O Juízo Final

Desde pequenos que nossos ouvidos vêm sendo acostumados a ouvir falar sobre o Dia do Juízo Final. E sempre que pensamos no assunto, sentimos um certo calafrio na espinha. A idéia de termos que estar frente a frente com Deus um dia, estando Ele na condição de Juiz e nós, na condição de réus é aterrorizante. As pessoas dizem que “quem não deve, não teme”, mas a verdade é que muitos inocentes já foram condenados. E maior exemplo disso foi Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo sem ter cometido qualquer deslize, por menor que fosse, à luz da lei de Deus e dos homens, ele foi condenado a ser crucificado. E o que concluímos destas palavras introdutórias é que ninguém, em sã consciência, gostaria de ser julgado. Nem na Terra e, principalmente no além. Assim sendo, o nosso objetivo com esta mensagem é mostrar uma saída legal para se evitar o tão temido Juízo Final.

A primeira coisa importante a saber sobre o Dia do Juízo diz respeito à pessoa do Juiz. Quem será o Juiz? Segundo a Bíblia, “um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer” (Tg. 4:12). E de acordo com Atos 10:37-42, esse que foi feito “Juiz de vivos e de mortos” é “Jesus de Nazaré”. De forma que todos os nossos olhos deveriam estar voltados para Ele, posto que, em suas mãos estará o nosso destino. Lembremos das palavras do governador Pilatos, quando julgava Jesus. Ele lhe dizia que tinha o poder nas mãos para livrá-lo ou para condená-lo (Cf. Jo 19:10).

O Juiz é uma pessoa a ser considerada com o maior respeito. Não se deve brincar com ninguém, mas principalmente com o Juiz. O próprio Senhor Jesus em Mt 10:28 recomendou cautela com relação “àquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”. Nós gostamos muito de brincar uns com os outros, mas com certeza tudo tem um limite. Em Gl 6:7 aprendemos que não devemos brincar com Deus. Suas palavras podem ser palavras de vida e de morte. Devemos atentar muito bem para o seu conteúdo. O Deus unigênito (Jo 1:18), Jesus Cristo, é o Juiz; é aquele que tem “as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:18). Portanto é para ele que deve estar voltado o olho de toda a humanidade.

A segunda coisa importante sobre o julgamento diz respeito à acusação. Qual será a causa do julgamento? Existem muitas pessoas que estão tranqüilas diante do assunto porque se julgam justas, santas, boas e que, por conseguinte, não têm o que temer. Tais pessoas estão cegas para a verdade. E o responsável por isso é o mesmo que levou Eva na conversa. Ele caiu e quer arrastar com ele o maior número possível de pessoas. E ele vem conseguindo seu intento. É bom que se diga que Deus não quer que nenhuma alma pereça (2 Pe 3:9; Ez 18:32). Apesar disso, Jesus teve que admitir em Mt 7:13-14 que “são poucos os que acertam” com a porta que conduz à vida, enquanto que “são muitos os que entram” pela porta “que conduz para a perdição”. E noutro lugar ele diz que “poucos serão os escolhidos”. A questão é que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Co 4:4). E mesmo que sejam cultos, que tenham bastante estudo e entendimento das coisas, quando o assunto é a verdade sobre o juízo final, eles não conseguem ver mais do que a mensagem que o inimigo colocou e fixou em suas cabeças. E então, em defesa de sua indiferença alegam que “Deus é bom e não vai mandar ninguém para o inferno!”. Essa tem sido a resposta da humanidade para a pregação do evangelho. E é essa resposta que será a principal acusação que as pessoas ouvirão no Dia do Juízo, conforme Jo 3:19. Deus não perdoará os homens por rejeitarem ao Seu Filho Salvador. E embora as pessoas venham ser julgadas naquele dia por todas as coisas que tenham feito, o que realmente pesará na balança será a rejeição. Portanto, é da maior importância que abramos bem os nossos braços e o nosso coração para receber aquele que Deus enviou para nos salvar.

A terceira coisa muito importante que devemos saber sobre o julgamento é sobre a sentença. Qual será a sentença? E, como tudo nesse julgamento, a sentença também é sui generis. No Juízo Final não haverá indulto; não haverá perdão; não haverá libertação. Todos os que forem perante o Supremo Juiz assentado em seu trono branco, serão condenados. Ali comparecerão apenas para que fiquem devidamente comprovados os motivos pelos quais foram condenados. Na verdade, aquele julgamento será uma mera formalidade, posto que o verdadeiro julgamento acontece aqui mesmo, neste mundo, quando a pessoa rejeita a Jesus (Cf. Jo 3:18), quando a pessoa rejeita a oferta da pregação. E a sentença, segundo Ap 20:15, será a eternidade no lago do fogo, o qual é caracterizado como sendo uma segunda morte (Cf Ap 21:8).

Finalmente, a mais importante coisa que devemos saber sobre o julgamento é que nós podemos escapar dele. Isso não é maravilhoso? Pois então preste bem atenção. Segundo o próprio Jesus, em Jo 5:24, todo aquele que der ouvido às suas palavras, “não entra em juízo, mas passa da morte para a vida”. Ouvir as palavras de Jesus é colocá-las em prática. É ser identificado com Ele como foram os discípulos da Antióquia, ao ponto de serem chamados cristãos. E é o que muitos não querem, como também não quis o rei Agripa, que ouviu a mensagem do evangelho através do apóstolo Paulo (At 26:28). Ouvir a Jesus é tornar-se seu discípulo; é tornar-se seu seguidor. E a conseqüência de tal atitude, é a libertação da morte eterna (Jo 8:31-32, 51), a qual espero que você consiga alcançar. É o que peço a Deus por você. Que Ele permita que seus olhos e ouvidos sejam realmente abertos para que possam aceitar essa mensagem de salvação. E que Ele ilumine a todos os nós para a prática das palavras (Jo 13:17) que nos conduzem à vida eterna.

Izaias Resplandes de Sousa é membro da Neo-Testamentária em Poxoréo, MT.