Tardes de Amargura

No sopro do vento, suspiros ecoam,

Nas sombras da noite, lágrimas caem,

O coração, um poço de dor sem fim,

Emaranhado no teu amor que trai.

Nos olhos, o reflexo da solidão,

No peito, a angústia, a desilusão,

O sonho desfeito em escombros de ilusão,

O amor, um veneno sem perdão.

Entre os espinhos, busquei a flor,

Mas encontrei apenas dor e torpor,

O doce néctar, agora amargor,

O amor, um fardo pesado de sofrer.

No fim da jornada, resta a certeza,

Que o amor é uma sina, uma tristeza,

Um engano que dilacera a beleza,

O amor, afinal, é a mais cruel rudeza.

Otto F
Enviado por Otto F em 14/05/2024
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