aladdin, onde ele está preso na caverna dos tesouros e encontra a lâmpada mágica ela primeira vez. Ao esfregar o gênio surge e já lhe garante os três desejos. O diálogo corre mais ou menos assim:

-Três desejos?

-Sim. Você é o meu amo.

-Não sei se acredito nisso. Você tem cara que nem pode nos tirar daqui... -Diz Aladdin.

O gênio sente que o escudo do seu orgulho foi flechado pela dúvida do rapaz e imediatamente tira-os da caverna.

-Puxa, não é que você é podereso mesmo. Agora eu quero os meus três desejos.

-Você agora só tem mais dois, garoto. Já usou um.

-Usei nada. Você nos tirou de dentro da caverna porque você quis, eu não pedi nada.

E foi assim que Aladdin passou a perna no gênio.

E você, o que pedes?