O mundo se esqueceu do holocausto do povo invisível?
Homens e mulheres sacrificados numa época terrível.
O inocente que gritava; o pânico do idoso que clamava!
Lamentos em vão; eram arrastados para a câmera de gás.
Os gritos pediam por piedade; mas o mal trucidava a paz.
Como sentença era proibido ter o sangue cigano na veia!
Alguns deles enfrentavam com destemor a maldade alheia.
Uma coragem sem limites; não aceitavam o inicio da morte.
Sabiam que no momento não adiantava acreditar na sorte.
Torturas hediondas desenhavam aquele cenário desumano
O Slogan cruel dizia que depois dos judeus seriam os ciganos!
Como olvidar esta exterminação que até hoje fere o coração?
Irmãos em paz, que só querem caminhar; o sol indica a direção.
Grandes espíritos de luta que ainda enfrentam o preconceito!
A melancolia enfraquece quando o estímulo é o amor no peito
Não há como esquecer toda morte que provocou enorme dano
O pranto vai se abrandando; Santa Sara é a visão do Povo Cigano!
Janete Sales Dany
Poema baseado no texto:
Myriam Novitch, diretora do Museu dos Combatentes dos Guetos, fundado no Kibutz Lohamel Haghetaot por um grupo de sobreviventes do Gueto de Varsóvia.
http://www.kumpaniaromai.com.br/textos/ciganoseoterrornazista.htm
Utilizei uma imagem do Holocausto que está em domínio público:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Child_survivors_of_Auschwitz.jpeg