HISTÓRIAS DOS BAIRROS DA SERRA - ESPÍRITO SANTO - BRASIL

HISTÓRICOS DOS BAIRROS DA SERRA

TEXTO DE CLÉRIO JOSÉ BORGES, POETA TROVADOR ESCRITOR CAPIXABA, DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DA SERRA

HISTÓRIA DOS BAIRROS DO MUNICÍPIO DA SERRA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

EURICO SALLES

O Conjunto Habitacional Eurico Salles começou a ser construído pela Companhia Habitacional do Espírito Santo (Cohab-ES), em 1977, sendo aprovado pela Prefeitura Municipal em 10 de agosto daquele ano. Em Fevereiro de 1979 os primeiros moradores começaram a se mudar para a região, que engloba uma área de 130. 292 metros quadrados, com 427 residências e cinco terrenos vagos.

Em 1980 a comunidade ganhou o seu primeiro Telefone Público, Orelhão, que foi instalado na rua dos Canários em frente ao Bar do Modesto.

Em Dezembro de 1991 foi inaugurada a Feira Comunitária de Eurico Salles, com a coordenação do Vice Presidente, Clério Borges e apoio do Presidente Jorge Wilson Pereira. Shows eram apresentados e até um Parque de Diversões foi montado no Ponto Final de ônibus quando em Março de 1992, durante quatro dias, foi comemorada a Festa do 13º Aniversário do bairro, com Shows, Corridas de Pedestres e de Bicicleta e a presença da Banda de Música “Estrela dos Artistas” e do Governador Albuíno Cunha de Azeredo que compareceu no encerramento da festa, no Domingo. Em Maio de 1992, a Feira Comunitária foi desativada.

No bairro funciona a sede provisória do Clube do Trovadores Capixabas, entidade cultural sem fins lucrativos que funciona na casa do presidente Clério Borges, na rua dos Pombos, 2. O clube possui uma página na Internet, no seguinte endereço: http://www.geocities.com/Athens/8455

Em 2000 foi construída a Praça em frente a Igreja Católica São Paulo, com minipalanque, playground, com balanços e escorregador e mesas apropriada para jogos de dama.

Segundo o Censo de 1996, realizado pelo IBGE, a população de Eurico Salles era de 2.158. Em 2001, a estimativa era de 2. 500 habitantes.

O bairro é predominantemente residencial. Existem poucos estabelecimentos comerciais em Eurico Salles, destacando-se o Supermercado São José, a Padaria Trigal da Sra. Lubélia Santos Roberto o Bar e Restaurante Mestre Kuka, de Paulo Sérgio Bonfant, o Paulão e o Bar do Martinelli. Também são destaques as doceiras e costureiras do bairro, como Terezinha Gabriel Pantaleão; Cecília Maria Fracalossi; Maria Perovani; Dalva Maria Barbosa e João Bosco Barbosa e Dilma Loureiro Leite.

Desde 1991, a Academia Penha Moraes, na rua dos Faisões, 10, trabalha na comunidade com a prática da atividade física regular, com ginástica localizada e Aeróbica Step; Alongamento e Musculação.

No bairro existe uma escola da rede pública estadual, chamada “Belmiro Teixeira Pimenta” e uma escola particular, a “Beija Flor”, de Rosiane Moneche.

BIOGRAFIA DE EURICO SALLES

O bairro se limita ao norte com o bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima, ao sul com o Aeroporto de Vitória, a leste com a Rodovia Norte-Sul e bairro Hélio Ferraz e a oeste com a Rodovia Federal 601, que compreende o trecho que vai da frente do Aeroporto até o trevo de Carapina.

Segundo o historiador Renato Pacheco, em notícia publicada no Jornal “A Tribuna”, de 20 de Outubro de 2000, Eurico de Aguiar Salles era um advogado. Foi Secretário de Educação durante a interventoria do Governo de Jones Santos Neves, na década de 40. Em 1946, foi eleito Deputado Federal e depois chegou a concorrer ao Governo do estado perdendo a eleição para Francisco Lacerda de Aguiar, o Chiquinho. Em 1956, o presidente da República, Juscelino Kubitschek, nomeou Eurico Salles, Ministro da Justiça, sendo o primeiro capixaba a ocupar o cargo. Morreu um ano depois de tomar posse.

HOMENAGEM PARA FERNANDA

Por iniciativa dos moradores do bairro e através do então vereador Sargento Valter, a Câmara Municipal da Serra aprovou o nome de Rua Fernanda Fiorot Ferreira para a antiga rua Acauãs, no bairro Eurico Salles, homenageando a Oficial de Justiça e estudante de Administração que foi assaltada e morta em maio de 1998, no sinal da Rodoviária de Vitória. A Lei N.º 2 176 foi sancionada pelo Prefeito Vidigal em 24 de março de 1999.

Fernanda morreu aos 22 anos de idade e sempre residiu na rua, sendo filha do casal Ubiratan Ferreira, também Oficial de Justiça e de Ivanir Maria Fiorot, Escrivã Judiciária do Fórum da Serra.

CASTELÂNDIA

O Loteamento Castelândia, na região da Grande Jacaraípe, foi aprovado pelo decreto 242, no dia 30 de junho de 1965, tendo surgido de um loteamento das terras de Rômulo Leão Castelo. O nome teve origem a partir do sobrenome do antigo dono das terras. Nos anos 80 foram construídos dois conjuntos residenciais, Jacaraípe e Castelândia, financiados pela Caixa Econômica Federal. O primeiro morador foi o Sr. Pedro Ferreira da Silva que chegou ao bairro no dia 27 de Setembro de 1963.

Nas proximidades de Castelândia fica a Igreja São Pedro que segundo consta foi fundada pelo Jesuítas. Segundo dados do Censo de 1996, a população do bairro é de 9. 760 habitantes. Em 2001 a população atingia cerca de 12.000 habitantes.

Os limites do bairro são a leste com a rodovia ES – 010 e com o Oceano Atlântico. A oeste com a avenida Talma Ribeiro. A norte com o rio Jacaraípe e ao sul com o bairro Portal de Jacaraípe.

Segundo informações da Prefeitura dos moradores que residem nos Conjuntos habitacionais, somente 30 por cento tem moradia fixa no local. Já os moradores do loteamento, em sua maioria baianos, mineiros e paulistas, somente 60% residem nas casas o ano inteiro. O restante as utiliza somente nas férias.

VISTA DA SERRA

O bairro Vista da Serra se divide em Vista da Serra I e II. Toda área fazia parte da fazenda da família de Naly da Encarnação Miranda.

O bairro Vista da Serra I foi fundado no dia 7 de janeiro de 1977, data da aprovação do loteamento na Prefeitura Municipal da Serra. Em Novembro de 2000 possuía cerca de 5. 220 habitantes. O bairro faz divisa, ao norte, com o bairro Maria Niobe; ao sul, com uma área rural; a Leste, com a BR 101; e a Oeste, com o morro Mestre Álvaro. A Escola Pública chama-se Alba Lília Castelo Miguel. Vista da Serra I possui uma área de um milhão e 37 mil metros quadrados.

Vista da Serra II teve o seu loteamento aprovado na Prefeitura no dia 1º de fevereiro de 1979. Faz divisa ao norte com Vista da Serra I; ao sul com Jardim da Serra II; a Leste com Campinho da Serra I e Planalto Serrano, e a Oeste, com uma área rural. A Escola Pública chama-se Paulo Freire. Vista da Serra II possui uma área de 450 mil metros quadrados.

Existem no bairro seis times de futebol, sendo o mais atuante a Associação Atlética Vista da Serra I, fundada em 1987, da união dos times do Esporte e Cruzeiro, sendo um de seus fundadores o desportista, Sebastião Gilberto Vailant.

Em 1995 o Sr. José Teixeira inaugurou a quadra do Estilos Esporte Clube, destinada ao futebol de areia e que possui uma arquibancada com capacidade para 100 pessoas.

Todos os anos, faltando três meses para a Páscoa, os moradores de Vista da Serra II preparam a encenação da vida, paixão, morte e ressurreição de Cristo, que é apresentada desde 1988, com características de superprodução num espetáculo que atrai mais 15 mil pessoas. O evento é organizado pelo Grupo de Teatro Lumen, que conta com a participação total de cerca de 280 atores, a maioria moradores do bairro. A apresentação é feita ao ar livre e é dirigida por Jovaldir Bongestab, diretor do grupo e membro da Academia de Letras e Artes da Serra.

PLANALTO SERRANO

O bairro Planalto Serrano surgiu em 1987. O local era um conjunto habitacional da COHAB, Companhia de Habitação do Governo do Estado, que começou a ser construído pela empresa Marajá. Como a empresa faliu as obras foram paralisadas e abandonadas sendo as casas aos poucos invadidas. O bairro é dividido em três setores e possuía em Setembro de 2000 cerca de 25 mil habitantes e cerca de 5 mil residências. De ônibus leva-se cerca de uma hora do bairro até o centro de Vitória.

Limites do bairro: Vista da Serra II e Campinho da Serra I além de terrenos rurais a leste e ao norte.

TAQUARA

Taquara é um bairro localizado próximo à BR 101-Norte e conta com cerca de 2,3 mil habitantes, fazendo divisa com os bairros Taquara II e Laranjeiras Velha. No bairro existe a Rádio Comunitária Popular, que foi fundada em 1995 e atinge com caixas de som nos postes, além do bairro de Taquara I, o bairro de Taquara II e Laranjeiras Velha. A rádio em Dezembro de 2000 era de propriedade de Djalma Bernardo da Silva.

O bairro foi formado através de um loteamento espontâneo em 1970 numa área que pertencia ao Governo do Estado reservada para a construção de um complexo industrial. Com a construção das casas de alvenaria, a liberação do terreno ocorreu somente em 1977, quando 215 famílias já moravam no local.

O aposentado Estevan Fernandes, de 62 anos, em entrevista ao Jornal A Tribuna, no dia 22 de Dezembro de 2000, informa que algumas Chácaras foram vendidas em 1968. Posteriormente as Chácaras foram transformadas pelos próprios moradores em lotes.

Na praça 12 de Outubro, em dezembro de 2000, existia uma quadra de Esportes e no bairro, na mesma ocasião existiam quatro equipes de Futebol: Grêmio; Associação Atlética Ponte Preta; Sociedade Esportiva Palmeiras e Unidos de São Paulo, fundado em 1984.

CALOGI

Segundo o “Dicionário Histórico e Geográfico do Espírito Santo”, a região de Calogi foi elevada a sede de Distrito em 30 de novembro de 1938, pelo decreto-lei N.º 9941. Contudo o decreto-lei citado é datado de 11 de novembro de 1938 e não 30 de novembro e é o mesmo decreto em que consta que a Serra adquire do Município de Fundão, o distrito de Nova Almeida.

No quinquênio 1939 a 1943, a Serra era composta de três distritos: Sede; Itapocu e Nova Almeida. Naquela época, Calogi chamava-se Itapocu.

Na Revista “Municípios em Destaque”, publicada em 1984, consta que Calogi foi elevada a Distrito em 30 de dezembro de 1921. (Neste decreto-lei de 1921, a Serra era composta de dois distritos: Sede e Itapocu)

Segundo a Revista, Calogi foi elevada a Vila (o correto é Distrito novamente, ratificando decreto-lei anterior), em 11 de novembro de 1928 (decreto-lei N.º 9.941).

O ano de 1928, não confere. O ano certo é 1938.

Calogi era conhecida por Itapocu (ou Itapucu), pela presença de uma pedra pontuda, em frente à Estação Ferroviária.

O principal destaque da região é justamente a Estação Ferroviária da Estrada de Ferro Vitória-Minas da Companhia Vale do Rio Doce. Em 1995 e 1996 os trens dificilmente paravam na referida Estação.

A área do Distrito de Calogi é de 77 quilômetros quadrados.

Calogi-Mirim fica na região de Calogi e teve a primeira Escola Pública em 04 de maio de 1877.

MURIBECA: TERRA SANTA

Muribeca é um lugar tranqüilo, com várias casas esparsas, localizadas em sítios e fazendas. Fica perto da sede da Serra, próximo à Rodovia Federal, BR 101-Norte, que liga o Espírito Santo ao nordeste do Brasil. Possui escola e posto telefônico.

A palavra Muribeca possui dois significados. Segundo o escritor Levy Rocha, a palavra deriva de Moro-Peco em tupi que significa “lugar farto”. (Página 40 do livro “Viajantes Estrangeiros no Espírito Santo”, de Levy Rocha.) Já José Teixeira de Oliveira na obra “História do Estado do Espírito Santo”, edição de 1975, página 146, com base no escritor Teodoro Sampaio, na obra “O Tupi na Geografia Nacional”, São Paulo, 1901, informa que Muribeca deriva de “Merú-beca”, mosca importuna, mosquito.

A região de Muribeca na Serra, próximo a Sede do Município não deve ser confundida como o local onde ficava a Grande Fazenda de Gado dos Jesuítas, que era uma fazenda de beira-mar e que se situava no Sul do Espírito Santo. Segundo Serafim Leite, os Jesuítas possuíam três grandes fazendas: Muribeca (Criação de gado); Araçatiba (Engenho de cana); Itapoca (Fábrica de farinha). A fazenda de Muribeca possuía oito léguas e meia, “de interior pelo sertão”, e chegou a possuir quase duas mil cabeças de gado e mais de duas dezenas de cavalos.

No dia 14 de Novembro de 2000, Muribeca, na Serra, foi Manchete do Jornal A Tribuna. Na página 2, consta: “Garoto diz ver santa na Serra.”. A notícia conta a história de Jandinho, um menino de 11 anos que quando era pequeno e ainda nem sabia falar direito, viu Nossa Senhora de Fátima pela primeira vez, que lhe teria ordenado fosse construída a Fonte da Misericórdia, com água que cura várias doenças, inclusive câncer. A proprietária do terreno é a Sra. Marília Ferreira Puppe de Almeida, então com 47 anos, que afirma também ver Nossa Senhora no local. Segundo ela, um dia quando rezava, Jandinho disse que estava com vontade de beber água benta e que a santa lhe dissera que ia aparecer uma Fonte Milagrosa em Muribeca que ia curar muita gente. No dia 15 de janeiro de 1997, um caseiro chamado José Maria, que trabalhava no sítio, sentindo muita sede percebeu uma moita úmida e, ao puxá-la, começou a jorrar a água, cuja fonte foi então batizada de Fonte da Misericórdia. Várias caravanas de fiéis semanalmente vão ao local.

AROABA

Aroaba é uma região do Município da Serra que fica nos limites com Cariacica e Santa Leopoldina.

A CVRD - Companhia Vale do Rio Doce possui uma vasta área de exploração de Pedra de Granito na região e no local onde passa o Trem da Vale, além da pedreira existe um Posto Ferroviário da Vale e um pátio de transbordo de ferro gusa. Nos documentos oficiais da CVRD o nome é Aroaba, com a letra “o”.

O Jornal “Tempo Novo”, de 27 de janeiro de 1996 informa que a Vale pretende instalar em Aroaba uma Usina Termoelétrica.

No Sítio Aroaba, de Aurino Fraga Ramos e Ormy Pimentel Ramos existe a Escola Unidocente de Aroaba com um Posto Telefônico.

No Mapa elaborado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existe um símbolo indicativo da existência de Minas na localidade de Aroaba e o nome está escrito Aruaba. A Mina, no caso é uma pedreira e é explorada pela Companhia Vale do Rio Doce.

Aroaba é a união das palavras Aro, (pequeno Arco) e Aba, que no plural significa perto de um Monte. Na verdade, perto do local, existem Morros, que se assemelham a arcos. Aroaba: Pequenos arcos nas abas dos Morros.

BAIRRO DE FÁTIMA

Em 1952, o comerciante Henrique Rato resolveu promover o loteamento de suas terras, elaborando um projeto que ele denominou de Bairro de Fátima em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, em razão da devoção que o comerciante tinha pela santa.

Na inauguração do bairro, foram registradas presenças importantes de personalidades capixabas como o Arcebispo de Vitória, Dom José Joaquim Gonçalves, que recebeu a imagem da santa de Portugal e a entregou aos moradores locais. No início, apenas cinco casas e um santuário para Nossa Senhora.

Henrique Rato usando seu prestigio logo conseguiu uma linha de ônibus ligando o bairro ao centro de Vitória, em finais da década de 50. Na época havia apenas uma venda. Anos mais tarde foi inaugurado no bairro o restaurante Madragoa, considerado um dos mais badalados points sociais do Estado. Automóveis de luxo estacionavam ante a porta principal do Madragoa que chegou a promover espetáculos de importantes nomes da música brasileira como o cantor Francisco José.

Em 16 de setembro de 1997, numa Assembléia geral da Associação de Moradores, a comunidade aprovou o projeto apresentado pela diretoria, presidida por João Cristo, para a construção de uma Praça no bairro que foi denominada “Libertadores da América”, em memória aos pioneiros dos bairro e aos heróis que lutaram pela libertação das Américas. A inauguração da praça ocorreu no dia 27 de setembro de 1998, com a presença do Prefeito Municipal, Sérgio Vidigal; da Vice-Prefeita da época, Márcia Lamas e outras importantes autoridades do município.

O bairro possui uma área de 550 mil metros quadrados e se divide em três conjuntos residenciais: Bairro de Fátima antigo; Conjunto Carapina I e Conjunto Hélio Ferraz.

PARQUE RESIDENCIAL LARANJEIRAS

Na região de Laranjeiras foram construídas Casas Populares, no final dos anos 70 e o bairro dividiu-se entre Laranjeiras Velha e Parque Residencial Laranjeiras, sendo também construído na região o Bairro de Valparaíso, onde fica o Serra Bela Clube.

Parque Residencial Laranjeiras em janeiro de 2001 era o centro comercial da Serra possuindo mais lojas e casas comerciais do que a Serra sede, num desenvolvimento cada vez maior em razão de estar praticamente no meio, entre Vitória e a Serra sede e a região de Indústrias do CIVIT. No bairro, o Terminal Rodoviário é o centro de movimentação da maioria dos bairros da Serra. É um dos bairros mais populosos da Serra.

CASCATA

O bairro Cascata fica ao lado do Mestre Álvaro, na região da Serra Sede. Ocupa uma área de 411. 715, 71 metros quadrados e o loteamento, que surgiu de uma antiga Fazenda com o mesmo nome, foi aprovado pela Prefeitura Municipal no dia 28 de Junho de 1978. De acordo com o Censo do IBGE de 1998, o bairro possui dois mil habitantes.

Para chegar ao bairro Cascata o visitante da BR 101 Norte, passa por dentro da Serra Sede.

O bairro possui visão privilegiada do Mestre Álvaro e tem como vizinhos os bairros da sede, Santo Antônio, São Marcos e São Lourenço.

Na antiga fazenda que foi loteada e vendida havia uma Cascata que deu origem ao nome do bairro.

SERRA SEDE

Possui 151 quilômetros quadrados. Está a 12 quilômetros da costa, situada entre as coordenadas 20º 07’ 13” de latitude sul e 40º 18’ 28” de longitude oeste, coletadas a 305 metros da Igreja Nossa Senhora da Conceição. O acesso é pela BR 101 e a distância da sede até o centro de Vitória é de 24 quilômetros. Possui características sócio-culturais de cidade de colonização portuguesa. O local atual, numa colina, foi fundado em 1562, ano em que ocorreu um surto de varíola no local fundado em 1556, por Maracajaguaçu e Braz Lourenço, próximo ao Rio Santa Maria

A sede é composta por outros cinco bairros:

São Judas Tadeu, com 1,2 mil habitantes; São Lourenço, com 300 habitantes; São Marcos, com 5 mil habitantes; Santo Antônio, com 1,7 mil habitantes e Caçaroca, com 1,3 mil habitantes. Na sede, onde estão instalados a Prefeitura, o Fórum e a Igreja Matriz, haviam 5 mil habitantes. O número de habitantes foi calculado pelo IBGE em 1999.

MANOEL PLAZZA

A Companhia Vale do Rio Doce em 1981 construiu um conjunto de casas para os seus funcionários, surgindo o bairro Manoel Plazza, cujo nome é uma homenagem a um funcionário da empresa. Situa-se dentro do Loteamento do bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima, aprovado em 1959. Segundo o censo de 1996, a população de Manoel Plazza é de aproximadamente 2. 200 habitantes.

A aprovação do Conjunto na Prefeitura da Serra ocorreu no dia 31 de Julho de 1981, sendo a área de 33 mil metros quadrados, possuindo 90 unidades residenciais. Atualmente são 651 residências. O conjunto foi construído em três etapas. A primeira fase foi da rua L à rua N.º A segunda etapa foi realizada três anos depois e a última começou a ser executada no final da década de 80.

O Jornal A Tribuna de 11 de Junho de 1999 publica a foto do ex-ferroviário Wildes Alexandrino, um dos primeiros moradores do bairro, residente em Manoel Plazza desde Dezembro de 1981, quando no local não havia água e nem energia e era comum a presença de lagartos, gambás, periquitos e maritacas. A Aparição dos animais, hoje fato raro, justifica-se pela existência nas proximidades de uma área de floresta pertencente a Vale.

JARDIM CARAPINA

Local antes considerado uma invasão, possuía em abril de 1999, 12. 700 habitantes segundo dados da Prefeitura da Serra. Está numa área de 92 hectares. Os moradores estão instalados numa área invadida e atualmente em fase de urbanização.

Jardim Carapina possui inúmeros barracos que foram construídos em área de mangue e sua ocupação ocorreu no Governo Municipal de João Batista da Motta.

Apesar de instalados em uma área invadida e em fase de urbanização, os comerciantes de Jardim Carapina, na Serra, apostam no crescimento do bairro e garantem que a concorrência já está aumentando.

A proximidade tanto de Vitória quanto de Carapina, na Serra e as próprias alterações pelas quais o bairro tem passado, são apontadas como fatores fundamentais para o seu desenvolvimento. A base da economia é o pequeno comércio. As lojas de material de construção se multiplicam. Também é grande o número de mercearias no bairro, que se localizam às margens da avenida Porto Seguro, a principal do local.

PORTO CANOA

O conjunto habitacional Porto Canoa foi aprovado no dia 6 de Julho de 1979, através do Decreto Municipal N.º 076. Localiza-se numa área de 615 mil metros quadrados e situa-se entre Mata da Serra, El dourado, Serra Dourada III, Parque Residencial Tubarão e Parque Residencial Mestre Álvaro. Em 1996, segundo Censo do IBGE, havia 5. 314 habitantes em Porto Canoa. 1.033 Unidades estavam cadastradas no Bairro em Outubro de 1999, sendo 831 casas residenciais, 106 estabelecimentos comerciais, cinco pequenas indústrias

SERRA DOURADA II

O bairro Serra Dourada II está inserido nos 3.266.085 metros quadrados que também compõem os conjuntos habitacionais Serra Dourada I e III e começou a ser habitado em 1982.

Habitantes: 6. 532. Limites: Parque Residencial Tubarão / Novo Porto Canoa / Serra Dourada I e III. Serra Dourada II está inserida na área de 3 milhões 266 mil e 85 metros quadrados que compõem os Conjuntos Habitacionais Serra Dourada I, II e III, aprovados em 1979. Existiam 1.299 unidades cadastradas no bairro. Elas estão divididas em 1.050 residências, 95 terrenos vazios e 145 estabelecimentos comerciais.

ANDRÉ CARLONI

Possui uma área total de 328. 110 mil metros quadrados. É um Conjunto Habitacional formado por 683 casas e 47 prédios de quatro pavimentos, somando 1. 504 Apartamentos.

EL DOURADO

Antigo bairro Calabouço. Empreendimento desenvolvido pela Cooperativa dos Trabalhadores de Tubarão e assessorado pelo Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais do Espírito Santo (Inocoop-ES). É integrada a Região da Grande Civit. Em 1998 completou 16 anos.

JOSÉ DE ANCHIETA

Em Outubro de 1998 possuía 9. 201 habitantes, distribuídos em uma área de 1. 166. 765 metros quadrados. O bairro é formado por um Conjunto habitacional. A primeira etapa do Loteamento se formou em 1977. Dois anos mais tarde foi iniciada a implantação da 2a Etapa. José de Anchieta é composto de 2. 905 lotes

SÃO DIOGO

Os conjuntos São Diogo I e II foram construídos em 1973, numa área de 90. 384 metros quadrados dentro do bairro Jardim Limoeiro e foram inaugurados em 1974, para servirem de residência para os funcionários da Companhia Vale do Rio Doce. Em 1975 quando os primeiros Caminhões de mudança chegaram ao local, não havia ainda água encanada, conforme contam as primeiras moradoras, Maria Aparecida Ferreira Costa e Guiomar Loureiro Favalessa.

Hoje englobam os dois conjuntos iniciais, o residencial Bela Vista e os conjuntos Jatel e Campos Verdes, com mais de quatro mil residências. A população da região é de aproximadamente quatro mil habitantes. Os limites do bairro são: Novo Horizonte; Chácara Parreiral, São Geraldo; Jardim Limoeiro e Rodovia Norte Sul. Em 1999, o principal time de futebol do bairro São Diogo era o Náutico Futebol Clube, fundado em fevereiro de 1992, cujos troféus ficam expostos no Luiz Bar, ponto de encontro dos atletas após os jogos. Outros times são o Galo de Ouro, reunindo os veteranos, atletas com mais de 30 anos e o Ultrajovem Futebol Clube.

Segundo a Prefeitura Municipal da Serra em Novembro de 1999, São Diogo I e II possuíam 471 unidades cadastradas, sendo 370 residenciais, 51 comerciais, uma unidade de saúde, 48 terreno e um templo religioso.

JARDIM TROPICAL

O loteamento Jardim Tropical foi aprovado no dia 24 de março de 1955, possuindo uma área de 800 mil metros quadrados, com 60 quadras e 1.100 lotes. Áreas verdes e grande parte do loteamento foi invadido. Na década de 60, a ocupação ficou conhecida como Cantinho do Céu e, mais tarde como Concheiras. No dia 16 de março de 1986, os moradores se reuniram e resolveram escolher um novo nome para o bairro. Os nomes mais votado foram Jardim Tropical, Ipiranga, Mestre Álvaro, Planalto, Jardim Anchieta e Nova República.

Dois dos primeiros moradores foram os irmão Jair Nunes e Ilda Nunes de Almeida, que passaram a residir no local quando não havia água, luz e muito menos ruas pavimentadas.

Os limites do bairro são: José de Anchieta I e II e Central Carapina e seu acesso é pela BR 101 Norte. A distância entre o centro de Vitória e o bairro é de aproximadamente 20 minutos de carro.

Em junho de 2000 existiam no bairro 1. 730 unidades cadastradas, sendo 1239 residências, 185 estabelecimentos comerciais, três indústrias, cinco escolas, uma unidade de saúde, 14 entidades religiosas e 283 terrenos vagos.

Segundo o censo de 1996, no bairro residiam 11. 276 habitantes.

As escolas do bairro são: Dinorah Pereira Barcelos, fundada em 1972; Olivina Siqueira, Luiz Baptista e Amélia Pereira, onde também funciona uma creche.

A Igreja Católica é chamada de Igreja Cristo Redentor. No bairro existe também a Comunidade Católica Santa Clara.

FEU ROSA

O bairro de Feu Rosa surgiu a partir de um Conjunto Habitacional erguido no início dos anos 80, começando a ser povoado em 1985. Um acidente no Morro do Macaco, em Vitória, quando uma pedra rolou sobre inúmera casas, apressou o povoamento do local. Sem ter onde morar os habitantes do morro foram alojados no Conjunto Habitacional que na época era chamado de bairro das Flores.

Em 1999 residiam no bairro cerca de 47 mil habitantes, ocupando aproximadamente 4.700 casas.

Em Janeiro de 2001, o bairro possuía o maior número de contribuintes do IPTU, sendo entregues pela Prefeitura um total de 4. 415 carnes.

O bairro fica próximo a Vila Nova de Colares, Nova Zelândia, Alterosas e Castelândia, a alguns metros de Jacaraípe. Por volta de 1990, através de Lei Municipal o bairro passou a ser denominado Feu Rosa, em homenagem ao Médico Pedro Feu Rosa, pai do ex-prefeito José Maria; do Desembargador Antônio José e do Deputado Federal, João Miguel. Por questões políticas, em 1994, foi realizado um plebiscito e os votantes decidiram que o lugar voltaria a se chamar Feu Rosa. Oficialmente prevalece ainda o nome Feu Rosa.

VILA NOVA DE COLARES

O bairro Vila Nova de Colares surgiu de uma invasão de terras localizadas ao lado do Conjunto Residencial bairro das Flores (Feu Rosa).

Um dos mais antigos times de futebol é o Unidos de Vila Nova de Colares, fundado em 1991 pelo comerciante Dilson Antônio dos Santos, sendo que a equipe formada por aspirantes e titulares engloba 30 jogadores, dos quais 11 são filhos do fundador e Presidente do Clube Dilson. Ao longo de sua história o Unidos já conquistou mais de 16 troféus e mais de 30 medalhas que ficam expostas no Bar São Jorge, em Vila Nova de Colares.

CENTRAL CARAPINA

O bairro Central Carapina nasceu a partir de uma ocupação de uma área de brejo, no dia 21 de junho de 1976.

A área era pertencente a Companhia Vale do Rio Doce, CVRD, sendo um dos quatro primeiros moradores do local o Sr. João Carvalho de Souza. Antigamente era chamado de bairro Sossego. Famílias do interior do Estado, Rio de Janeiro, sul da Bahia e Minas Gerais começaram a construir suas casas no local.

Em 1990 depois de um plebiscito, os moradores mudaram o nome do bairro para Central Carapina.

Em abril de 2000 eram calculadas 9,5 mil pessoas residentes no bairro. O Censo de 1996 registrava um total de 8 mil habitantes.

O bairro faz limite com os bairros de Jardim Limoeiro, Carapina Grande, Jardim Tropical e BR 101 Norte. Existem duas Escolas públicas, (Jones José do Nascimento e Antônio Vieira de Rezende) além de uma creche e Unidade de Saúde.

CHÁCARA PARREIRAL

O bairro Chácara Parreiral foi fundado em 1976. Possui um total de 264 casas e um número de 1. 200 habitantes.

CARAPINA

O bairro de Carapina foi uma das primeiras povoações do Espírito Santo, tendo sua origem na Aldeia de São João, construída em 1562 pelo Índio Araribóia, sob a orientação do Padre Braz Lourenço, nas proximidades do rio Santa Maria. Em 1584 a Aldeia muda-se para uma região numa colina de onde da Igreja, os padres pudessem avistar o Convento da Penha, em Vila Velha fundado em 1570, e a Igreja dos Reis Magos, em Nova Almeida, cuja obra foi concluída em 1580.

A origem do nome Carapina vem de uma madeira chamada Carapa, que existia em abundância no local. O padre jesuíta Manoel de Paiva, que era Carpinteiro, ou seja Carapina, ensinava os índios a realizar trabalhos em madeiras. Os meninos índios a quem ele ensinavam passavam a gritar quando viam o padre: “Lá vem o Padre Carapina...”

ROSÁRIO DE FÁTIMA

Muita gente confunde o Bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima com o bairro de Fátima. Um nada tem a ver com o outro.

O bairro situa-se em Carapina onde encontram-se a Igreja de São José e a Escola Rômulo Castelo. A rodovia Norte-Sul corta o bairro com duas pistas e a Associação de Moradores era presidida desde a sua fundação até Julho de 1999, pela Senhora Maria Antônia da Silva. O bairro Manoel Plazza foi construído no loteamento do bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

TUBARÃO

O bairro de Parque Residencial Tubarão originou-se de um loteamento existente desde 1985 e nos últimos meses de 2000 ainda não possuía uma entrada planejada pela rodovia Norte-Sul, não havendo infra-estrutura necessária na região, embora existissem mais de 2 000 famílias ali residentes.

Em 1999 presidia a Associação de Moradores a Sra. Shyrlei Helena Lima Ferreira.

NOVA ALMEIDA

Localizado na foz do rio Reis Magos, o balneário está a 48 quilômetros da capital e fica entre os balneários de Jacaraípe e Praia Grande (no Município de Fundão), o mar e propriedades rurais na estrada que vai para Putiri. Segundo o Censo de 1996 viviam no local 8. 185 habitantes distribuídos em 2. 105 domicílios. A população estimada em 2001 é de 12. 500 habitantes.

O Balneário é formado pelos bairros:

Centro; Parque das Gaivotas; Parque das Gaivotas II; São João; Boa Vista; Poço dos Padres; Serramar; Serramar II, Miramar; Praiamar; Parque Jardim Nova Almeida (Parque Residencial Nova Almeida); Reis Magos; Bairro Novo; Marbella; Vila Luciano; Parque Beira Rio; Santa Fé e bairro Timbu.

Nesta obra há um Capítulo sobre a História de Nova Almeida.

NOVO HORIZONTE

Novo Horizonte surgiu em maio de 1958, com o nome de São Sebastião.

O bairro foi criado para abrigar boates especializadas em Shows de Strip tease de mulheres, visando divertir e alegrar os homens da Grande Vitória e posteriormente, na década de 70, os milhares de trabalhadores braçais que construíram durante alguns anos a Companhia Siderúrgica de Tubarão, CST.

Além de São Sebastião o local era conhecido também como Carapeba, palavra originária do nome da praia próxima chamada de Carapebus. A palavra Carapeba na língua tupi significa um peixe cascudo preto.

Após a construção da CST, a prostituição no local diminui até se extinguir totalmente passando o bairro a ser residencial, levando seu moradores a optarem por um novo nome de Novo Horizonte.

A Avenida Brasil é a principal via de acesso ao bairro, onde concentra 90% do comércio, composto de mercearias, bares, lanchonetes, lojas de roupas e pequenas indústrias. Em 1996, o IBGE informou que o bairro possuía 3. 352 habitantes em 856 residências. A Praça Novo Horizonte foi construída em 1998 e é uma das poucas opções de lazer do bairro.

Ao redor de Novo Horizonte estão os bairros de Cidade Continental, São Diogo II, Jardim Limoeiro, São Judas Tadeu e São Geraldo.

HÉLIO FERRAZ

O bairro Hélio Ferraz foi fundado em 17 de março de 1978, através do decreto Nº 016/78 e em abril de 2001 sua população era estimada em 3,5 mil habitantes distribuídos numa área de 266.307 metros quadrados. Levantamentos da Prefeitura indicam que no bairro existem 702 residências, nove terrenos, 44 pontos comerciais e duas empresas prestadoras de serviços. No local está situada a Escola Dr. Hélio Ferraz, da rede municipal de ensino. Na região encontra-se o CSU – Centro Social Urbano, obra do Governo do Estado e atualmente sob controle da Prefeitura Municipal da Serra, que oferece cursos e uma série de atividades para o pessoal da terceira idade.

O bairro surgiu como uma opção de moradia para os funcionários da Companhia Vale do Rio Doce, CVRD e o nome do conjunto presta uma homenagem ao engenheiro civil, Dr. Hélio Ferraz, que trabalhou na CVRD. As casas foram construídas pela Cohab, Companhia Habitacional do espírito Santo, que entregou as primeiras unidades em 1980.

A parte baixa da região, conhecida informalmente como Hélio Ferraz II, começou a ser habitada também no início dos anos 80. A área foi doada à população pelo então prefeito da Serra, José Maria Feu Rosa. No local concentra a população das classes sociais mais baixas. A Igreja Santa Terezinha foi fundada em 1981 e antes funcionava num barraco de madeira.

O bairro está entre Carapina I, Rodovia Norte-Sul, Loteamento Santa Terezinha e o terreno da Viação Paratodos. Fica próximo ainda ao bairro de Fátima e Eurico Salles

CLÉRIO JOSÉ BORGES ESCRITOR CAPIXABA
Enviado por CLÉRIO JOSÉ BORGES ESCRITOR CAPIXABA em 24/07/2006
Código do texto: T200519