TRÊS PALAVRAS QUE REPERCUTIRAM NA SEXUALIDADE HUMANA

TRÊS PALAVRAS QUE REPERCUTIRAM NA SEXUALIDADE HUMANA

“Você tem muito a dar. Pelo pensamento, você maneja as suas forças para mais ou para menos. Você ajuda ou é ajudado, sobe aos céus ou se atira aos abismos. Se imagina ter pouco a dar, por si mesmo reduz a sua competência e o seu contentamento. Se pensa ter muito, desamarra-se de negatividades, satisfaz o coração e aprende a viver bem.”

Ganha mais quem corrige suas deficiências do que quem se sobressai sem merecer. Se você carrega dores e mágoas ou não consegue o progresso, a paz, e a felicidade, promova um encontro com o Mestre. Sempre fazemos essas inserções, visto que não se consegue a felicidade sem a presença de uma força divinal. A paz, a saúde e prazer são nuanças importantes para o ser hominal. O povo judeu tinha na esterilidade algo de vergonhoso.

A mulher estéril era de pronto abandonada pelo marido, mesmo sem se saber se a esterilidade estava no sexo masculino. Naquele tempo parece que a esterilidade masculina era totalmente desconhecida pelos povos judeus. A mulher abandonada portadora de esterilidade recebia uma espécie de “certidão de divórcio” que era conhecida por Libellum repudii. (grifo nosso). No caso inverso, se o marido fosse impotente, podia confiar sua esposa a um parente próximo, a fim de ter, pelo menos, uma paternidade nominal. No caso epigrafado, o amante devia penetrar na casa da mulher durante o período noturno e permanecer com ela o menor tempo possível. (grifo nosso).

Justiniano, no século VI, decidiu que a impotência e a esterilidade eram as causas principais para anular um casamento. Passa em branco como citamos antes, a esterilidade masculina que era desconhecida na época. Outra figura da antiguidade de nome Gregório, o Grande, foi mais inteligente e preciso, pois declarou que a impotência deveria ter precedido a união e o religioso, o Papa Inocêncio III era exigente para com o divórcio, onde a impotência e a esterilidade fossem irremediáveis. Um detalhe muito importante para tal decisão, o marido teria que conviver com a esposa por três anos. Na esterilidade feminina, sete parentes e um amigo do marido deveriam jurar a potência genital dele.

Em se tratando do sexo feminino, a impotência do marido exigia que uma matrona devia examinar a mulher e comprovar a sua virgindade. Muitas pessoas conhecidas através da história estiveram envolvidas nessas nuanças de impotência e esterilidade. O primeiro marido de Maria de Magdala a abandonou por afirmar ser ela estéril, ma na realidade quem era estéril era ele. “Um fato inusitado que se insere em nossa matéria, senão vejamos: em 1945, em Nag Hamadi, no alto Egito, foram encontrados, em língua copta, os Evangelhos de Tomé e de Maria Madalena”.

De Maria Madalena, infelizmente, o texto está fragmentado. A presença de tantos textos fragmentados pode ser atribuída, além de outros fatores, aos decretos e recomendações papais solicitando o não uso desses textos pelos cristãos. Teria alguma coisa de imoral, ilegal nesses evangelhos? É conhecido o decreto Gelasiano (referente ao Papa Gelásio – falecido em 496), contendo uma lista de 60 livros apócrifos do Segundo Testamento, os quais foram para a fogueira. Daí a importância de se encontrar um livro como o de Maria de Madalena, guardado e conservado por tantos anos. As mulheres são importantíssimas no início do cristianismo.

Entre elas se destacam: Maria Madalena, Maria, mãe de Jesus, Tecla, Verônica. Nos evangelhos apócrifos sobre Maria, mãe de Jesus, encontramos uma mulher diferente da que aparece nos evangelhos canônicos. Se em Atos dos Apóstolos ela é aquela mulher subserviente, que está junto aos apóstolos, mas que não tem liderança, nos apócrifos ela é uma mulher que discute de igual para igual com os apóstolos e que tem liderança entre eles. Tecla, da mesma forma, era a companheira de Paulo na evangelização. Ela batizava, mas logo no início do Cristianismo a voz de Tecla foi silenciada.

“Tertuliano, que lutou contra o movimento das mulheres cristãs, no ano 200 E.C, escreveu o seguinte: ...Que elas se calem e que questionem, em casa, os seus maridos.” Quem é essa mulher? A interpretação “errônea” de outros textos dos evangelhos chegou a identificá-la com Maria irmã de Marta, com a mulher que ungiu Jesus e, o que é pior, com a prostituta, interpretação que ficou mais no inconsciente coletivo.

Quem não “aprendeu” que Maria de Magdala era prostituta? E como seria bom “desaprender” isso. Tente! E você verá como é bonito descobrir o novo. É isso que vem acontecendo com as comunidades e pessoas que já estudaram o Evangelho de Maria Madalena. Elas estão descobrindo a Maria Madalena mulher, discípula de Jesus, líder entre os primeiros cristãos. E por que não “apóstola” e mulher que Jesus tanto amou?

É verdade que muitos também se escandalizaram com testemunho dado pelo Evangelho de Felipe e sobre o relacionamento entre Jesus e Maria Madalena: “A companheira de Cristo é Maria Madalena”. O Senhor amava Maria mais que todos os discípulos e a beijava na boca. Os discípulos viram-na amando Maria e lhe disseram: Por que a amas mais que a todos nós?

O Salvador respondeu dizendo: Como é possível que eu vos ame tanto quanto a ela?(Felipe 63,34-64,5). E em outra parte diz: “Eram três que acompanhavam o Senhor: sua mãe Maria, a irmã dela, e Madalena, que é chamada de sua companheira”. Com efeito, era “Maria”, sua mãe e sua esposa (Filipe 32). Creio que podemos compreender isso olhando a cultura e a vida de tantos outros místicos. Francisco e Clara de Assis viveram essa mesma experiência sublime do amor. Seria proibido o Mestre Jesus amar. Amando não lhe seria tirado nenhum pedaço e nem a importância da missão sublime que pregou na Terra. Se quiserem tirar mais dúvidas procurem a entrevista feita com frei Jacir de Freitas Faria sobre os evangelhos apócrifos.

Voltando ao nosso trabalho, Carlos, o Cavo, mandou afixar um édito que se referia ao matrimônio, onde a potência sexual era primordial e o noivo tinha por obrigação apresentar um documento denotando a sua virilidade. Várias nuanças na antiguidade sobre o casamento mostrava a seriedade com o ato. No século XII existiam tribunais especiais, que recebiam o nome de officialites, que recebiam os pedidos de nulidades dos casamentos.

Composta por um - Cura, uma Matrona, um Médico, um Cirurgião e um Escrivão. Os órgãos genitais eram examinados do esposo imputado de impotente. Na França, pelos idos do século XIV instituiu-se um Congresso com prova dupla, uma privada, uma matrona, juramentada, que assistia por várias noites as relações de alcova dos casados, para comprovar se existia ou não perfeito contato sexual. Depois haveria um exame das partes genitais dos casais envolvidos com a participação de três médicos, três cirurgiões, e três matronas (Mulher respeitável. Mulher idosa e corpulenta. Dama, na antiga Roma) que assistiam ao ato sexual ou conjugal para determinar em quais condições o mesmo era efetuado.

Duas horas eram concedidas aos esposos. É uma prova muito constrangedora em nossa opinião. Encerrando queremos dizer que o divórcio na França seria instituído em plena revolução, através de um decreto datado de 20 de setembro de 1792. No Brasil a anulação do casamento pode ser feita se comprovada a impotência, ou mesma a esterilidade de ambas as partes. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AVSPE- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 29/03/2012
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