SOBRE SER MÃE

Amo minhas filhas irremediavelmente, extremamente, fatalmente…

E tomaria um milhão de vezes a decisão de tê-las. Jamais abriria mão dessa experiência e desse amor irrefreável. Dessa troca de carinho compreensível que une mãe e filho.

Mas não romantizo a maternidade. As dificuldades do SER MÃE são muito presentes e gritam muito alto em mim. E não sou nem de longe a mãe que gostaria de ser e o que penso ser realmente uma autêntica mãe. Apesar de cotidianamente me esforçar ao máximo para ser suficientemente boa.

Maternidade é lidar com a imperfeição. O tempo todo damos de cara com o inexato, pois por mais que tentemos, não conseguimos ser perfeitas. Ao nos tornamos mães, passamos a sentir uma variedade enorme de sentimentos não identificados que nos tornam incompreensíveis até para nós mesmas. Ganhamos de brinde uma aflição e uma inquietude eternas. Agimos exacerbadamente e erramos constantemente, na ânsia desesperada de acertar, de dar sempre o melhor. E erramos muito! Não por falta de amor, mas por excesso. Afinal todos esses sentimentos se resume no amor desmedido que sentimos. Mas isso não justifica nossos erros nem nos tornam perfeitas.

Não romantizo a maternidade, exatamente porque entendo a sua grandiosidade. Maternidade muito além de opção, é doação! Doar-se dia após dia, desde a decisão tomada, para todo o sempre. Jamais deixa-se de ser mãe.

Maternidade é um lindo mistério! Mesmo a mais frágil das mulheres ao tornar-se mãe, ganha uma força extra arraigada do mais profundo de suas entranhas. . Ao tornar -se mãe automaticamente ganha -se uma fortaleza que pensávamos não termos. Tamanha esta fortaleza que a necessidade de cuidados consigo mesma, passa despercebida por quase todos. Mas como disse São Paulo na carta ao Coríntios, Quando sou fraco, aí que sou forte.

Virginia Santana
Enviado por Virginia Santana em 12/05/2024
Reeditado em 20/05/2024
Código do texto: T8061592
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