Olimpíadas do Brasil

Chicago (EUA), Tóquio (Japão), Madri (Espanha) e Rio de Janeiro (Brasil). Essas foram as quatro cidades que chegaram à final da corrida para sediar as Olimpíadas de 2016. A decisão, proferida pelo COI – Comitê Olímpico Internacional, no dia 02/10/2009, recaiu sobre a cidade maravilhosa. O Rio de Janeiro, ex-capital do Brasil será a primeira cidade da América do Sul a sediar as olimpíadas. Segundo o Presidente Lula, “O Rio está pronto... Os jogos que realizarão serão inesquecíveis porque serão cheios de paixão, de energia e da criatividade do povo brasileiro”.

Os Jogos Olímpicos são realizados de quatro em quatro anos, contando com a participação de representantes do mundo inteiro. Em cada prova são distribuídas medalhas de ouro, prata e bronze aos três primeiros colocados. Nas modalidades em equipe, como o futebol, por exemplo, apesar de todos os atletas receberam cada um, sua própria medalha, na contagem geral, computa-se apenas uma medalha pela classificação.

Esses jogos tiveram início na Grécia Antiga, há mais de 2.700 anos e consistiam em uma forma de tributo aos deuses. Eles foram interrompidos pelo Imperador bizantino Teodósio I, no ano 391, em sua política contra as referências pagãs da Antiguidade. Já na Era Moderna eles tiveram seu reinício creditado ao Barão francês Pierre de Coubertin, no ano de 1896, na cidade de Atenas, na Grécia atual. A edição do Rio de Janeiro será a XXXI versão dos Jogos Olímpicos de Verão.

As Olimpíadas podem nos ensinar muitas coisas, uma das quais diz respeito às regras estabelecidas. Embora muitos dos que participam desse evento façam usos de meios proibidos, usando drogas (anabolizantes), para aumentarem a sua capacidade competitiva, ele deve ser realizado conforme as regras. E aqueles que as desobedecem, quando descobertos, são punidos rigorosamente. Então alegam inocência, dizem que não sabiam da proibição, que a exclusão dos jogos ou qualquer que seja a punição recebida não é justa e coisas assim. Todavia, essa velha desculpa comumente utilizada, não muda em nada a situação. Aquele que não competir conforme o estabelecido sofrerá irremediavelmente, a sanção estabelecida. Portanto, todos os que desejam participar devem abandonar os maus hábitos, os costumes nocivos à saúde, enfim, devem mudar de vida. Na verdade, o atleta olímpico precisa ser uma nova criatura. Todos poderão competir nos jogos, desde que estejam dispostos a pagar o preço de levar a vida de uma forma bem disciplinada e saudável.

A carreira cristã se parece com uma olimpíada. Ela também é uma competição cheia de regras. “Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos” (MT 22:14). Porque “o reino dos céus é tomado por esforço” (MT 11:12). E nem todas as pessoas estão dispostas a se tornarem “novas criaturas” para participarem dessa corrida espiritual (2 Co 5:17).

O atleta de Cristo precisa compreender que não dá para “servir a dois senhores” (Lc 16:13). É preciso abandonar diversas práticas e hábitos mundanos. Sexo, bebida, comida... Eis algumas das coisas que devem ser usadas com moderação. Cf. PV 25:27; 1 Co 6:9-10; Gl 5:21; Fp 4:5. Antes de deixar a Terra, Jesus disse que iria para o Céu preparar um lugar para os vitoriosos. (Jo 14:1-3). Mas, pelo fato de não estarem dispostos a pagar o preço, muitos ficarão de fora da cidade santa e não receberão o prêmio do Senhor (Ap 22:15). Não adiantará se desculpar (Jr. 8:4-6; Mt 7:21-23). Aquele que desejar a vitória, também deverá estar disposto a pagar o preço (Lc 9:23).

Então é assim. O prêmio é ofertado a todos, mas somente uns poucos podem levá-los. Por isso, aqueles que almejam receber as coroas olímpicas, seja na terra, seja no céu, devem envidar esforços para atingirem esse objetivo. Cf. 1 Co 9:24-25; 2 Tm 2:5; Hb 12:1.

Desse modo, queridos, inspirados nesses jogos olímpicos, tenhamos em mente que também estamos participando dessa competição e que devemos fazer isso de forma a honrar o nosso Senhor ao final da carreira. Que todos possamos dizer ao recebermos nossa medalha e cantarmos o hino da vitória, a célebre frase paulina: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4:7).