A Inteligência Corporal – Cinestésica de Howard Gardner aplicada à Educação à Distância

VALTÍVIO VIEIRA

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.

SÃO BENTO DO SUL - SC

2012

A Inteligência Corporal – Cinestésica de Howard Gardner aplicada à Educação à Distância

A Inteligência Corporal-Cinestésica é a competência que nos permite utilizar, controlar e manipular nosso corpo para resolver problemas ou produzir conceitos, idéias e objetos. Está presente em atores, mímicos, bailarinos, cirurgiões, mecânicos, atletas e malabaristas, é habilidade para resolver problemas ou criar produtos com parte ou todo o corpo. Capacidade para usar a coordenação motora fina ou ampla em esportes, artes cênicas ou plásticas, no controle do corpo e na manipulação de objetos com destreza. Dançarinos, cirurgiões e atletas seriam exemplos dessa inteligência.

A pessoa que tem esta inteligência: é capaz de controle e domínio sobre o movimento do corpo, manipular objetos, boa sincronização de movimentos, gosta de explorar o ambiente, tem habilidade para dramatização, esportes, mímica ou dança, torna-se irrequieto ou aborrecido se fica muito tempo parado, brinca enquanto escuta, memoriza melhor quando faz algo, etc.

Muitos dos alunos que realizaram o questionário possuem esta inteligência e realmente possuem muita dificuldade para ler um livro sentados, e a leitura é primordial em qualquer curso superior, para um aprendizado eficaz e eficiente, como apresentam intensa dificuldade por em ficarem sentados, durante as duas horas de teleaulas semanais, se dispersão com facilidade ou estão inquietos.

O tutor deve estimular os alunos a realizarem leituras em suas residências em lugares agradáveis e de preferência que os alunos estejam caminhando lentamente enquanto realiza a leitura, e em sala de aula, deve estimular que os alunos realizem anotações da fala do professor que está ministrando sua aula via satélite ao vivo, ou seja, estarão escrevendo, e exercitando a sua inteligência corporal-cinestésica. Também o tutor pode realizar teatros, contratando e convidando equipes externas que realizam este trabalho, ou organizando equipes com os alunos de EAD, fazer ginástica ou alguns exercícios físicos, de alongamento antes das teleaulas.

Sobre a inteligência corporal-cinestésica, Gardner descreve:

A inteligência Corporal - Cinestésica como Menuhin, Babe Ruth foi uma criança-prodígio que reconheceu seu “instrumento” imediatamente, em seu primeiro contato com ele. Esse reconhecimento ocorreu antes de um treinamento formal. O controle do movimento corporal está, evidentemente, localizado no córtex motor, com cada hemisfério dominante ou controlador dos movimentos corporais no lado contra-lateral. Nos destros, a dominância desse movimento normalmente é encontrada no hemisfério esquerdo. A capacidade de realizar movimentos quando dirigido para fazê-los pode estar prejudicada mesmo nos indivíduos que podem realizar os mesmos movimentos reflexivamente ou numa base involuntária. A existência de uma apraxia específica constitui uma linha de evidência de uma inteligência corporal-cinestésica. A evolução dos movimentos especializados do corpo é uma vantagem óbvia para as espécies, e nos seres humanos esta adaptação é ampliada através do uso de ferramentas. O movimento corporal passa por um programa desenvolvimental claramente definido nas crianças. E não há duvida de sua universalidade entre culturas. Assim, parece que o “conhecimento” corporal-cinestésico satisfaz muitos dos critérios de uma inteligência. A consideração do conhecimento corporal-cinestésico como “solucionador de problemas” talvez seja menos intuitiva. Certamente, executar uma seqüencia mímica ou bater numa bola de tênis não é resolver uma equação matemática. E, no entanto, a capacidade de usar o próprio corpo para expressar uma emoção (como na dança), jogar um jogo (como num esporte) ou criar um produto novo (como no planejamento de uma invenção) é uma evidência dos aspectos cognitivos do uso do corpo. As computações específicas necessárias para resolver um determinado problema corporal-cinestésico, bater numa bola de tênis. (GARDNER, 1995, p, 23 - 24)

REFERÊNCIA

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: A teoria na prática. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação à distância: algumas considerações. Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

LITWIN, Edith. Educação a Distância: Temas para Debate de uma Nova Agenda Educativa. Porto Alegre: Artmed, 2001.

MARTINS, Onilza Borges. Teoria e Prática Tutorial em Educação à Distância. Curitiba: Ibpex, 2002.

NISKIER, Arnaldo. Educação a Distância: A Tecnologia da Esperança. São Paulo: Loyola, 1999.

NOVA, Cristiane. Educação a Distância: Uma Nova Concepção de Aprendizagem e Interatividade. São Paulo: Futura, 2003.

SÁ, Iranita M. A. Educação a Distância: Processo Contínuo de Inclusão Social. Fortaleza: C.E.C., 1998.

Valtivio Vieira
Enviado por Valtivio Vieira em 01/06/2012
Código do texto: T3699911
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