Ser agradável

Uma pessoa antipática não possui muitos espaços para ocupar. É sempre detestada. Em virtude disso, um dos objetivos que mais tomam o nosso tempo de vida, com certeza é aquele em buscando eliminar a antipatia, tornando-nos agradáveis a alguém. Sejam aos nossos pais; seja à pessoa amada, um amigo ou ao patrão; seja ao nosso Deus. A quem e de que maneira devemos agir para agradar é a resposta que pretendemos com esta reflexão.

Vejamos.

Agradável para a maioria de nós é aquilo que satisfaz aos nossos sentidos principais, como a visão, o olfato, o tato, a audição e o paladar. O objeto precisa ter uma visão agradável, um cheiro agradável, etc.

Eva¸ nossa mãe edênica, foi tentada pela visão agradável do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal destacada pela serpente, o que levou-a a transigir o mandamento divino para que dele não comesse (Gn 2:16-17; 3:6).

A mulher para ser agradável ao seu marido, atavia-se com brincos nas orelhas, colares no pescoço e outros enfeites de outro e prata, a fim de tornar-se bela e atraente (Ct 1:11). Falando sobre o assunto, o apóstolo Paulo recomenda que as mulheres se vistam com traje decente e que se enfeitem com modéstia, evitando os enfeites e vestuários muito caros (1 Tm 2:9).

A noiva se enfeita de jóias e o noivo se adorna de turbante para que se apresente cada um de forma atrativa e agradável ao outro (Is 61:10). A noiva do Cordeiro veste-se com linho finíssimo resplandecente e puro (Ap 19:7).

A aparência, sem dúvida alguma é um dos pontos centrais que orientam o entendimento humano sobre a questão do “ser agradável”. Mas, tão certo como os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos, a forma divina de explicitar essa questão é igualmente diferente da forma humana. Enquanto o homem se orienta pelo exterior, Deus se orienta pelo interior (Ef 6:6).

Jesus, por exemplo, ensinava aos seus discípulos para que não imitassem os escribas e os fariseus que se preocupavam demasiadamente em aparecer com vestuário diferente do habitual, saudações públicas, etc. (Mc 12:38-40; Mt 23).

Creio que já temos elementos suficientes para respondermos aos nossos questionamentos iniciais. Assim, se queremos agradar aos homens, com certeza devemos nos preocupar com a aparência Mas, se queremos agradar a Deus, devemos nos preocupar com o interior (1 Pe 3:3-5). Que sigamos às orientações do apóstolo Paulo que recomenda-nos um inconformismo com os padrões estabelecidos neste mundo e busquemos uma transformação em nossa maneira de e ser e de agir para que possamos nos tornar agradáveis a Deus (Rm 12:12).

Deus não proíbe de nos preocuparmos com a nossa aparência, mas nos orienta através de sua palavra para que não nos preocupemos apenas “em dar o dízimo da hortelã e do cominho, negligenciando os preceitos mais importantes”, mas que devemos “fazer estas coisas sem omitir aquelas” (Mt 23:23), ou seja, devemos nos preocupar com o nosso exterior, mas devemos principalmente buscar ser agradável interiormente. E o nosso interior, só Jesus pode transformar.

Hoje é dia de renovação, dia de mudança, dia de buscar ser agradável a Deus. Hoje é dia de conversão e de salvação. Pense nisso e mude sua vida. Deus espera que você faça a sua decisão.