GENEALOGIA DA FAMÍLIA CARNEIRO

Não ter história é quase não ter nome, disse, certa vez, Júlio Dantas, membro da Academia de Ciências de Lisboa. Todavia, se alguém pertence a uma ilustre estirpe (ascendência), não se deve vangloriar, pois nada fez para merecer tal honra. A família dos Carneiros é oriunda de Portugal (Arcebispado de Braga) e da Bélgica (Flandes). No Brasil, a introdução da família ocorreu no princípio do século XVIII, em decorrência da união do português Antônio Álvares Ferreira com Ana Cabral da Câmara, esta, natural da vila de Ribeirão do Carmo (Mariana), moradora da freguesia de Guarapiranga (atual cidade de Piranga). Não há documentos que comprovem a data de nascimento de Ana Cabral da Câmara. Contudo, isso ocorreu por volta de 1710. Ela era descendente de bandeirantes, conhecidos pela fama de desbravadores de sertões e conquistadores de “gentio” (índios). Do lado materno, era trineta de Cornélio Arzão, natural de Flandes (Bélgica), que se casou com Elvira Rodrigues. Entre os filhos deste casal, destaca-se Ana Rodrigues Arzão, que se uniu ao matrimônio com o português Belchior de Borba Gato. Desta união, nasceu Ana de Borba Gato, que se casou com Domingos Velho Cabral, residente no arraial de Guarapiranga. Da união matrimonial desse casal nasceu Maria Velho Cabral, que se casou com João Cardoso Gato da Câmara. Ana Cabral da Câmara foi a filha única da última união citada e viveu aproximadamente 120 anos, já que faleceu em 1838.

Ana Cabral da Câmara se casou com o capitão-mor Antônio Álvares Ferreira, natural de São Mamede de Ferreira, Arcebispado de Braga, filho de Jacinto Ferreira e Luzia Fernandes. O seu marido foi o homem mais rico da freguesia de Guarapiranga. Falecido em 1749, após um ano, a viúva procedeu à regularização do inventário. O valor: 17:623$007 réis, uma fortuna para a época. Dentre os imóveis, o capitão-mór possuía quatro datas de terras minerais no rio Guarapiranga, com ferragem de roda e caixão, e mais quatro roças. O conjunto dos sete imóveis valiam 6:405$000 ou 36,3% da riqueza. O inventariado possuía ainda uma morada de casas térreas cobertas de telha com seu quintal no arraial de Guarapiranga, no valor de 384$000, e mais duas casas de morada que lhe serviam de venda e loja ao “pé” da capela de Santo Antônio do Rio Abaixo (Calambau), não inventariadas. O plantel era composto de 58 escravos, avaliados em 5:134$000 ou 29% do inventário. Era o principal credor da freguesia, pois deixou 5:001$116 ou 28,3% do monte-mor em dívidas ativas. Dentre os bens pessoais (móveis, jóias e metais), estimados em 971$106 (5,5% da riqueza), constavam utensílios e apetrechos sofisticados e rústicos como caixas de jacarandá sem torneamento, catres e mesa de pau branco, oratórios de madeira tosco, vestidos de carmesim, saias de veludo e seda, lençóis de linho e de bretanha, toalhas rendadas, toalhas de guimarães com seus guardanapos, colheres de prata, uma “salva” de prata, pratos de estanho, brincos de ouro e de diamantes, cordões de ouro grosso, ouro em pó etc.

O capitão-mor Antônio Álvares Ferreira teve oito filhos com Ana Cabral da Câmara. Destes, destaque-se Ana Florência da Purificação, que se casou com o Tenente Antônio Gonçalves Silva, natural da freguesia de Sam Matheus de Grimancellos, filho de João Gonçalves e Ângela da Silva. Do casamento de Ana Florência com Antônio Gonçalves nasceu Teresa Maria de Jesus e Silva, que se casou com o alferes Antônio Carneiro Flores. Ela residia na freguesia de Guarapiranga (arraial de Calambau, atual Presidente Bernardes) e ele era natural de Portugal. O alferes Antônio Carneiro Flores nasceu em 02 de novembro de 1732: era filho de Antônio Carneiro e Caetana Francisca, o primeiro e o segundo, naturais da freguesia de São João Batista da Vila do Conde, Termo de Barcelos, Arcebispado de Braga (Portugal), e Caetana, natural de Vieira (Portugal). Antônio Carneiro, o pai do alferes, nasceu em 14 de novembro de 1711, filho de Lourenço Carneiro Flores e Maria Manoel Pescadores, também naturais da freguesia de São João Batista da Vila do Conde. Caetana Francisca, a mãe do alferes, nasceu em 08 de janeiro de 1710, filha de Domingos Vieira e Domingas Francisca, também naturais da freguesia de São João Batista da Vila do Conde. Antônio Carneiro se casou com Caetana Francisca em 16 de janeiro de 1732, em São João Batista da Vila do Conde. Os ascendentes do alferes, pela parte paterna, pertenciam a uma família de pescadores modestos, enquanto pela parte materna compunham a principal família de lavradores da freguesia.

O casamento de Teresa Maria de Jesus e Silva com o alferes Antônio Carneiro Flores marca a origem de todos os Carneiros de Calambau, Piranga, Ubá, Senador Firmino, Barbacena, Nova Era, Itabira, Visconde do Rio Branco, Dom Silvério, Rio Doce etc. O casal teve cinco filhos: Antônio Januário Carneiro da Silva, Francisco José de Paula Carneiro, José do Espírito Santo Carneiro, João Nepomuceno Carneiro e Camilo José Carneiro. O mais conhecido entre todos foi o Capitão-mór Antônio Januário Carneiro da Silva, que nasceu em 19 de setembro de 1779 no arraial de Calambau, batizado pelo Pároco Lino Lopes de Matos na capela de Santo Antônio, filial da Matriz de Guarapiranga. Os padrinhos de batismo foram os avós maternos (Ten. Antônio Gonçalves Silva e Ana Florência da Purificação). Em 1815, D. Manoel de Portugal e Castro passou a carta patente de Capitão-mór das Ordenanças do Termo da Cidade de Mariana a Antônio Januário Carneiro. Essa patente foi dada na vila de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto a 16 de março. A patente não previa soldo, mas garantia honras, privilégios e isenções. O capitão-mór Antônio Januário Carneiro foi o grande fundador de Ubá. Esta cidade surgiu no entorno de uma das suas fazendas, denominada Boa Vista, em cujo interior havia uma capela dedicada a São Januário. A imagem foi esculpida por um santeiro de Piranga, em madeira de uma árvore derrubada na mata que circundava o velho arraial de Guarapiranga. A fazenda Boa Vista possuía quatro sesmarias, que o capitão-mór adquiriu por compra a diversas pessoas. O terreno doado à mencionada capela, para configurar o patrimônio, é que serviu de berço à próspera cidade de Ubá. A capela de São Januário do Ubá foi benta pelo padre Manuel de Jesus Maria em 1815: chegou a pertencer à freguesia de São Manoel do Pomba, depois, à de São João Batista do Presídio. Em 1830, o povoado de São Januário possuía apenas 19 casas, mas o crescimento foi rápido, pois em 1853 o distrito foi elevado à categoria de Vila, quatro anos depois, à condição de cidade.

Os pais do Capitão-mór Antônio Januário Carneiro faleceram, respectivamente, em 1799 e 1800. O valor avaliado do inventário era uma fortuna para a época: 11:877.477½ réis. Entre os bens, além dos 19 escravos, havia muitos itens referentes a tecelagem e fiação, o que pressupõe o pioneirismo da família na indústria doméstica têxtil em Guarapiranga. Como nenhum dos filhos do casal era maior que 25 anos, cabia ao Estado nomear um tutor até que um deles atingisse a maioridade. Para evitar a indicação desse tutor, Antônio Januário Carneiro (1779-1828), o filho mais velho, que à época possuía 21 anos, escreveu uma carta ao Príncipe Dom João, pedindo como mercê sua própria emancipação, alegando ter juízo e capacidade para bem reger e governar sua pessoa e os bens que lhe ficaram pertencendo em razão do falecimento dos pais. A petição foi deferida em 1800. A história familiar do capitão-mór Antônio Januário Carneiro é, um tanto, curiosa. Em 1821, por meio de uma escritura de perfilhamento, ele tentou legitimar os filhos para transmitir lhes seus bens. No documento relatou que se encontrava na condição de solteiro e sem herdeiros. Porém, explicou que teve por sua fragilidade “tratos ilícitos” com D. Francisca de Paula, mulher casada, moradora da vila de Piranga, que vivia separada de seu marido: da relação resultaram, primeiramente, quatro filhos (Clementina, Tereza, Jose e Francisco). Depois, após a morte do marido de D. Francisca de Paula, nasceram mais seis filhos (Antônio, Joaquim, João, Rita, Maria e Justina). Desejava, portanto, perfilhar e legitimar os filhos para que todos fossem seus herdeiros, implorando, para isso, a graça da Alteza Real. Todavia, curiosamente, dois anos depois, ao invés de se casar com Francisca Januária de Paula, mãe de seus dez filhos, o capitão-mór se uniu a Francisca de Paula Magalhães.

O Capitão-Mor Antônio Januário Carneiro tinha menos de 49 anos quando, no dia 16 de fevereiro de 1828, faleceu em Piranga, onde residia com a família numa casa situada à margem direita do rio. Não se sabe por que, mas, após se casar com Francisca de Paula Magalhães em 1823, o capitão-mór, após cinco anos, estava residindo com a mãe de seus dez filhos: Francisca Januária de Paula Carneiro. Presidindo as cerimônias fúnebres, Padre Silvério Antônio Barbosa fez a última encomendação da alma de Antônio Januário Carneiro, enquanto os restos mortais do falecido eram sepultados na histórica Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Um dos filhos do capitão-mór, Teresa Januária Carneiro, batizada em 28 de janeiro de 1808, casou-se com o Tenente-Coronel de Milícias José Cesário de Faria Alvim, filho de Joaquim José de Faria Lana e de Ana Angélica Souto Maior Alvim. Com este casamento, a família dos Alvins e dos Lanas uniu-se à dos Carneiros. Os Alvins fixaram-se em Minas Gerais na primeira metade do século XVIII. Por volta de 1724, era vigário do Furquim o padre Miguel de Rabelo Alvim, português, natural de São Páio dos Arcos, Arcebispado de Braga. Com ele, morava o seu sobrinho, o Capitão Francisco Xavier de Barros Souza e Alvim. Este era proprietário de lavras no Sumidouro (Mariana) e no arraial do Pinheiro (Pinheiros Altos, distrito de Piranga) e detinha ainda a fazenda Rio do Peixe, situada na freguesia de Barra Longa. Dentre os seus filhos, figura Ana Angélica Souto Maior Alvim, que se casou com Joaquim José de Faria e Lana e teve, entre outros filhos, José Cesário. A família se mudou para o arraial do Pinheiro e ali entrou na posse das terras deixadas como herança por Francisco Xavier de Barros e Alvim, fazendeiro e minerador. Um dos seus netos, José Cesário, possuía no arraial do Pinheiro uma casa defronte da capela do Rosário, próximo de onde estava situada uma de suas lavras. Mas, a verdadeira residência de José Cesário Alvim foi a fazenda conhecida pelo modesto nome de Sítio, na qual, de seu casamento com uma das filhas do poderoso Capitão-mór Antônio Januário Carneiro (Teresa Januária Carneiro), nasceram Francisca, Antônio, Teresa e José Cesário de Faria Alvim, a maior personalidade política da região de Piranga.

José Cesário de Faria Alvim nasceu no dia 7 de julho de 1839. Era neto do Capitão-Mor Antônio Januário Carneiro. Fez o curso primário no arraial do Pinheiro, atual distrito de Piranga. Na cidade de Mariana, preparou-se no colégio mantido pelo Cônego Roussin para ser admitido na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se bacharelou com distinção em 1862. Em sua brilhante carreira política, foi deputado provincial em Minas Gerais durante duas legislaturas (1864-1865 e 1866-1867) e na Câmara dos Deputados do Império durante quatro legislaturas (1867-1868, 1877, 1878-1880 e 1886-1890). Em 1877, Alvim investiu contra Cotegipe na tribuna da Câmara, fato que culminou no maior escândalo político da época - “A Batalha de Cotegipe” - e na consequente ruptura de uma amizade. Em 1881, o político recepcionou em sua “Fazenda da Liberdade”, situada no município de Ubá, o imperador D. Pedro II e a imperatriz D. Teresa Cristina, por ocasião da passagem da comitiva imperial, que avaliava os trabalhos de construção da estrada de ferro Leopoldina. Em seu diário, D. Pedro II relatou que Cesário Alvim colhia 9.000 arrobas de café por ano e empregava na colheita, principalmente, braços livres. Em 1885, o Ministério Dantas o nomeou para o cargo de Presidente da Província do Rio de Janeiro. Filiado ao partido liberal, na memorável sessão de 7 de junho de 1889 ele declarou sua “fé republicana”. No mesmo dia da proclamação da República (15 de novembro de 1889), o Marechal Deodoro da Fonseca o proveu no posto de primeiro Governador de Minas Gerais, tendo exercido o cargo até o dia 10 de fevereiro de 1890. A posse de José Cesário de Faria Alvim no posto de primeiro governador republicano de Minas Gerais marcou o acirramento das disputas políticas que culminariam na mudança da capital de Ouro preto para Belo Horizonte. Em homenagem ao alferes Tiradentes, Cesário Alvim mudou o nome de São José Del-Rei para Tiradentes logo após assumir o governo de Minas. Ainda no ano de 1890, a convite do Marechal Deodoro, Cesário Alvim substituiu Aristides Lobo no Ministério do Interior. Em 15 de novembro de 1890 foi eleito senador ao Congresso Constituinte Nacional. Porém, resignou esta cadeira para ocupar a de primeiro Presidente Constitucional de Minas Gerais entre 1891-1892, cargo para o qual havia sido eleito, por via indireta, pela Assembléia Constituinte Mineira, por 68 votos, sendo 70 os votantes. Ele ocupou o referido cargo até 17 de fevereiro de 1892, data em que por mensagem dirigida ao Congresso Mineiro, o resignou. Entre 1898 e 1900 foi Prefeito do Distrito Federal (Rio de Janeiro), nomeado pelo Presidente Campos Sales. Ocupou também os cargos de Presidente do Lloid Brasileiro (antiga companhia estatal de navegação) e da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Esteve ainda na direção dos seguintes jornais: Tymbira (São Paulo, 1860-1861), O Futuro (São Paulo, 1862), A Reforma (Rio de Janeiro), O Diário de Minas e a Opinião Mineira (Ouro Preto) e do importante jornal juiz forano chamado Pharol. Cesário de Faria Alvim faleceu no Rio de Janeiro em 1903, aos 64 anos.

O Dr. José Cesário de Faria Alvim casou-se com Amélia Calado. Deste casamento nasceram, entre outros, Sylvia Alvim, que se casou com Afrânio de Melo Franco. Conhecido na história como estadista da República, foi deputado estadual, federal, embaixador, ministro das relações exteriores, juiz da corte permanente de Haia. Do último casamento citado nasceram importantes políticos, entre eles, Virgílio Alvim de Melo Franco (deputado federal, fundador da UDN), Afonso Arinos de Melo Franco (ex-promotor de justiça da Comarca de Belo Horizonte, colaborador de diversos jornais, ex-deputado federal, ex-professor de direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da UFRJ). Chegou a lecionar em universidades estrangeiras como a Universidade de Montevidéu e a de Paris (Sorbone). Foi ainda senador, membro da academia brasileira de letras, embaixador, professor emérito da UFRJ. Em 1928, Afonso Arinos casou-se com Ana Guilhermina Rodrigues Alves Pereira cujo pai, o conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves, foi eleito Presidente da República por três vezes. Do casamento de José Cesário de Faria Alvim com Amélia Calado de Miranda Alvim nasceu também, entre outros, Francisco Cesário Alvim (bacharel em Direito, desembargador no Rio de Janeiro), que se casou com Maria do Carmo Carvalho, filha do senador paulista Álvaro Augusto da Costa Carvalho. Entre os filhos do último casal citado destaca-se Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim (1910-2010), que se casou com o professor e escritor Sérgio Buarque de Holanda. Dentre os filhos mais destacados do último casal citado, cita-se Francisco Buarque de Holanda, mais conhecido como Chico Buarque, músico, dramaturgo e escritor brasileiro, um dos maiores nomes da música popular brasileira, reconhecido no país e no exterior. Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim, juntamente com o marido, Sérgio Buarque de Holanda, foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores. O seu marido recebeu a terceira carteira de filiação do partido, após Mário Pedrosa e Antonio Candido.

Entre os pentanetos de Antônio Álvares Ferreira e Ana Cabral da Câmara, passo a dar ênfase a apenas dois. O primeiro trata-se de Francisco Januário Carneiro, nascido em 1902 em Ouro Preto. Formado em engenharia Civil e de Minas, trabalhou nas obras da Estrada de Ferro Central do Brasil, na Companhia Minas do Rio Carvão, além de ter sido professor de aritmética da primeira turma da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Escola Agrícola de Barbacena (IFET Sudeste), da ESAV, UFV e da UFJF. O segundo é Manoel Januário Carneiro, filho de Joaquim José Januário Carneiro (1847) e Maria do Carmo da Silva Araújo. Joaquim José Januário Carneiro era filho de Teresa Maria do Carmo Carneiro com João Januário Carneiro (1814), o último, um dos oito filhos do Capitão-mór Antônio Januário Carneiro. Manoel Januário Carneiro, bisneto do Capitão-mór Antônio Januário Carneiro, se casou duas vezes: a primeira, com Florinda de Miranda; a segunda, com Rita Rocha. Do primeiro casamento nasceu, em 25 de agosto de 1908, Joaquim Carneiro de Miranda, entre outros filhos. Morador da fazenda do Moinho, Joaquim Carneiro de Miranda se casou com Rita Graciana de Oliveira, filha de Francisco de Oliveira e Luzia Milagres. Joaquim Carneiro de Miranda teve treze filhos: José de Oliveira Carneiro, Maria do Carmo Carneiro, Vicente Carneiro de Oliveira, Geraldo Carneiro de Oliveira, Agostinho Carneiro de Oliveira, Raimundo de Oliveira Carneiro (nascido em 1953), Luzia de Oliveira Carneiro, Maria José de Oliveira Carneiro, Antônio de Oliveira Carneiro, estes vivos, e quatro já falecidos (Luiz, Antônio, Florinda e o quarto não identificado). Em 29 de dezembro de 1996, aos 88 anos, já viúvo, Joaquim Carneiro de Miranda faleceu no hospital São João Batista em Viçosa (MG) devido a uma parada cardiovascular, tendo sido declarante o Sr. Analdo Carneiro Tavares e o óbito atestado pelo Dr. Egídio de Oliveira Santana. Um dos filhos de Joaquim Carneiro de Miranda com Rita Graciana de Oliveira, Raimundo de Oliveira Carneiro, se casou com Carmelita da Silva Carneiro, nascida em 1952. O autor desse estudo genealógico, Patrício Aureliano Silva Carneiro, é filho do último casamento citado, do qual nasceram também Flávio Adriane Silva Carneiro e Jorge Aurélio Silva Carneiro. Os três filhos, portanto, figuram como octonetos dos casais Antônio Álvares Ferreira/Ana Cabral da Câmara e Lourenço Carneiro Flores/Maria Manoel Pescadores, os patriarcas da família Carneiro, pentanetos do Capitão-mór Antônio Januário Carneiro que, por sua vez, é pentavô do autor desse texto. A seguir, os sobrenomes de algumas famílias que, em função do matrimônio, entraram na família Carneiro, fundada em 1728 por Antônio Álvares Ferreira e Ana Cabral da Câmara na freguesia de Guarapiranga (arraial de Santo Antônio de Calambau): Gomes, Moraes, Torres, Quintão, Moreira, Carvalho, Vidigal, Cavalcanti, Melo, Alvim, Peixoto, Nabuco, Teixeira Leite, Vidigal de Barros, Andrade Ribeiro, Pena, Quintão, Melo Franco, Maciel, Viana, Fernandes, Araújo, Holanda, Martins da Costa, Guimarães, Vasconcelos, Resende, Soares, Brandão, Miranda, Vaz de Melo, Oliveira Senra, Brandão, entre outras.

Pesquisa Bibliográfica: VIDIGAL, Pedro Maciel. Os Antepassados. Belo Horizonte: Imprensa Oficial 1980. (Tomo 1. Os Carneiros). Arquivo da Cúria de Mariana e Arquivo da Casa Setecentista de Mariana. Arquivo Público Mineiro.

Patrício Carneiro
Enviado por Patrício Carneiro em 05/11/2014
Reeditado em 05/11/2014
Código do texto: T5024166
Classificação de conteúdo: seguro