Como Viver em Família

Viver em família

O campo familiar se constela a partir da posição que cada um toma para si. Esse posicionamento é conseqüência do nosso sentimento, que forma nosso campo vibratório, e de nossa atitude em relação ao meio.

Se tivermos um ressentimento em relação a alguém, vibramos numa freqüência que irá influenciar o ambiente com desarmonia e discórdia. Se, ao contrário, procuramos compreender os motivos e as dificuldades do outro, emitimos ondas de amor e compaixão que irão influenciar o ambiente de maneira positiva e reconciliadora.

Depende de cada um a forma do todo. Ou seja, cada um de nós é importante para a estrutura do contexto familiar. Se, aquilo que nós sentimos tem realmente a intensidade do nosso desejo, então, somos capazes de mudar o padrão vibratório familiar. Sabemos hoje, que somos campos de energia que interferem em outros campos energéticos. Cabe a cada um de nós, escolhermos a qualidade dessa energia, e atrair para si o bem ou o mal.

Vida em família

Nossa vida é cheia de deveres e compromissos. Recebemos, através da cultura e da educação, a noção de cumprir tarefas, obedecer e ser responsável.

A responsabilidade, tal como é entendida por muitos, é cumprir o dever de maneira a atender a expectativa do outro. Com isso, muitas vezes, deixamos de atender às nossas prioridades e necessidades pessoais. Relegamos a um segundo plano nossos anseios e ficamos à disposição do outro.

É comum as pessoas dizerem “vivo a minha vida em função dele (ou dela)”. Isso não é bom. Nem para si, nem para o outro. Para si, porque abre mão da própria alegria de ser livre e trilhar seu caminho pessoal. Para o outro, é não ter a possibilidade de lutar por si mesmo, de buscar soluções para as dificuldades; de fazer o movimento para o crescimento.

Quem cuida demais anula a si mesmo e ao outro também. Não podemos esquecer que nosso primeiro compromisso é conosco mesmo. É dar a si mesmo o direito de ser feliz e alegre, de estar de bem com a vida; de viver a plenitude de ser.

Quando damos a nós mesmos temos condições de dar ao outro. E assim, damos e recebemos, alimentamos e somos alimentados.

Padrão Familiar

Muitas vezes repetimos situações que, na verdade, não gostaríamos que acontecessem. Somos vítimas do nosso próprio temor. Vamos ao encontro daquilo que não queremos para nós.

O que faz com que eu procure aquilo que não quero encontrar? As famílias se agrupam por similitudes, por ressonâncias positivas ou negativas. A tendência familiar em repetir um determinado padrão de comportamento se deve ao fato das pessoas não conseguirem modificar a atitude. Fazer diferente. Olhar de outro lugar.

Quando uma situação não é explicitada no meio familiar, quando seus componentes não se revelam e se escondem atrás do silêncio. Quando em meio ao conflito as pessoas viram as costas e abandonam as outras, por não terem a coragem de dizer o que sentem. Têm o coração ferido, mas negam qualquer abordagem pelo medo de mudar a ilusão de harmonia, originada pela negação do sentimento.

Aí se instala um perigoso padrão de repetição que tende a aprisionar as pessoas na repetição das mesmas condutas, dos mesmos gestos, das mesmas atitudes. Embora a pessoa não queira fazê-lo, acha que certo determinismo, dentro da família, pressiona a agir assim. E então, a ressonância do campo mórfico familiar se instala e o “acontecimento” comum na família, ocorrido algumas vezes, volta a se repetir.

Como mudar esse padrão familiar? Através da confiança em assumir seus próprios sentimentos, não tendo medo de dizer o que sente, observando sempre o cuidado com o outro. Procurando entender o verdadeiro motivo que levou alguém a agir de determinada maneira. Sem medo de ser verdadeiro. Machuca mais o uso de máscaras que fatalmente levam ao desapontamento do que a franqueza do sentimento que se tem.

Família: Regras para o bem viver

A Primeira Epístola de Pedro aborda ensinamentos práticos para a vida cristã. Sua orientação sólida estabelece instruções que dão base para a jornada do cristão em meio a uma sociedade corrompida.

“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas o vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor... Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la... Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo...” (1 Pedro 3.1-22)

O capítulo 3, inserido nessa prática de testemunho cristão, estabelece algumas regras para o bem viver em família como igreja do Senhor. Começa estabelecendo uma similaridade na submissão que a mulher deve ao marido, com a submissão que Jesus teve à sua missão de salvar o pecador. O mais importante a destacar é que Jesus se submeteu por amor, logo o caráter da submissão não é forçado ou imposto, mas voluntário, sacrifical e fruto do amor que a mulher tem por seu marido e, caso este não seja cristão, tal cuidado, respeito, obediência e testemunho de dedicação serão suficientes para ganhá-lo para Cristo. O fator de beleza externa não é acentuado pelo texto, mas sim a beleza interior, do coração, que dá tranqüilidade e segurança pela prática do bem (vv. 5-6). Os maridos são orientados terem uma vida conjugal que leve à valorização de sua mulher, entendendo suas limitações naturais, e que reconheça que ambos são herdeiros da graça da vida. Nos versículos de oito a o¬nze o apóstolo Pedro deixa de falar individualmente aos cônjuges e se dirige a todos os membros da família, esse é o auge das suas orientações e tem um aspecto multidirecional. Todos devem ter um mesmo sentimento (animados), compadecidos (padecer +com), fraternalmente amigos (amar os irmãos), misericordiosos, humildes, não sendo vingativo, mas sempre abençoando uma vez que nós recebemos a bênção de Deus por herança. Uma fórmula para o amor e a felicidade está associada ao domínio da língua, é como se o apóstolo estivesse dizendo: ‘se vocês querem ser pessoas que amam e vivem felizes evitem falar mal dos outros e deixem de ser maledicentes’, pois há muitas pessoas que ao destilar veneno na vida de outras pessoas acabam por absorver e envenenarem a própria vida. O cristão deve apartar-se do mal e empenhar-se na busca da paz, tais conselhos são colocados como condição para agi-lo de Deus a favor de seus filhos e Deus é justo para castigar os malfeitores. O cristão deve estar pronto a responder com mansidão e temor a todas as afrontas, para que fiquem envergonhados os que se levantem com difamação.

As orientações da Palavra de Deus são vivas e verdadeiras, todavia só se tornam eficazes quando colocadas em prática. Lembre-se que eu disse que os ensinos dessa epístola são práticos e se você quer experimentar o poder de Deus na vida de sua família ponha em prática e viva feliz.

Izan Lucena Lucena
Enviado por Izan Lucena Lucena em 11/08/2010
Código do texto: T2431329
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