Leitura e escrita nas séries iniciais: Abordando a dislexia

LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS: ABORDANDO A DISLEXIA

Amanda da Silva Coelho¹

Anni Kelly Vilhena Silva²

Clécio Raniery Pereira da Costa³

Ângela Brito Ferreira4

RESUMO

Este artigo vem abordando o tema “Leitura e escrita nas séries iniciais: Abordando a dislexia” fazendo o levantamento de autores como os Lanhez e Nico, Ajuriaguerra, Cagliari, Mendonça e Carvalho, Cameirão e Meireles que discutem esse tema no contexto do processo de educação. O estudo enfatiza que a adaptação dos educadores às necessidades das crianças que apresentam a dislexia na rede educacional exige uma transformação na esfera social e escolar. Assim colaborando para a reformulação das atitudes e concepções tradicionais sobre a dislexia e a melhor maneira de lidar com os alunos que apresentam esse tipo de distúrbio, sendo necessária a contribuição do corpo técnico juntamente com os educadores, além da fundamental importância do gestor da escola. Então, na escola, a leitura e a escrita alunos disléxicos devem ser desenvolvida como uma das formas essenciais de introduzir o mesmo no mundo, oferecendo-lhes condições necessárias para adquirir atitudes para passar os desafios que serão apresentados no seu cotidiano, principalmente em relação a distúrbio disléxico.

Palavras chaves: Educador. Aluno. Transtorno de aprendizagem.

Abstrat

This article discusses the theme "Reading and writing in the early grades: Addressing dyslexia" doing a survey with authors to Lanhez in Nico, Ajuriaguerra, Cagliari, Mendonça in Carvalho, Cameirão in Meireles discuss the issue iof the education process. The study emphasizes that adaptation to the needs of educators, of children with dyslexia in educational network, requires a transformation in the social and school life. Thus contributing to the reshaping of traditional attitudes and conceptions about dyslexia and how best to deal with students who have this type of disorder, which requires the contribution of staff together with the educators, the fundamental importance of the manager of the school. Then, at school, reading and writing of the dyslexic students must be developed as one of the main ways to enter as the same in the world, offering them the necessary conditions to acquire attitudes to pass the challenges that will appear in your daily life, particularly in relation to disturbance dyslexic.

Keywords: Educator. Student. Learning disorder

INTRODUÇÃO

As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes dimensões das pessoas: ao trabalho, à participação social e política, à vida familiar e comunitária, às oportunidades de lazer e desenvolvimento cultural.

Um dos instrumentos imprescindíveis para uma formação geral que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta sociedade em constante mutação, seria a prática as práticas de leitura variadas ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão inseridas, uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na historia deste milênio e o construir como agente produtor de seu próprio futuro.

A leitura antecipa e prepara a escrita. Para adquirir a escrita, a criança passa por várias etapas de desenvolvimento do comportamento verbal a ser adquirido.

Para que a escrita possa ser usada como instrumento de representação da linguagem oral, ela passa por estágios que coincidem com o desenvolvimento geral da criança.

“Antigamente pouco se falava de sobre a dislexia, pois faltava conscientização por parte dos educadores e profissionais da educação sobre os transtornos de aprendizagem. Era muito comum o uso das expressões os “atrasados”, os “deficientes” ou os “que não davam para os estudos”.

Assim a dislexia passou a estar entre os fatores que promovem o abandono escolar e geram a exclusão social. Ainda segundo os autores, as pesquisas revelam que a incidência de dislexia é de 10% a 15% da população mundial, ou seja, em uma sala com 25 alunos, cerca de três ou quatro crianças são disléxicos. De acordo com essa informação fica a pergunta por que crianças que sofrem de dislexia podem ser prejudicadas na sua trajetória escolar?

Este trabalho tem o objetivo de conceituar o que é a dislexia, como ela se apresenta na aprendizagem dos alunos; Se o educador está atualizado e como poderá combatê-la; Analisar as teorias de aprendizagem da leitura e da escrita; Entender consciência fonológica e gêneros textuais e apresentar propostas, soluções que ajudem no tratamento de crianças que sofrem com esses distúrbios. Com isso preparar o aluno atuante nessa área para saber lidar com a tal situação.

Buscou-se abordar os diversos aspectos da dislexia, visando uma melhor compreensão dos aspectos que envolvem a sua existência e a relação entre leitura/escrita que as vezes parecem estranhos para o educador. É importante destacar que esta pesquisa tem abordagem bibliográfica e qualitativa no campo da pedagogia que venha induzir os educadores a reconhecer e assim usar métodos funcionais que minimizem a incidência da dislexia nos alunos nas series iniciais.

2.0 A AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA

A leitura e também a escrita se apresentam no cotidiano das pessoas antes da sua entrada na escola, por experiências que os pais e demais pessoas da família passam para seus filhos. Ambas acontecem na rotina de todo dia de cada pessoa, de maneiras diferenciadas, pois o entendimento é individual.

De acordo com Cagliari (2001, p. 150), Leitura “[...] é uma atividade profundamente individual e duas pessoas dificilmente fazem uma mesma leitura”. Quer dizer que, um certo tipo de leitura feito por duas ou mais pessoas, nunca será igual uma da outra; cada uma assimila conhecimentos diferenciados e faz proveito da leitura de acordo com seu grau de maturidade. Cada um deve respeitar a leitura do outro. Ler não é fácil, assim como escrever também não o é, mas ambas são atividades fundamentais na formação de qualquer ser humano e tendem a ser compreendidas através da prática cotidiana.

Quando se fala nesta prática pode-se começar pela leitura de mundo, ou seja, uma leitura de resgate, que de acordo com este autor trata-se da experiência de vida da pessoa, da sua percepção da realidade que vive e de como vai tomando consciência da realidade que está a sua volta. Paulo Freire (1988) exemplifica isso na seguinte narrativa:

Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fosse gente tal a intimidade entre nós. A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. (FREIRE, 1988, p. 12 – 13)

Dessa forma deve ocorrer com a percepção da aquisição da leitura propriamente dita, pois aprender a ler o mundo significa conhecer os valores, pensar sobre eles, desenvolver uma posição crítica e própria. Também é aprender a ler a realidade do cotidiano. Desde criança, a vida a ensina e a prepara para adquirir conhecimentos. É importante a influência da família nas concepções que a criança tem tanto da leitura como da escrita. A leitura do mundo é muito importante para cada pessoa, a partir dela pode-se perceber a sua individualidade. Nenhuma experiência é igual à outra, assim como a leitura.

Martins (1994) não define o que é leitura e nem apresenta regras ou receitas sobre a mesma. Afirma que: é uma “[...] decodificação mecânica de signos lingüísticos e processo de compreensão” (p.31). Essas duas características, ainda segundo a autora são necessárias para que aconteça a leitura. A decodificação não pode acontecer sem a compreensão e sem decodificação. Pode-se concluir com isto que a leitura é algo fundamental e que cada um tem uma resposta diferente para tal, devido à experiência individual.

Diante desse processo Cagliari (2001, p. 149), acresce que “A leitura é a realização do objetivo da escrita. Quem escreve, escreve para ser lido”. Em outras palavras, tudo que é escrito, é lido automaticamente, por isso se diz que a escrita foi criada para a leitura. Tanto a leitura quanto a escrita se apresentam no cotidiano das pessoas como aquisição de saberes que podem vir desde um simples código até uma real compreensão e reflexão de um texto. Este autor ressalta que, “A leitura é ainda uma fonte de prazer de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar” (p. 169). A partir do momento que a criança tem em mãos algo que lhe desperte atenção e que tenha uma boa compreensão, ou seja, de um certo tipo de leitura, ela poderá, com o decorrer da assimilação, ter grandes momentos de realização com o que leu, levando-a a ter mais interesse em estudar e um gosto maior pela escola e consequentemente dedicar-se cada dia mais às leituras.

Em relação à aquisição da escrita, vários avanços podem ser alcançados a partir de observações feitas com cada criança. Mas de acordo com Cagliari (2001, p.99), “É preciso ouvir das crianças o que é escrever, para que serve a escrita, valorizando as opiniões que cada uma possa apresentar”. Fazer este tipo de diagnóstico pode ser um passo importante para o real início da escrita, pois, uma criança pode representar qualquer palavra, seja até mesmo seu nome, por um ou mais rabiscos, assim como sinais gráficos, letras e outros.

2.1. REPRESENTAÇÕES DA ESCRITA PELA CRIANÇA

Ouvir da criança sobre o que é escrever e para que serve a escrita, permite ao educador verificar a vivência que ela traz sobre sua representação da escrita. Para Ferreiro (2001, p. 18) As primeiras escritas infantis aparecem, do ponto de vista gráfico, como linhas onduladas ou quebradas (ziguezague), contínuos ou fragmentadas, ou então como uma série de elementos discretos repetidos (séries de linhas verticais, ou de bolinhas).

A aparência gráfica não é garantia de escrita, a menos que se conheçam as condições de produção. De acordo com esta autora, percebe-se que condições de produção se referem aos conhecimentos de escrita trazidos pelas crianças, não podendo o educador desconsiderar seus aspectos construtivos. De início, a criança não faz uma diferenciação clara entre o sistema de representação do desenho (pictográfico) e o da escrita (alfabético).

Sem dúvida, a escrita cursiva é importantíssima, fundamental na nossa cultura, mas não me parece ser a maneira mais adequada de ensinar alguém a escrever. Seria muito fácil e simples aprender a escrever e a ler, em primeiro lugar, através da escrita de forma maiúscula. Depois a criança aprenderia a escrita cursiva. Se lhe explicarem essas diferenças e os usos que fazemos dessas formas, ela não confundirá as duas escritas. Uma série de dificuldades que a escola cria para a alfabetização poderão assim, ser evitadas. (CAGLIARI, 2001, p. 98)

É uma dedução um tanto incoerente, pois a partir do momento que a criança tem o domínio da leitura com a letra bastão, saberá identificar e relacionar as duas. A criança pode recusar-se a escrever o que ainda não foi memorizado, ou seja, a letra cursiva, caso haja uma insistência por parte do educador, esta poderá se tornar um simples copista, uma vez que não tem a confiança necessária com a letra.

2.1.2 A FUNÇÃO DO EDUCADOR EM RELAÇÃO À LEITURA

De acordo com Martins (1994, p. 34), “A função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem”. O educador deve procurar meios com os quais levem os alunos ao prazer pela leitura e escrita, estimulando-os sempre; pois ele sabe e deve passar para seus alunos que tanto a leitura como a escrita enriquecerão o seu vocabulário, abrindo novos conhecimentos na vida deles. O educador deve criar condições que levem os alunos a uma realização de conquista e prazer pela leitura e escrita. Martins (1994) nos esclarece melhor quanto a isso:

Assim, criar condições de leitura não implica apenas alfabetizar ou propiciar acesso aos livros. Trata-se, antes, de dialogar com o leitor sobre a sua leitura, isto é, sobre o sentido que ele dá, repito, a algo escrito, um quadro, uma paisagem, a sons, imagens, coisas, idéias, situações reais ou imaginárias. (1994, p. 34)

Assim como a autora se refere às condições de leitura, pode referir-se também à escrita, pois, quando ela fala de algo escrito, por exemplo, um quadro, o aluno precisa estar em contato com estas aquisições literárias para que haja a ampliação de seus conhecimentos, para que possa compreender melhor a língua oral e escrita. Estas leituras relacionadas na fala desta autora permitem ao aluno conhecer o mundo que está a sua volta.

2.1.3 O PRAZER PELA LEITURA E ESCRITA NA VIDA DA CRIANÇA

É muito importante o ensino da literatura na sala de aula, pois é ali que começa o grande despertar pelo prazer da leitura, e este contato com a literatura permite à criança ampliar seus conhecimentos, a fim de que possa melhor compreender a língua escrita e falada e conhecer o mundo que está à sua volta.

A sala de aula pode ser considerada, um ambiente complexo, instável e incerto. Porém, é neste contexto dinâmico, que o educador precisa movimentar-se de forma competente, ou seja, conseguir identificar situações, processar informações, elaborar diagnósticos e tomar decisões sobre possíveis e necessárias intervenções. De acordo com o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI), a organização do espaço físico para a leitura deve ser aconchegante, um ambiente satisfatório rico de materiais diversificados, tendo como objetivo primordial ajudar as crianças em suas hipóteses de leitura e também da escrita. Quanto mais diversidades de materiais, mais a criança terá condições de identificar os diferentes tipos de linguagem.

Através de histórias, o educador pode buscar uma referência já conhecida pela criança, ou seja, poderá ter um ponto de direcionamento para o processo da leitura e escrita. Mendonça e Carvalho (2006) ressaltam que esse espaço de circulação e armazenamento dos textos é um eixo organizador do trabalho com crianças, porque permite construir sociabilidades importantes em torno da leitura e da escrita. Para elas as bibliotecas de classe, a biblioteca escolar, os murais da sala e dos corredores e pátios são muito importantes para dar sentido à comunicação escrita na escola, pois é [...] também é um ótimo espaço para se ter materiais, os mais diversos, ao alcance dos alunos para atividades livres e dirigidas, e sua organização dá excelente oportunidade para se aprender sobre o sistema alfabético e ortográfico e sobre as formas de organização da cultura escrita. (2006, p. 42)

O educador que atua com crianças do 1° ano fundamental, percebe que elas tem um atrativo satisfatório no ambiente extraclasse, isso em relação à leitura, leva a ter progressos na escrita e até mesmo na leitura, já em sala de aula. São esses momentos vividos fora da sala (considerados por elas até mesmo de relaxamento) que tendem a levá-las ao prazer pela leitura e escrita.

2.1.4 METODOLOGIAS DE LEITURA E ESCRITA

Flôres (2001) acredita que a escola deve propor e garantir situações de leitura e escrita que proporcionem prazer para a criança. Estabelece que em sala de aula deve ser criado um clima que vá de encontro ao propósito do educador. Esse ambiente será um espaço onde haverá interação entre professor e aluno. Alguns hábitos de leitura podem trazer progressos nesta etapa da criança que são respectivamente: Contar histórias através de leitura de textos escritos e não-escritos;

“A leitura não se separa da vivência do ser humano, razão pela qual, seus estudiosos não desconsideram a chamada leitura de mundo: aquela que não está centrada no texto escrito”. Diniz (2007, p. 100)

Primeiramente, os alunos ouvem histórias narradas por adultos, podendo eventualmente acompanhá-las com os olhos nas ilustrações. Este é um momento importante para a ampliação do vocabulário do aluno.

Sugere-se enriquecer essa metodologia com o revezamento da “contação de histórias” pelo professor e pelas crianças. Essa experiência colabora para o desenvolvimento da linguagem oral do aluno. As crianças contam suas histórias revelam sua imaginação e criatividade. É neste momento que o professor aproveita para conhecer um pouco mais seu aluno, suas vivências, experiências de vida, etc. O ouvir histórias segundo a autora, estimula a criança a desenhar, pensar, dramatizar, imaginar, brincar, folhear o livro e escrever.

3.0 TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

A aprendizagem vem sendo estudada cientificamente desde o século passado, embora tenha tomado maior espaço e relevância no meio acadêmico entre as décadas de 1950 e 1970. Junto com os avanços obtidos com as pesquisas, diversos conceitos foram apresentados como uma tentativa de melhor explicar a aprendizagem e como se dá o seu processo. Apesar de existir diferentes conceitos, todos eles concordam que a aprendizagem implica numa relação bilateral, tanto da pessoa que ensina como da que aprende.

Dessa forma, a aprendizagem é melhor definida como um processo evolutivo e constante, que envolve um conjunto de modificações no comportamento do indivíduo, tanto a nível físico como biológico, e do ambiente no qual está inserido, onde todo esse processo emergirá sob a forma de novos comportamentos.

Sendo a aprendizagem um processo constituído por diversos fatores, é importante ressaltar que além do aspecto fisiológico referente ao aprender, como os processos neurais ocorridos no sistema nervoso, as funções psicodinâmicas do indivíduo necessitam apresentar um certo equilíbrio, sob a forma de controle e integridade emocional para que ocorra a aprendizagem. Entretanto, "o desenvolvimento harmonioso da aprendizagem representa um ideal, uma norma utópica, mais do que uma realidade. Dessa forma, o normal e o patológico na aprendizagem escolar, assim como no equilíbrio psicoafetivo, não podem ser considerados como dois estados distintos um do outro, separados com rigor por uma fronteira ou um grande fosso" (Ajuriaguerra e Marcelli in Möojen, 2001).

Apesar disso, é importante estabelecer uma diferenciação entre o que é uma dificuldade de aprendizagem e o que é um quadro de Transtorno de Aprendizagem. Muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades em realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos motivos, como problemas na proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares ou déficits cognitivos, entre outros. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em um transtorno, que se traduz por um conjunto de sinais sintomatológicos que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada.

3.1 O QUE SÃO TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

Os Transtornos de Aprendizagem compreendem uma inabilidade específica, como leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para o seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

Podem existir junto com as dificuldades de aprendizagem, problemas nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação social, mas não constituem por si próprias, uma dificuldade de aprendizado. Ainda que as dificuldades de aprendizado possam ocorrer concomitantemente com outras condições incapacitantes como, por exemplo, transtornos emocionais graves ou com influências extrínsecas (tais como as diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o resultado dessas condições ou influências".

Atualmente, a descrição dos Transtornos de Aprendizagem é encontrada em manuais internacionais de diagnóstico, tanto no CID-10, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (1992), como no DSM-IV, organizado pela Associação Psiquiátrica Americana (1995). Ambos os manuais reconhecem a falta de exatidão do termo "transtorno", justificando seu emprego para evitar problemas ainda maiores, inerentes ao uso das expressões "doença" ou "enfermidade".

3.1.2 QUAIS SÃO AS CAUSAS?

A real etiologia dos Transtornos de Aprendizagem ainda não foi esclarecida pelos cientistas, embora existam algumas hipóteses sobre suas causas. Sabe-se que sua etiologia é multifatorial, porém ainda são necessárias pesquisas para melhor identificar e elucidar essa questão. O CID-10 esclarece que a etiologia dos Transtornos de Aprendizagem não é conhecida, mas que há "uma suposição de primazia de fatores biológicos, os quais interagem com fatores não-biológicos". Ambos os manuais informam que os transtornos não podem ser conseqüência de: falta de oportunidade de aprender; descontinuidades educacionais resultantes de mudanças de escola; traumatismos ou doença cerebral adquirida; comprometimento na inteligência global; comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos;

Atualmente, acredita-se na origem dos Transtornos de Aprendizagem a partir de distúrbios na interligação de informações em várias regiões do cérebro, os quais podem ter surgido durante o período de gestação.

O desenvolvimento cerebral do feto é um fator importante que contribui para o processo de aquisição, conexão e atribuição de significado às informações, ou seja, da aprendizagem.

Dessa forma, qualquer fator que possa alterar o desenvolvimento cerebral do feto facilita o surgimento de um quadro de Transtorno de Aprendizagem, que possivelmente só será identificado quando a criança necessitar expressar suas habilidades intelectuais na fase escolar. Existem fatores sociais que também são determinantes na manutenção dos problemas de aprendizagem, e entre eles o ambiente escolar e contexto familiar são os principais componentes desses fatores.

Quanto ao ambiente escolar, é necessário verificar a motivação e a capacitação da equipe de educadores, a qualidade da relação professor-aluno-família, a proposta pedagógica, e o grau de exigência da escola, que, muitas vezes, está preocupada com a competitividade e põe de lado a criatividade de seus alunos. Em relação ao ambiente familiar, famílias com alto nível sociocultural podem negar a existência de dificuldades escolares da criança. Há também casos em que a família apresenta um nível de exigência muito alto, com a visão voltada para os resultados obtidos, podendo desenvolver na criança um grau de ansiedade que não permite um processo de aprendizagem adequado.

3.1.3 QUAIS SÃO OS TIPOS DE TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

Tanto o CID-10, como o DSM-IV apresentam basicamente três tipos de transtornos específicos: o Transtorno da Leitura, o Transtorno da Matemática, e o Transtorno da Expressão Escrita. A caracterização geral destes transtornos não difere muito entre os dois manuais.

Transtorno da Leitura

O Transtorno da Leitura, também conhecido como dislexia, é um transtorno caracterizado por uma dificuldade específica em compreender palavras escritas. Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico das habilidades de leitura, que sob nenhuma hipótese está relacionado à idade mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade. O DSM-IV classifica como critérios diagnósticos para o Transtorno da Leitura: Rendimento da capacidade de leitura, como correção, velocidade ou compreensão da leitura, significativamente inferior à media para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

A dificuldade de leitura apresentada pelo indivíduo interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de leitura.

Sob a presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas habitualmente a este associadas.

A leitura oral se caracteriza por distorções, substituições ou omissões, e junto com a leitura silenciosa vem acompanhada por lentidão e erros na compreensão do texto.

Transtorno da Expressão Escrita

Um transtorno apenas de ortografia ou caligrafia, na ausência de outras dificuldades da expressão escrita, em geral, não se presta a um diagnóstico de Transtorno da Expressão Escrita. Neste transtorno geralmente existe uma combinação de dificuldades na capacidade de compor textos escritos, evidenciada por erros de gramática e pontuação dentro das frases, má organização dos parágrafos, múltiplos erros ortográficos ou fraca caligrafia, na ausência de outros prejuízos na expressão escrita.

Em comparação com outros Transtornos de Aprendizagem, sabe-se relativamente menos acerca do Transtorno da Expressão Escrita e sobre o seu tratamento, particularmente quando ocorre na ausência de Transtorno de Leitura. Existem algumas evidências de que déficits de linguagem e percepto-motores podem acompanhar este transtorno.

O Transtorno da Expressão Escrita, de acordo com os critérios diagnósticos do DSM-IV, são: A capacidade das habilidades de expressão escrita encontram-se significativamente inferior à media para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

A dificuldade na expressão escrita apresentada pelo indivíduo interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de escrita, como escrever frases gramaticamente corretas e parágrafos organizados. Na presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de escrita excedem aquelas habitualmente a este associadas.

Tratamento

A maioria das crianças necessita de intervenção psicopedagógica e/ou fonoaudiológica e continua participando das aulas convencionais oferecidas pela escola. Porém, existem casos em que o grau do transtorno exige que a criança passe por programas educativos individuais e intensivos. Independentemente do caso, é importante que a criança continue a assistir e a participar das atividades escolares normais.

Cabe ao profissional que acompanha a criança ou adolescente realizar contatos com a escola a fim de estabelecer uma maior qualidade do processo de aprendizagem, através da inter-relação dos aspectos exigidos pela escola e do que a criança é capaz de oferecer para suprir tais necessidades. Além de um melhor enquadramento da proposta educacional, outras variáveis que implicam nos Transtornos de Aprendizagem deverão passar por um processo terapêutico. Assim, é necessário que ao se fazer uma avaliação de um quadro de Transtorno de Aprendizagem, o profissional esteja atento para identificar se existem fatores psicológicos que contribuem para a manutenção do problema. Caso esta variável esteja presente, o psicólogo é o profissional indicado para tratar dos problemas emocionais vinculados ao tipo de Transtorno.

3.2 DISLEXIA

O primeiro passo a ser dado em direção a solução de um problema é correr em busca de sua definição. Conhecer o problema, então, é condição imprescindível para resolvê-lo. Por isso, colocaremos aqui duas definições de dislexia que consideramos as mais aceitáveis e que se reafirmam. Entretanto, antes das definições queremos expor a justificativa para o termo dislexia:

DIS = distúrbio ou dificuldade; LEXIA = do latim “leitura” e/ou do grego “linguagem”. Assim, DISLEXIA = distúrbio de linguagem (LANHEZ e NICO, 2002).

É importante ressaltar que a denominação do problema feita aqui é somente para facilitar a identificação dele a fim de que a ajuda aos disléxicos possa ocorrer de forma adequada. Também queremos enfatizar ainda que existem dois tipos de dislexia: a de evolução e a adquirida, e nós discorreremos acerca da primeira, que é congênita e hereditária. A segunda advém como conseqüência de traumatismo craniano, acidente vascular, derrame etc.

A primeira definição que apresentamos é a do dr. Samuel T. Orton encontrada na obra de LANHEZ e NICO (2002). Segundo ele, a dislexia, como o próprio termo indica, não se enquadra na situação de doença, mas de distúrbio:

“É uma dificuldade no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. [...] Torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores” (ORTON apud LANHEZ e NICO, 2002, p. 21).

Segundo essa definição, a criança não adquire a linguagem de forma correta, embora tenha inteligência suficiente e não apresente nenhum distúrbio cognitivo. Dessa forma, segundo o dr. Orton pode-se dizer que esse distúrbio não é causado por falha intelectual, emocional ou cultural, mas por hereditariedade. O curioso é que os geneticistas do comportamento mostram que há até 50% de probabilidade de um menino nascer disléxico se seu pai for disléxico, e cerca de 40% se a mãe for disléxica. Já a probabilidade de uma menina desenvolver essa afecção é um pouco menor, e o que é herdado, neste caso, não é a deficiência de leitura, mas sim o processo da linguagem.

A segunda definição que adotamos para a nossa pesquisa também se encontra na obra de Lanhez e Nico (2002), e é da International Dislexia Association, elaborada no Comitê de Abril de 1994. Segundo essa teoria, que é atualmente a mais usada nas pesquisas de neuroanatomia e neuropsicologia, dentre as várias dificuldades de aprendizagem, a dislexia é a que tem origem constitucional e é caracterizada pela dificuldade em decodificar palavras simples em uma idade em que isso não é mais aceitável. A criança apresenta uma insuficiência no processo fonológico e também um atraso na aquisição e uso da linguagem.

3.2.1SINTOMAS MAIS COMUNS

Segundo Snowling (2000) citado por Lima; Cameirão e Meireles (2005), a linguagem escrita, apesar de ser uma aquisição relativamente recente do ponto de vista evolutivo, tornou-se fulcral no processo de transmissão sócio-cultural, sendo que ler e escrever são de competência das áreas cognitivas mais valorizadas e importantes que o sujeito pode adquirir.

Apesar da complexidade deste processo, a maioria das crianças que recebe uma instrução adequada desenvolve-as com relativa facilidade. Não obstante, há uma minoria que apresenta dificuldades específicas no domínio da leitura, mesmo possuindo uma inteligência normal e apresentando mestria em outras tarefas.

Se o aluno apresentar inteligência abaixo do esperado, ele pode se enquadrar em outros tipos de dificuldades. Entre os sintomas mais comuns estão: Desempenho inconstante; demora na aquisição da leitura e da escrita; lentidão nas tarefas de leitura e escrita, mas não nas orais; dificuldade com os sons das palavras e, consequentemente, como a soletração; dificuldade em associar o som ao símbolo [...] desconforto ao tomar notas e/ou relutância para escrever; persistência no mesmo erro, embora conte com ajuda profissional. (LANHEZ e NICO, 2002, p. 26-27).

Segundo Lanhez e Nico (2002), a maioria desses sintomas listados está ligada à memória de curto prazo ou “memória imediata”, e à memória seqüencial.

A primeira é aquela vital para o processamento de leitura, pois permite guardar informações pelo período de tempo necessário para serem processadas corretamente. Como os disléxicos possuem falhas em relação à memória de curto prazo, há lentidão no processamento de leitura e compreensão de sentido de uma frase ou parágrafo.

A segunda, a memória seqüencial, é a responsável pela própria organização mental. Por isso, muitas crianças disléxicas chegam atrasadas em encontros ou têm dificuldades para achar um endereço na lista telefônica, por exemplo. A dificuldade observada na aprendizagem da leitura e da escrita e o fraco desempenho nos testes de leitura e de escrita pertencem ao nível do comportamento, enquanto as causas subjacentes a esse desempenho estão

situadas no nível cognitivo - que também inclui fatores emocionais. O nível biológico refere-se a observações e fatos relacionados ao cérebro.

Assim, a dislexia é uma desordem do desenvolvimento que deve ser explicada a partir de três origens: (1) biológica, que causa um déficit cognitivo, o qual, por sua vez, resulta em um padrão particular de comportamento; (2) uma anormalidade cerebral e (3) um déficit cognitivo. As influências ambientais são vistas como atuantes em todos esses três níveis (PINHEIRO, 2002).

3.2.2 A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DA DISLEXIA EM SALA DE AULA

Apesar de a dislexia não ser causada por fatores ambientais, o futuro da criança disléxica depende de forma imprescindível do meio. Como já dissemos na introdução deste trabalho, muitas pessoas, consideradas desiguais, se afastam ou são afastadas do ambiente escolar por não terem atenção adequada.

O que muitos não sabem é que embora os disléxicos apresentem dificuldades no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia, em geral eles possuem níveis de inteligência superiores e habilidades extraordinárias em determinadas áreas. Lanhez e Nico (2002) afirmam que isso significa dizer que, ao afastar essas crianças das salas de aulas, o país está desperdiçando talento e muita capacidade de produção, já que há cerca de 15% de disléxicos na população mundial, ou seja, um número bastante significativo. Portanto, uma educação que reconheça as dificuldades específicas destes alunos muito poderá contribuir para o seu desenvolvimento, associado a um tratamento interdisciplinar sendo, às vezes, necessário fazer uma eleição terapêutica, ou seja, priorizar um tratamento em um dado momento.

A escola e a família exercem um papel fundamental para que a dislexia não se torne mais um fator de impedimento no crescimento acadêmico. Para Mousinho (2003), o professor também é indispensável neste caminho, identificando, em um primeiro momento, e podendo compreender e auxiliar essas crianças e jovens em seu processo educativo. Daí a importância do professor saber fazer a identificação em sala de aula. É certo que não seremos especialistas no assunto, mas poderemos observar os comportamentos mais comuns e agir com mais cautela com aquele aluno.

Segundo Lanhez e Nico (2002), o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo e, quando é necessário, é feito um encaminhamento ao neurologista e/ou a outros profissionais como oftalmologista, geneticista, otorrinolaringologista e pediatra para determinar se existem ou não outros fatores que possam estar comprometendo o processo de aprendizagem, e todos os profissionais devem trocar informações para confirmar o distúrbio. Todo disléxico pode e deve ser ajudado, e entendendo as limitações do aluno, o trabalho deste e do professor será realizado com maior êxito. As crianças com dislexia aprendem de maneira diferente, mas isso não significa que não aprendam. Elas podem acompanhar o ensino convencional se tiverem o apoio necessário para contornar suas dificuldades especificas.

Normalmente, crianças disléxicas têm a necessidade de transportar o que estão aprendendo para o campo da realidade concreta, e geralmente os conteúdos são mais bem aprendidos quando apresentados de forma a estimular os sentidos de tato, paladar, visão e sensação (LANHEZ e NICO, 2002). O sucesso e aprovação que as crianças experimentam quando tentam se comunicar com os adultos os motiva muito no desenvolvimento da fala, e a maior parte aborda a leitura com a mesma ansiedade com que aprendem a falar. Aquelas que vacilam nos primeiros estágios precisam de orientação e apoio que vai lhes garantir êxito, e isso tem maior probabilidade de ocorrer se houver o envolvimento tanto do lar quanto da escola. Para auxiliar o professor no trato aos disléxicos, algumas metodologias podem ser adotadas, ajudando no seu trabalho em sala de aula e facilitando o aprendizado do aluno. É o que veremos no próximo ponto.

ANÁLISE E DISCUSSÃO

São princípios básicos do trabalho em linguagem escrita com a criança: estimular a descoberta e utilização da lógica de seu pensamento na construção de palavras e textos e na representação de fonemas; oferecer oportunidades para a escrita e leitura espontâneas; explorar constantemente as diversas funções da escrita (não apenas produção textual, mas também cartas e bilhetes); e explicitar as diferenças entre língua falada e língua escrita. É importante que a criança tenha adequada consciência de que a fala e a escrita são formas diferentes de expressão da linguagem.

A principal indicação atual para o tratamento de crianças com dificuldades de linguagem escrita é a intervenção direta nas habilidades de leitura, associada a atividades relacionadas ao processamento fonológico da linguagem. Práticas anteriores buscavam estimular habilidades consideradas pré-requisitos para o aprendizado da leitura, como percepção visuoespacial e habilidades psicomotoras (SCHIRMER et al., 2004). E como trabalhar com crianças que não conseguem assimilar o conteúdo dentro do tempo considerado necessário para que as informações sejam processadas corretamente? As dificuldades verificadas na dislexia são muitas vezes inesperadas, especialmente quando se considera o nível de outras capacidades cognitivas e a existência de uma instrução adequada.

A história de instrução do indivíduo é um aspecto crítico para a compreensão da natureza das dificuldades de leitura observadas.

Muitas crianças correm o risco de falharem na leitura devido a desvantagens ao nível da educação na primeira infância e das experiências na pré-escola. Deste modo, entram frequentemente na escola sem terem adquirido muitas capacidades linguísticas e de “pré leitura” essenciais (e.g., sensibilidade fonológica, vocabulário), fundamentais para um desenvolvimento normal da leitura. Se a instrução não for ajustada ao ensino das competências que a criança não domina, a falha na leitura ocorrerá frequentemente. (CAMEIRÃO e MEIRELES, 2005).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho atentou a importância de se buscar e pesquisar através de todo material fornecido e do grande esforço em correr atrás de qualquer ajuda didática que levasse a entender como dislexia afeta e qual as conseqüências impostas por ela a nossas crianças. Houve um grande desempenho em formalizar as idéias centrais aqui vista para com todo cuidado expor através deste artigo; conseqüências, denuncias de como perceber o problema, idéias de dinâmicas a serem aplicadas no percurso da criança na escola; diagnósticos e tratamentos. Tudo com o maior dos interesses em contribuir com a sociedade em geral.

Isso vem deixar claro que temos muito a fazer ainda, pois em toda nossa trajetória percebemos a grande dificuldade que a escola encontra em trabalhar essa questão, ainda não há um sistema que colabore diretamente em toda rede escolar preparado para combater a dislexia.

É de suma importância que a questão em pauta seja observada pelo sistema de ensino, pois certamente no futuro será preciso inverti na formação de seus alunos. De que forma isso acontecerá? Trabalhando desde cedo o poder intelectual da criança, ensiná-lo a leitura e produção de textos, atentar para as disciplinas que encontram maior dificuldades para sim superá-las.

Por fim destaca-se a importância de refletir sobre tais problemas que atingem o aprendizado nas entidades de ensino e principalmente atentar o educador a detectar quando seu aluno apresenta determinados distúrbios na linguagem oral escrita. O aluno disléxico precisa de um acompanhamento pedagógico para progredir, pois não pode-se esquecer que ele também faz parte de uma sociedade onde todos necessitam crescer culturalmente nos meios de ensino para mais tarde formar cidadãos capacitados.

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1 Acadêmica do Curso de letras – UVA – Macapá/AP

2 Acadêmica do Curso de letras – UVA – Macapá/AP

3 Acadêmico do Curso de letras – UVA – Macapá/AP

4 Professora Orientadora; Mestre em Educação – UVA – Macapá/AP

Anni Vilhena, Amanda da Siva Coelho e Clécio Raniery Pereira da Costa
Enviado por Anni Vilhena em 06/12/2011
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