A POSPERIDADE DO CRENTE

Diz a Bíblia que quando Deus criou o homem e a mulher, Ele os abençoou e disse: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1:27-28). Desse texto pode-se extrair que a competência divina também foi posta no homem para a criação, o domínio e a sujeição da Terra, física e biologicamente. Aqui está o princípio da prosperidade do crente. Deus não criou o homem para que permanecesse estagnado, sem progresso, sem desenvolvimento.

Por outro lado, o texto não sugere a idéia de automatismo como muitos entendem e que basta determinar que as coisas aconteçam para que se faça. Esse é o poder de Deus, não o nosso. Nós podemos desenvolver o talento que Deus nos deu,mas não devemos pensar que por conta disso, também somos deuses como Ele. Esse foi o pecado de Lúcifer. Is 14:12-14.

O progresso não será automático, mas resultado de esforço, de luta, de trabalho e de muita disposição. A Bíblia não deve ser interpretada de forma fragmentada. A orientação do apóstolo Pedro nesse sentido é muito clara (2 Pe 1:20). Além disso, temos orientações sobre a importância do trabalho (Pv 6:6; Mt 25:15 e segs.), da pesquisa e do estudo (Jo 5:39; Rm 2 Tm 2:15).

Outro ponto importante sobre a prosperidade diz respeito à sua finalidade. Deus nos tem concedido a administração da Terra, mas tudo pertence a Ele, inclusive nós. E tudo deve ser usado em proveito de sua obra. Ele não nos deu mais do que precisamos para que nós esbanjemos em nossos deleites e prazeres. Aquele que age dessa forma não recebe a aprovação de Deus. Pv 21:17; Lc 8:14; Tt 3:3; Tg 4:1-3. Ez 16:17; 18:4; Ag 2:8.

Isso significa que devemos dar o nosso melhor a serviço de nosso Deus. Infelizmente, muitos se têm desviado desse princípio e se tornado gananciosos (ávidos de ganho e lucro), avarentos (apegados ao dinheiro no sentido de apenas acumular) e exploradores da boa-fé dos demais. Ef 5:3; Cl 3:5; 2 Tm 3:2.

Devemos ser moderados em relação à nossa vida. Não é conveniente que façamos dívidas além de nossas possibilidades de pagamento. Devemos viver a nossa vida e não desejar viver a vida dos outros. Lembrem-se de Geazi (2 Rs 5:20-27) e de Ananias e Safira (At 5:110).

O crente deve ser conhecido pela sua moderação (Hb 13:5). Devemos planejar a nossa vida, os nossos gastos e os nossos projetos para que possamos ser bem-sucedidos e não venhamos passar vergonha por conta da inadimplência. Cf Lc 14:26-33; Lc 12:13-21; Tg 4:15.

Que nós possamos honrar o nome do nosso Deus, de quem somos família e que sejamos um padrão e uma referência para todos em relação aos bens e às riquezas. Atentemos às palavras de Paulo em 2 Tm 4:12 b. Amém.