Tardes de Amargura
No sopro do vento, suspiros ecoam,
Nas sombras da noite, lágrimas caem,
O coração, um poço de dor sem fim,
Emaranhado no teu amor que trai.
Nos olhos, o reflexo da solidão,
No peito, a angústia, a desilusão,
O sonho desfeito em escombros de ilusão,
O amor, um veneno sem perdão.
Entre os espinhos, busquei a flor,
Mas encontrei apenas dor e torpor,
O doce néctar, agora amargor,
O amor, um fardo pesado de sofrer.
No fim da jornada, resta a certeza,
Que o amor é uma sina, uma tristeza,
Um engano que dilacera a beleza,
O amor, afinal, é a mais cruel rudeza.