Nova pesquisa do IBOPE, para presidente da república: Aécio, feito queijo ladeira abaixo...

Nova pesquisa do IBOPE, para presidente da república: Aécio, feito queijo ladeira abaixo...

A nova pesquisa IBOPE para presidente, antes mesmo da divulgação, já balançou muita gente. As reações são sintomáticas e para lá de sugestivas: Aécio fala em onda de momento. E um ex-presidente da república tenta, pateticamente, passar aos eleitores de que foi e é o tutor da candidata melancia (verde por fora e vermelha por dentro).

Aécio, bem que tentou aquele negócio de bater de lado - estratégia boa, para quem não demonstra apetite pelo poder, quando se sabe que política, na essência é isto, luta pelo poder. Mas dançou feio. Vai ficando para trás, na campanha e, nesta altura, já nem é cogitado como coadjuvante, seja pelos petralhas, seja pela Santa Dica da ecologia, num eventual segundo turno entre ela e a mandanta da nação.

Diga-se o que quiser de Marina Silva, mas há algo que não se pode negar - ela sabe o que quer e usa de todos os meios possíveis para chegar aonde quer. Arranjou uma boca na candidatura do PSB e, no meio de um infortúnio, faturou o que pode, para alavancar a candidatura que sabia que ia cair em suas mãos (e aquelas fotos do velório de Campos deixam isto muito claro). Tem-se a impressão que o pai espiritual dos petralhas está tonto e, não consegue decifrar o que seja Marina Silva - um ego que parece um estômago, tal as suas pretensões e sua dedicação.

No começo da campanha, haviam duas candidatos oposicionistas. Mas, veio o destino com os seus decretos e, agora, existem duas campanhas de situação e uma de oposição viável. E Aécio, que estava confortável por ter, no início da campanha, um acordo com Eduardo Campos, continua naquela de Tiozão querendo vender um sonho de mandato presidencial, sem perceber o decano equívoco partidário e pessoal na luta pelo poder, no país - suponho que, em algum momento, vá sentir vontade de dar cabeçadas na parede por ter feito um acordo petralhístico para detonar as chances de vitória de Alkmin em Minas Gerais - e de consequência na eleição presidencial passada, em nome da garantia de um acordo político paroquial, que depõe muito contra a imagem de estadista que tenta construir...

Ao contrário do que ele diz - que a alavancagem da candidatura de Sá Marina é uma onda de momento, o fato pode ser uma tsunami que vai levar suas chances de segundo turno a rodo, pois o que aparenta estar acontecendo é algo notável: Marina Silva, aproveitando-se partida de Campos fora do combinado, está conseguindo repetir a captação de votos dos descontentes e dos que querem protesto nas urnas, ocorrida na eleição passada.

Ppode ser que os tucamos estejam perdendo o lugar de polarizadores e protagonistas no processo eleitoral, tal como aconteceu um dia com o PMDB.

Vai dando pinta que, depois da eleição presidencial, a disputa pelo poder vai ser polarizada pelos partidos de esquerda - cada coalização com seu histórico e suas perfumarias, para disfarçar o bolor de suas idéias toscas e muito paisagismo, para esconder suas histórias, difíceis de ser contadas ao bispo.

É esperar a pesquisa eleitoral, para conferir...