Peço aos estimados amigos e às doces recantistas que, caso estejam pensando em ler coisas suaves, melosas, sentimentalóides e repletas de frescurite, busquem outro autor.
 
Sempre disse o que quis.
Já falei, por exemplo, que considero celular uma bobagem. Não acredito na ida à Lua em 1969, também desaprovei o romance de Xuxa com Pelé e nunca imaginei salvar o mico-leão-dourado.
Apesar disso, às vezes alivio para não parecer chato.
 
Nesses últimos dias, entretanto, estão incomodando o meu sono e me deixando igual à galera do antigo Dominó, ou seja, estou ficando P da vida conferindo certas bobagens e babaquices.
Sendo assim, vou lançar uns doze textos soltando o verbo, efetuando críticas duras, difíceis de engolir e bastante pesadas.
 
Jamais esqueçam o que eu digo na primeira frase do meu perfil.
 
Enfim, se você quer ler algo leve, pare exatamente nesse ponto!
 
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Se você escolheu permanecer lendo, talvez concorde que os torcedores, durante as narrações futebolísticas, abraçam a idiotice.
Analisando bem as frases, os comentários e mil outras afirmações, nós percebemos que reina uma grande alienação no ar.

Posso garantir que torcedor e idiota são sinônimos.
Como eu ouso dizer isso?
E o meu fanatismo pelo Bahia?
 
Confesso que gosto demais do Bahia, porém, desde 2000, não piso num estádio. Não pretendo mais voltar aos estádios.
Nos textos ressaltando o Bahia, faço literatura, zombo dos derrotados, brinco com as palavras, invento histórias.
 
Gostar do querido tricolor baiano não impossibilita que eu observe o capitalismo dominando o futebol e as imbecilidades as quais reinam cá tanto quanto lá.
 
* Vem aí a Copa do Mundo.
Dizem que estarão torcendo pela seleção brasileira.
 
Que seleção brasileira?
A seleção é européia. Os jogadores e a comissão técnica são milionários, mercenários, salafrários, desprezam os torcedores, excelentes otários.
 
Por que eu preciso desenvolver o patriotismo escutando o Hino Nacional antes dos jogos da seleção brasileira?
Na última competição, ano passado, interrompiam o Hino, os torcedores (otários) continuavam cantando, as pessoas choravam, as reportagens afirmavam que “nunca viram algo tão bonito!”.
Argh!
 
Por que o Hino não era executado até o final?
Por que tamanha falta de respeito?
Teremos as interrupções e o mesmo chororô na Copa?
 
* Comecei a escrever esse texto porque não suportei ficar mudo após assistir ao JN dessa segunda-feira.
A última reportagem mostrou uma fonoaudióloga ensinando como gritar os gols da seleção. Entre outras besteiras, ela destacou que ainda dá tempo de aquecer a garganta para vibrar em junho.
 
Ai! Ui! Ai, ai, ai! Ui, ui, ui!
Parem o trem, eu quero descer!
Eu não posso ver algo assim sem dizer nada.
 
Sei que a maioria dirá:
“Eu vou torcer, eu vou gritar, eu vou comemorar, Ilmar!”
“Suas queixas não me interessam!”
 
Não tenho a pretensão de atrapalhar os planos de ninguém.
Cada um deve curtir as ilusões que nutre.
 
* Esclareço que sou um torcedor o qual escuta os jogos do Bahia ligando um radinho de pilha. Dou risada quando ganho e mais ainda se o meu brilhante time perde.
 
Quanto a torcer pela seleção brasileira européia, cantar o hino o qual cortaram, aprender a gritar os gols com fonoaudióloga ou outras ações estúpidas, não contem comigo!
 
Prefiro não ser idiota!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 22/04/2014
Reeditado em 22/04/2014
Código do texto: T4777984
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