- Solidão!

Ó solidão, tu que habitas os recantos mais profundos da alma,

Silenciosa companheira dos momentos solenes e quietos,

Teus passos ecoam na câmara secreta do ser,

Onde os ecos das vozes do mundo desvanecem em melancolia.

Em ti, encontro a vastidão dos desertos noturnos,

Onde as estrelas cintilam como pontos de luz distantes,

E a lua derrama sua serenidade sobre a terra deserta,

Envolvendo-me em um manto de introspecção e reflexão.

Tu és a confidente dos pensamentos mais íntimos,

Testemunha silente das lágrimas derramadas em silêncio,

Nas noites insones em que a mente vagueia sem rumo,

E os suspiros se misturam com o eco dos meus passos solitários.

Mas não és apenas a sombra que me acompanha na jornada,

És também a mestra que me ensina a contemplar a solidão,

A encontrar beleza na quietude e serenidade no vazio,

A descobrir a força que reside na minha própria companhia.

Ó solidão, tu que és tão temida e incompreendida,

És também a fonte de inspiração e crescimento interior,

És a chama que alimenta a busca pela verdadeira essência,

E a chave que abre as portas da autenticidade e da autoconsciência.

Que eu possa abraçar-te com coragem e serenidade,

Aceitando tua presença como parte inevitável da existência,

E aprendendo a encontrar conforto e paz no silêncio da alma,

Onde a solidão se transforma em um suave sussurro de sabedoria.

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 12/05/2024
Código do texto: T8061828
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