Bloco dos Cocos

O Carnaval de Poxoréu sempre foi bastante animado. Em 1982, todavia, ganhou um colorido ainda mais especial. Sob a liderança do jovem João Batista de Araújo Barbosa, o “Batistão”, eis que surge o BLOCO DOS COCOS, dando um ritmo diferente à Festa do Momo, em Poxoréu, MT.

O Bloco dos Cocos era composto por estudantes secundaristas e universitários. Esparramava humor e alegria nas noites carnavalescas da então Capital dos Diamantes. Devidamente caracterizados com a camiseta estampando os símbolos do Bloco, o “coqueiro” e o “coco”, os foliões começavam sua festa descendo pela Rua Mato Grosso, a partir do Bar Bekão, dando uma passadinha pela Rua Bahia, tradicional ponto de encontro com as Mulheres Alegres da cidade. Ali aguardavam a abertura dos portões do Diamante Clube, onde se concentravam para fechar a noite de alegria.

O Bloco dos Cocos não tinha uma música própria. Não tinha um samba-enredo. Nem sequer uma marchinha ele tinha... Mas tinha algo que era espetacular. Tinha alegria, para o povo brincar.

Entre seus primeiros componentes, o Bloco dos Cocos contou com Bicão, Paulo Doido, Peixe, Ruy, Esmael, Zecão, Carlos Pereirinha e Geovane; Erlito Mateus, Jurandir Pira, Aroldo, Amiga, Boscão, Euclides Napu, Ulindiney e Manoel Tremura. Também participaram do Bloco os jovens Izaias Resplandes, Dom Aquino, Eliel, Missião, entre outros.

Em 1989, o grupo deixou de participar do carnaval enquanto bloco, mas ainda hoje, muitos de seus ex-integrantes ainda participam animadamente do carnaval desta cidade.

Em 1983, o jovem escritor Izaias Resplandes escreveu em homenagem aos fundadores do Bloco, o seguinte poema:

COCO AMIGO

Coco amigo da folia

Batistão meu camarada,

Já chegou o nosso dia

De fazer a batucada.

E depôs vamos beber,

Com limão nossa cachaça,

Fazendo tê-rê-tê-tê,

Evaporar-se com a fumaça.

Araújos e Barbosas,

Plantadores de coqueiros,

Dê os cocos aos “butequeiros”

Para enche-los com gasosa.

E depôs vamos beber,

Com limão nossa cachaça,

Fazendo tê-rê-tê-tê,

Evaporar-se com a fumaça.

Cadê o velho pandeiro,

Batistão querido amigo

Quero enroscar, meu parceiro

Com a morena no umbigo.

E depôs vamos beber,

Com limão nossa cachaça,

Fazendo tê-rê-tê-tê,

Evaporar-se com a fumaça.

Referência:

http://pox.zip.net/arch2006-02-01_2006-02-28.html