O pensamento filosófico de Jurgen Habermas.

Alemanha.

Habermas o filósofo com maior influência na escola de Frankfurt, ele discorda essencialmente da filosofia de Adorno e Horkheimer, no que se referem aos conceitos centrais da análise realizada por ambos.

Adorno e Horkheimer chegaram a um impasse epistemológico, quanto a possibilidade da razão ser emancipatória, uma crítica veemente a filosofia iluminista liberal.

A razão está asfixiada pelo desenvolvimento do capitalismo liberal, a chamada economia de exclusão, portanto, a filosofia pouco poderia fazer diante da razão instrumentalizada politicamente.

Habermas chegou a conclusão, que tal epistemologização é extremamente perigosa, pois conduz uma crítica radical a modernidade, com consequências irreparáveis devido a irracionalidade da própria crítica.

Desse modo, formula um artigo famoso, Modernidade versus pós-modernidade, no qual enfatiza o referido aspecto, afirmando a irracionalidade na denominada filosofia pós-moderna.

Por outro lado, afirma que a modernidade ainda não se efetivou plenamente, de tal modo, não teria sentido a formulação pós-moderna.

Sendo assim, o projeto de racionalização do mundo, ainda está em desenvolvimento, a filosofia como crítica analítica não foi totalmente esgotada. Desse modo, Habermas é considerado como o último grande racionalista.

Discorda frontalmente da análise de Adorno e Horkheimer, segundo a qual a razão não mais se realizaria no mundo, pois o capitalismo fundamentado no liberalismo narcotizou a consciência proletária.

Portanto, de tal modo, não haveria mais nenhuma transformação, o que de certo modo seria um preparo para o neoliberalismo.

Para Habermas tal análise era falha, sendo assim, fundamental retomar a razão de cognição na efetivação do projeto de emancipação. Porém, sendo mais dialético, com nova base epistemológica.

Na verdade o que Habermas fez foi romper com a teoria marxista da história, não identificando mais o proletariado com o processo de transformação social, dando ao referido aspecto social liberal e não apenas liberal.

Habermas propõe uma nova perspectiva de conceito de razão, denominada de razão dialógica, o diálogo como arte da argumentação, entre as diversas forças de transformação.

A linguagem como mediação para o consenso, necessário, com efeito, que novas estruturas promovam as condições de liberdade para o diálogo.

A verdade não é mais entendida, como adequação do pensamento a realidade, todavia como fruto da ação comunicativa, não como verdade subjetiva como propõe o mundo pós-moderno, todavia, como verdade intersubjetiva.

Desse modo, a razão deixa de formular valores absolutos, sendo que a verdade toma conceitos de substancialidades de consensos.

Sendo assim, a validade da verdade será tanto maior, quanto mais consensualidades tiverem, por meio do entendimento dialógico.

Portanto, supera a crítica da razão de instrumento, formulada por Adorno e Horkheimer introduzindo a filosofia da linguagem no desenvolvimento da razão comunicativa, orientando a crítica da razão de instrumento, salvando a mesma parcialemnte, em uma nova dialética a razão de cognição dialógica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 13/11/2017
Reeditado em 13/11/2017
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