Enganação elétrica de Dilma

Romeu Prisco

Ontem (23.01.2013) à noite, com grande estardalhaço, em rede nacional das emissoras de televisão, a "Presidenta" Dilma Rousseff, que também é "Comandanta em Chefa" das Forças Armadas, anunciou redução da ordem de 18% nos valores das contas de consumo de energia elétrica residencial.

Trata-se de mais uma tremenda enganação, com risco de "choque eleitoral", acima de 10.000V. A medida, como um sem número de ingênuos pode acreditar, não beneficia a classe pobre. Beneficia, sim, as classes média-alta e rica, grandes consumidoras de energia elétrica, nos seus enormes apartamentos e mansões, feericamente iluminados, dotados dos mais modernos equipamentos eletrodomésticos e eletrônicos, a começar por aparelhos de ar condicionado, portas, janelas e luzes que se abrem e acendem automaticamente, outros computadorizados ou monitorados por controle remoto, e a terminar por sofisticados sistemas de segurança.

Pobre que é pobre não tem nada disso. Reside na periferia, em morros e favelas, onde, em matéria de energia elétrica, via de regra, prevalecem "gatos" e "gambiarras". Ou mora distante de centros urbanos, onde sequer pode valer-se de tais "recursos". Quando paga, se paga, conta de luz, é um valor insignificante, cuja "economia" de 18% não dá para o café matinal.

Todavia, não será surpresa se, nas próximas pesquisas de opinião pública, sobre o desempenho da nossa "Presidenta", sua aceitação talvez cresça 18%, fazendo-a atingir índices de popularidade jamais alcançados pelos enganadores que a antecederam, inclusive seu patrono Lula.

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O autor foi colunista do informativo "Direto da Redação", editado pelo jornalista Eliakim Araujo.

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