AS INTERAÇÕES JORNALÍSTICAS

AS INTERAÇÕES JORNALÍSTICAS

“A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez, e nem na fome. A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa”. (Emmanuel).

Algumas modalidades de jornalismo nos encantam, outras nos assustam. O jornalismo de entretenimento seria um deles, já o jornalismo policial nos leva a pensar mais amiúde na violência, e às vezes nos torna incapacitados de atuarmos em certos locais por medo de assaltos, de assassinatos, de furtos e de roubos que são vieses do jornalismo policial. O jornalismo em si tem a função de informar, e as informações devem ser criteriosas, dentro da ética de um jornalismo voltado para uma sociedade consciente, e inteirada nas leis que as protegem. O jornalismo é atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também se define o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação social. Ao profissional dessa área dá-se o nome de jornalista. O jornalista pode atuar em várias áreas ou veículos de imprensa, como jornais, revistas, televisão, rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.

O jornalismo é amplo e exigem do profissional um conhecimento vasto e estar ciente de tudo que acontece no Brasil e no mundo. É uma profissão apaixonante, mas ultimamente tem sido jogada para escanteio pela infeliz decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por achar que não é obrigatória a exigência do diploma para determinadas pessoas atuarem na área jornalística. Alguns fatores principais influenciam na qualidade da notícia. A novidade, onde a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas. A proximidade: quanto mais próximo do leitor do evento, mais interesse a notícia gera, porque implica diretamente na vida do leitor, e o tamanho, tanto o que for muito grande quanto o que for pequeno atrai a atenção do público e finalizando vem à relevância, notícia importante, ou pelo menos, significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público.

A atividade primária do jornalismo é a observação e descrição de eventos conhecidos como reportagem que requer os seguintes requesitos ou indagações. “O quê?” O fato ocorrido; “Quem?” O personagem envolvido; “Quando?” O momento do fato; “Onde?” O local do fato; “Como?” O modo como o fato ocorreu e “Por quê?” A causa do fato. O jornalismo de vê ser informativo, interpretativo e opinativo. O jornalismo atinge uma gama muito grande de especialidades e por este motivo é que o jornalista deve ser eclético. Temos os tipos de jornalismo internacional, político, econômico, cidade, ciência, cultural, esportivo, turismo, meio ambiente, educacional, comportamental, policial, investigativo, alternativo, legislativo, empresarial, sindical, jurídico, cívico, cidadão, comunitário, literário, gonzo, Marron, dos bairros e livro-reportagem. O jornalismo tem sua importância fundamental para os profissionais da área, mas muitos intrusos querendo aparecer estão inseridos no écran jornalístico.

Modelos viram apresentadores (as) cozinheiros se transformam em garotos propaganda tomando vagas dos que se formaram em publicidade e propaganda, radialistas apresentando programas de entretenimento. Na maioria das profissões se intrusos passam a exercer uma dessas profissões, como por exemplo, (médico, odontólogo, advogado entre outras) são presos e punidos pelo exercício ilegal da profissão. Hoje todo mundo quer exercer a atividade jornalística, mas não possuem o ponto forte que o jornalista aprende e pratica nas faculdades e Universidades. A internet despontou como um novo e fascinante campo de trabalho para jornalistas. Após a fase de deslumbramento, quando proliferaram projetos mirabolantes, é hora de colocar os pés no chão e perceber que a grande rede continua oferecendo vastas possibilidades para os profissionais da comunicação. Afinal, milhões de pessoas ao redor do mundo navegam à procura daquilo que o bom jornalismo é capaz de oferecer: informação.

Ao unir orientações práticas com reflexões teóricas, este livro é uma valiosa ferramenta de aprimoramento para quem continua apostando na internet como um veículo de comunicação revolucionário e promissor. A essência do jornalismo, entretanto, é a seleção e organização das informações no produto final, ou seja, programas de TV, revista e jornais, são as conhecidas edições. É primordial dentro do jornalismo que haja interações entre os que trabalham na edição, ou na ilha de edição. O trabalho jornalístico consiste em capacitação e tratamento escrito, oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O trabalho é normalmente divididos em quatro etapas distintas, cada qual com suas finalidades específicas e funções particulares. Podemos destacar: pauta, apuração, redação e edição. A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a publicação final.

A apuração é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes, números etc.). A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com suas fontes envolvem frequentemente questões de confidencialidade. A redação é o tratamento das informações apuradas em forma de texto verbal. Pode resultar num texto para ser impresso (em jornais, revistas e sites) ou lido em voz alta (no rádio, na TV e no cinema). A edição é a finalização do material redigido em produto de comunicação, hierarquizando e coordenando o conteúdo de informações na forma final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que confere sentido geral às informações coletadas nas etapas anteriores. No jornalismo impresso (jornais e revistas) a edição consiste em revisar e cortar textos de acordo com o espaço de impressão pré-definido.

A diagramação é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens em movimento. Estas três mídias citadas tem limites de espaço e tempo predefinidos para o conteúdo, o que impõe restrições à edição. No chamado webjornalismo, ciberjornalismo ou jornalismo online, estes limites não existem. Os limites começam pela potencialidade da interação no jornalismo online, o que provoca um borramento entre as fronteiras que separam os papeis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente. A prática tem se difundido como “jornalismo open source”, ou jornalismo de Código aberto, onde informações são apuradas, redigidas e publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas rotinas de produção e às estruturas organizacionais das empresas de comunicação. O relatório de reportagem deve ter:

Cabeça: Sempre rascunhe uma cabeça para a matéria. A primeira frase quase sempre é uma manchete, uma frase afirmativa. A segunda explica a afirmação e introduz o assunto. OFF -Texto feito pelo repórter com base nas imagens oferecidas pela equipe de reportagem. Passagem: É o momento que o repórter aparece na matéria. É ela que dá credibilidade ao que está sendo veiculado. A passagem pode ser usada para descrever algo que não temos imagem, destacar uma informação dentre outras, unir duas situações, destacar um entrevistado ou criar uma passagem participativa. Coloque o microfone a um palmo da boca. O repórter pode gesticular com mãos na passagem, mas entre um gesto e outro deve intercalar com posições neutras. Sonoras: São as entrevistas gravadas e para fazê-las é preciso, antes de qualquer coisa, tirar todas as dúvidas com o entrevistado. Fique alerta, pois neste momento o repórter cinematográfico irá gravar as imagens da entrevista e logo após o contraplano (imagem do repórter fazendo perguntas para o entrevistado).

Grave na fita o nome do entrevistado e o cargo que ocupa. O repórter de televisão deve, sempre que possível, obter do entrevistado respostas curtas. Nos telejornais uma sonora com mais de trinta segundos é considerada longa. Som ambiente: Diversos sons colhidos no momento da gravação da matéria. São buzinas, chuva, execução de sentença, torcedores gritando o nome do time, informações de áudio que vão ajudar no fechamento da matéria. Teaser: Depois de concluída a gravação da matéria faça o teaser. Este formato de notícia é uma manchete gravada pelo próprio repórter que será inserida na escalada. A escalada são técnicas usadas no jornalismo para atrair o telespectador. Agora vamos inserir alguns fatos noticiados por alguns jornais e aí vocês vão ver como se confecciona uma redação jornalística. A lapada é o efeito obtido na mesa de edição eletrônica, semelhante a uma página de livro virado. Esse efeito permite, por exemplo, separar vários assuntos que constam de uma mesma matéria de telejornalismo. No jargão dos profissionais de telejornalismo, diz-se de uma reportagem que reúne vários temas ou assuntos. Exemplificando: lapada internacional é uma única reportagem com notícias de vários países.

Lapada esporte consiste em uma única reportagem com notícias de vários assuntos esportivos. Nota coberta, diz-se da pequena notícia com imagem. Nota-pé, em telejornalismo, informação acrescentada pelo apresentador ou âncora ao final de uma matéria. Nota de reprodução, nota que informa qual é a postura assumida em determinada publicação quanto à reprodução total ou parcial de seu conteúdo. Nota Pelada é um jargão profissional do jornalismo televisivo. Remete a uma notícia que vai ao ar na televisão, sem a cobertura de imagem para ilustrar. No BLOG, a intenção é levantar posts variados, não necessariamente com imagem, mas colocarei no ar tudo o que for interessante! Efeitos Visuais: - Fade: escuro/claro ou claro/escuro - Fusão: imagem vai sumindo e outra vai surgindo - Slow: câmera lenta- Spide: câmera acelerada. Stand up: notícia rápida sem ilustração que o repórter faz. É fora da bancada. Pode ser simples ou com entrevistado. Nota-pé: nota que complementa a notícia do VT, informação adicional.

As nomenclaturas mais usadas no jornalismo pelo repórter e pela edição, tendo algumas sido citadas nessa matéria. Para complementar estamos repetindo com um significado parecido: “Arte: usadas para ilustrar as matérias. Stand up: notícia rápida sem ilustração que o repórter faz. É fora da bancada. Pode ser simples ou com entrevistado.Nota coberta: quando há imagem, mas não houve tempo do repórter fazer o Off da matéria. Então o apresentador faz uma nota sobre o acontecimento, enquanto a imagem vai rodando. Nota seca: nota sem ilustração, é feita pelo apresentador direto da bancada. Espelho: esboço do telejornal. É montado de acordo com o bloco. É formado em ordem decrescente, da que tem maior peso para a que tem menor. É preciso cuidado também com a organização das matérias, necessário coerência. Nota-pé: nota que complementa a notícia do VT, informação adicional”.Por isso o jornalismo tem uma importância fabulosa e os jornalistas “leigos”, desconhecem muitas dessas nomenclaturas. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIR-CE – DA UBT E DA ACE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 19/08/2011
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