Salve, salve! O Ministério da Cultura vai retornar.
 
Espero que essa decisão seja a última palavra sobre a grande polêmica a qual tomou conta das notícias nesses primeiros dez dias de Temer.
 
As idas e vindas do governo interino lembram “Os Trapalhões”, contudo o divertido quarteto pretendia trazer o melhor humor e conseguiu alegrar os saudosos domingos que jamais esqueci.
Michel Temer não lidera o Brasil para ser engraçado nem deve aceitar a indecisão soprando conforme tanto ocorreu nas atitudes que adotou.
É preciso saber o que fazer, sem hesitações e vacilos.
 
Acabar o MinC causou uma profunda indignação, porém li comentários que realçam uma compreensão cultural lamentável.
Algumas pessoas, incluindo Alexandre Frota, pedem o Brasil priorizando outros caminhos, elas asseveram que os gastos com a cultura podem acontecer depois.
 
Incomoda conferir a opinião acima, porque fica difícil, talvez impossível, definir o que superaria a cultura sondando as necessidades humanas.
O que é mais relevante? Ter uma casa ou desfrutar os valores culturais? Nutrir o organismo ou saborear as riquezas ofertadas pela arte?
Que espécie de civilização nós imaginamos construir sugerindo que a cultura ocupa um segundo plano?
Basta o estômago cheio e uma casa acolhedora?
 
No período dos homens grosseiros, aqueles que conseguiam sua caça e garantiam uma ótima caverna dormiam satisfeitos.
Hoje, quando a mente quer demais abandonar a casca, faz sentido enxergar a cultura como uma conquista secundária?
 
Ressaltando a incoerência de certas reflexões, vale citar que os gastos culturais, no Brasil, são ridículos.
Se a Saúde e Educação seguem mal, não é culpa da cultura.
Aliás, uma população farta, culturalmente falando, ajudaria bastante as escolas, estimulando conservar o bem-estar do corpo e da mente.
 
Considerando que a cultura é ilimitada, almejando aproveitar sua mão, sempre tranquila e favorável, preocupa, nessa intensa discussão que a extinção do MinC gerou, notar a pobreza cultural comandando diversos corações brasileiros. 
Se fomentar cultura parece bobagem, as cavernas não passaram, ainda há indivíduos descansando a cabeça nas moradas rústicas dos homens primitivos.
 
* Aplaudo a recriação do ministério que jamais mereceu conhecer o fim, entretanto proponho analisar as ações e reações as quais mostraram muitos cidadãos pensando exatamente igual a Frota.
 
Não há culpados, todos somos vítimas, qual é a solução?
 
Crescer a chama da poesia pode ser uma excelente opção.
Talvez estimule vencer o vazio cultural que o debate revelou.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 22/05/2016
Reeditado em 22/05/2016
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