CANÇÃO DO VENTO 

 

Valdi Rangel

 

 

Vento, você faz versos

nas folhas secas

levitando na poeira

Do corre corre cotidiano

Entre os jardins, as borboletas

e os bagaços podres das feiras

 

Tua poesia é redemoinhos

Em força ligeira

Teu sopro invisível rolando,

mudando de direção todo tempo

Circula os campos e as cidades descendo e subindo as ladeiras

 

Corre vento, cata vento

Sobre mar e cidades

Refrigera o calor intenso

Que esquenta esse viver cotidiano,

das almas viventes, que buscam a felicidade

 

Trás o balançar das bandeiras brancas

Que trazem paz à humanidade, e o fim das terríveis dores e atrocidades

 

Corre vento, papa vento

Cata vento, canta vento

A canção da esperada amizade

 

Tuas asas são hélices em movimentos

Voando nas tempestades

Te peço vento, transforma tua brava furia

num vento manso de branda intensidade