Uma visão marxista da história.

Para Marx os homens não podem ser entendidos abstratamente, como reflete Hegel. Portanto, isolados como é na filosofia de Feuerbach e Proudhon.

Por outro lado, criticou também Schopenhauer, os homens não podem ser analisados fora das relações sociais. A essência dos homens reflete Marx resulta-se do conjunto das relações sociais.

Significa desse o modo, a forma como as pessoas agem, pensam, comportam, vincula-se com o modo como dão as relações produtivas.

Em síntese os homens são determinados pelo modo de produção da vida material, como produzem os meios de sustentação, desse modo, os homens são produtos de ideologias econômicas.

A síntese do que é exposto foi formulada por Marx em sua obra, Ideologia Alemã. Os homens constroem a si mesmos ao produzirem os bens materiais necessários a própria vida.

Entretanto, por que isso acontece, responde Marx, a produção da vida material condiciona a vida social, política e econômica, dessa forma, os homens pensam ideologicamente.

Em seu livro o capital analisa a lógica do modo de produção capitalista, no qual a força do trabalho é transformada em mercadoria.

Com efeito, os homens são explorados por meio da mais valia, o valor não pago pela força do trabalho. A única mercadoria que os homens têm é a força do trabalho.

Marx compreende o desenvolvimento histórico social resultado das transformações capitalistas, por meio do materialismo histórico e dialético.

A dialética marxista é oposta a dialética hegeliana, em resumo é uma antítese a dialética de Hegel. Marx reconhece o mérito de Hegel por ser o primeiro a formular bem o método dialético, entretanto, uma dialética incompleta e ideológica.

O erro de Hegel sua dialética é conservadora, motivo pelo qual é um instrumento de legitimação da realidade existente. A dialética de Marx leva o entendimento da realidade, negando a sua existência como mistificadora.

A transição do modo de produção em Marx, pelo fato de tudo ser transição, na perspectiva de Marx, propõe o antagonismo a superação do modo de produção, sendo que Hegel tem como finalidade a conservação.

Motivo pelo qual Marx na formulação da sua dialética propõe desmistificar o núcleo central da dialética de Hegel.

Marx entende o fluxo do movimento dialético, o mecanismo de sua transição dentro do liberalismo econômico, o que não entende Hegel.

Portanto, compreende a história na evolução de cada etapa, refletida como transição, o que é transformada pela evolução capitalista, entretanto, essa evolução não inclui os trabalhadores, a diferença fundamental entre Hegel e Hegel.

Hegel entende a história guiada por uma razão espiritual metafísica, não modo de produção, a forma pela qual efetiva cada estágio de desenvolvimento.

Marx o modo de produção a passagem de um modo para o outro, efetiva-se quando as forças produtivas entram em colapso, a inadequação das relações produtivas.

Nesse momento surgem as condições objetivas das transformações sociais, no caso da superação do capitalismo para o socialismo.

Portanto, o desenvolvimento do liberalismo econômico, seria a condição a priori para a transformação da sociedade socialista, compete apenas a classe operária a ser revolucionária.

Desse modo, para Marx a luta de classes é o motor da história, não há transformação sem consciência formada, a história não desenvolve revolucionariamente sem a dialética como produto do materialismo histórico.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/11/2017
Reeditado em 17/11/2017
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