Sou ateu e Marcos Feliciano me representa.

Sou ateu, comunista e ex militante da luta contra a Ditadura Militar que usurpou o Governo do País.

E apesar dessas idiossincrasias afirmo com todas as letras que o Deputado "Pastor" Feliciano me representa, por um motivo prosaico: lutei para que isso acontecesse.

Representa-me por eu ter feito parte de um grupo que abdicou de parte da juventudade, da inocência, da integridade fisica e, alguns, da própria vida em troca do Sagrado Direito de se escolher quem representaria a Sociedade, ainda que o escolhido fosse gente como ele.

Representa-me por eu ser parte de um Povo que teve a responsabilidade de tê-lo eleito, quando em 1988 aprovou a Carta Magna que estipulou o Regime de Representação Parlamentar.

É claro que eu não concordo com suas ideias e posições em nmero, gênero e grau, mas isso nao elimina o fato de que o referido senhor foi eleito. Que ele representa, goste-se ou não, o povo ao qual pertenço. Logo, ele me representa, sim!

Porém, esse Mandato que lhe foi conferido não é um passe livre para que ele exerça a sua "Nova Santa Inquisição".

É de sobremodo importante que ele e quem o elegeu entendam que a Vossa Excelência não passa de um mero Servidor Público e, portanto, submetido à Constitução como todos os cidadãos.

Que ele não está acima da Lei e essa Lei Geral prevê que o Brasil é um país laíco, ou seja, está isento de ser gerido segundo qualquer um dos canones religiosos.

É preciso que ele e que seus eleitores entendam que a Fé que professam só a eles importa, pois, digo por mim, pouco me importa o que apregoa as chamadas "Santas Escrituras". Não esperem que eu cometa a hipocrisia de dizer que respeito as Religiões. Não. Não as respeito, apenas as tolero enquanto não me incodam direta ou indiretamente.

Por tudo isso, conclamo aos que concordem com a minha posição que avancemos na luta para que o cargo que o Senhor Feliciano ocupa lhe seja tomado e que nele assente alguém que tenha cultura mais sólida e sabedoria menos sectária, pois se a Democracia implica no respeito pela decisão da maioria, também nos cobra a atitude de mudar o que a maiorira (talvez até com boa fé) fez equivocadamente.

Que ampliemos o combate e que dentro das regras da legalidade possamos exercer tal pressão que os próceres de seu Partido vejam-se obrigados a fazer a substituição necessária, para que, no minimo, deixemos de motivo de chacota para o resto do Mundo.