Franjas laranjas

O sol estende as franjas no infinito,

e as esperanças brilham nas varandas.

Passeiam sonhos entre aragens brandas,

ouve-se no ar um cântico expedito.

Despertam-se as roseiras e as guirlandas,

a vida acorda em ânimo inaudito;

parece-me dizer com ledo grito:

“Por quais destinos frios vais ou andas?

Não vês? O sol estende as suas franjas

translúcidas, alegres e laranjas;

já se extinguiu a noite mais sombria!”

Dispenso, ao longe, o meu temor noturno.

Os olhos brilham. Há um novo turno.

Os versos cantam! Pulsa a poesia!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 14/05/2024
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