A FORÇA DA LINGUAGEM SIMBÓLICA NO NOSSO IMAGINÁRIO

A FORÇA DA LINGUAGEM SIMBÓLICA NO NOSSO IMAGINÁRIO

Kaendangongo

O ser humano se comunica com o mundo e com os seus semelhantes em todos os momentos e de várias formas: verbal e não verbal. Desta maneira, temos vários tipos de linguagem: artística, teatral, musical, cinematográfica, digitalizada, televisiva, religiosa, radiofônica, física, química, médica, filosófica, científica, econômica, esportiva, erótica.

Pela linguagem nós temos acessos a conhecimentos, invenções, crenças, idéias, pensamentos, sentimentos, valores e cultura. Porém, como Platão devemos ter cuidado com as palavras, pois a linguagem pode nos levar ao conhecimento - comunicação, gerando convivência e interatividade ou ao encantamento – sedução, ocultando a verdade. (Chaui, 2000, 137).

O ser humano fala com o corpo todo: olhos, boca, andar, gestos. É a extensão da linguagem. Atualmente a linguagem do corpo é mais acentuada. Muitos atores, músicos, esportistas e pessoas bem sucedidas promovem e incentivam o modelo de pessoa que tem que ser seguido.

Há uma preocupação com a linguagem individualista: eu quero ser feliz; o meu corpo é lindo; a minha mente é brilhante. O “meuismo” é cultivado sem ter em vista a coletividade. É o que nos é transmitido nos jornais, livros, revistas e programas de auditório de televisão.

Os meios de comunicação muitas vezes usam uma linguagem sensual e erótica influenciando o imaginário das pessoas de forma sutil. Isso vai tecendo caminhos que afetarão nos comportamentos da sociedade. Exalta-se a beleza, o corpo perfeito, através de assistentes de palco (televisão) malhadas e esculpidas nas academias e clínicas de cirúrgicas, plásticas espalhadas pelo país.

A linguagem deve promover entre um eu e um tu comunicação interativa e libertadora que acentue o bem estar, revelação do outro e não exploração. É o que acontece nas propagandas de produtos veiculados pelos meios de comunicação. A Linguagem simbólica seduz e fascina, convencendo os consumidores a usarem produtos de marca, reforçando o poder da linguagem para o bem do mercado capitalista. Neste sentido um grupo pequeno define o que deve usar e ser consumido. Eles se aproveitam da força da linguagem simbólica que privilegia a imaginação e a memória; a emoção e afetividade; palavras com vários sentidos.

Por isso, se torna importante cuidar da nossa linguagem nas suas várias formas para construirmos o ser humano sujeito no processo social, autônomo, ético, poético, crítico e sem dominações.