A LITERATURA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

MANOEL RODRIGUES DE ABREU MATOS

LEITURA DE LITERATURA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA NO 6º ANO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DO INTERIOR DA BAHIA

Projeto de pesquisa, apresentado à disciplina de TELP I: Projeto de TCC – LET- 2015.2 da Universidade Federal da Paraíba, curso de LETRAS na modalidade virtual.

Orientadoras: Professora Maria Alice Serrano e a Tutora Odjane

RESUMO

Este estudo tem como tema a Leitura de Literatura e como objetivo, identificar como se dá a leitura literária nas aulas de Língua Portuguesa, em uma turma do 6º ano de uma escola municipal do interior da Bahia. Como referencial teórico, foram utilizados os seguintes autores: Silva (1987), Geraldi (1996), Paulo Freire (1984), Bragatto Filho (1995), Cosson (2006), Vera Maria Tietzman Silva (2009), Zilberman (2009 e 1982), Aguiar (2006), Morais (1996), Manguel (1997), PCN (1998) e Segabinazi (2011). Para alcançar o objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa de campo, através da utilização de questionários aplicados à professora de Lígua Portuguesa e aos alunos, bem como a observação de quatro aulas. Diagnosticou-se que a professora não possibilita a prática de leitura literária em suas aulas, assim como não utiliza os diversos gêneros textuais e que seu único recurso é o livro didático. Por outro lado, os alunos, mesmo não sendo leitores, compreendem a vital importância da leitura.

Palavras-chave – Leitura literária; Interação; Possibilidade; Criticidade.

INTRODUÇÃO

A leitura, principalmente a leitura literária, devido ao seu poder de desenvolver as capacidades crítica e reflexiva, possibilita ao indivíduo a sistematização e a compreensão de informações, sendo, portanto, uma prática fundamental na formação do aluno. Segundo Silva (1987): “Ler é, em última instância, não só uma ponte para a tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender-se no mundo”.

O autor concebe a leitura como uma forma de possibilitar a tomada de consciência sobre os fatos do mundo. Para Geraldi (1996, p):

Aprender a ler é, assim, ampliar as possibilidades de interlocução com pessoas que jamais encontraremos frente a frente e, por interagirmos com elas, sermos capazes de compreender, criticar e avaliar seus modos de compreender o mundo, as coisas, as gentes e suas relações. Isto é ler. E escrever é ser é ser capaz de colocar-se na posição daquele que registra suas compreensões para ser lido por outros e, com eles interagir.

A leitura, nessa perspectiva, é um ato de interação e de construção de significados que vai muito além do campo educacional, envolvendo também os fatores de caráter social, histórico e político.

Apesar da relevância que a leitura ocupa na vida de um indivíduo, como pontuado pelos autores mencionados anteriormente, sabe-se que os alunos brasileiros da rede pública de ensino, enfrentam dificuldades quanto ao desenvolvimento das habilidades de leitura. Dessa forma, muitos concluem o Ensino Básico sem dominar as práticas de leitura, escrita e interpretação textual. Devido a essa lastimável constatação a olho nu, esta pesquisa objetiva identificar como ocorre o processo de leitura literária nas aulas de Língua Portuguesa, no 6º ano de uma escola municipal do interior da bahia.

Para tanto, averiguar como ocorre o ensino da língua portuguesa, analisar como se desenvolvem as práticas leitoras e quais os motivos que provocam o afastamento dos alunos da leitura literária.

Pensando na importância da formação para o letramento literário, indispensável ao cidadão do Século XXI, faz-se necessário a realização de estudos que analisem e reflitam as práticas pedagógicas de leitura nas escolas. Justifica-se esta pesquisa, pelo fato de que, estudos desse viés, serem necessários e fundamentais, na medida em que contribuem para um novo olhar acerca do processo didático referente à leitura literária.

Quanto à metodologia, primeiramente fiz a pesquisa bibliográfica de obras pertinentes ao tema em análise para melhor compreendê-lo. As obras consultadas foram: Silva (1987), Geraldi (1996), Paulo Freire (1984), Bragatto Filho (1995), Cosson (2006), Vera Maria Tietzman Silva (2009), Zilberman (2009 e 1982), Aguiar (2006), Morais (1996), Manguel (1997), PCN BRASIL(1998) e Segabinazi (2011).

Em seguida, realizei a pesquisa de campo em uma turma do 6º ano em uma escola municipal do interior da Bahia. Para tanto, utilizei-me dos recursos de coleta de dados, como entrevistas com a professora de Língua Portuguesa e com os alunos, através da aplicação de questionários, além da observação de quatros aulas dessa disciplina.

Dessa forma, este estudo apresenta abordagens qualitativa e quantitativa, na medida em que analiso e interpreto a realidade estudada por meio dos objetos de coleta de dados acima mencionados. Em sua maior parte, esta pesquisa tem cunho qualitativo descritivo, também conhecido como estudo de caso.

Este estudo está divido estruturalmente em duas partes. Na primeira, apresento um panorama geral acerca da importância da leitura de literatura e abordo também, a leitura literária no contexto escolar. Na segunda, apresento a contextualização da pesquisa de campo, através da análise das entrevistas, dos e das observações.

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE LITERATURA

Em se tratando da importância da leitura, não poderia iniciar essa discussão sem mencionar Freire (1984), que defende a leitura como a possibilidade de ler o mundo e nele se encontrar. A leitura literária, indispensável na formação do aluno, possibilita a tomada de reflexão, eleva o nível de compreensão, desenvolve a capacidade imaginativa e desperta emoções. Sobre essa diversidade de funções exercidas por este tipo de texto, Bragatto Fillho (1995) enfatiza:

[...] com ele aprende-se, reflete-se, compara-se, discerne-se, questiona-se, investiga-se, imagina-se, viaja-se, emociona-se, diverte-se, amadurece-se, transforma-se, vive-se, desenvolve-se a sensibilidade estética e a expressão lingüística, adquire-se cultura, contata-se com as mais diferentes visões de mundo etc.

O texto literário é, então, carregado de valores múltiplos que vão muito além da simples decodificação do sistema de signos. A leitura literária, nesses moldes, torna-se uma prática dialógica, proporcionando ao leitor o exercício da cidadania. Comungando com as ideias de Bragatto Filho, Cosson (2006), sinaliza que compete á literatura: “[...] tor¬nar o mundo compreensível transformando a sua materialidade em palavras de cores, odores, sabores e formas intensamente humanas”. A leitura literária, como defendida pelos dois autores citados acima, garante ao leitor um conhecimento capaz de atribuir significado ao mundo.

Sabe-se que é inquestionável o valor da leitura. Não apenas a leitura tradicional, do modo que a conhecemos dos bancos escolares, com um objetivo previsto, geralmente para fins de avaliação. Para Silva (2009, p. 67), “A noção de leitura há muito tempo deixou de ser entendida apenas como decifração pura e simples de um código escrito, ampliando-se para outros domínios que ultrapassam o texto verbal impresso em papel.” Fala-se aqui, principalmente, da leitura que nos proporciona transitar por universos infinitos e ricos de tantas histórias. Acerca dessa viabilidade, Silva (2009, p,71) registrou:

A linguagem artística, especialmente a linguagem literária, dá voz ao coletivo, ao universal. Na ficção, vemos retratado o drama de todos os homens, o que inclui o nosso próprio. [...] Diante da ficção literária, instala-se um curioso processo de identificação entre leitor e personagem, que não acontece diante da singularidade do fato real.

A leitura literária, concebida por esse ângulo, aguça os sentidos, ao transportar o leitor tanto para o passado, quanto para o futuro, além de representar e ou apresentar os dilemas atuais. Dessa forma, a leitura de literatura compreende também, a capacidade de desenvolver a argumentação, o senso de questionamento e análise crítica. Acerca dessa questão, Zilberman (2009) salienta que tanto no âmbito coletivo, quanto no plano individual, o domínio das habilidades de leitura é o primeiro movimento rumo à liberdade, de uma parte e de outra, para o entendimento dos princípios os quais regem a sociedade.

É inegável o poder de liberdade e autonomia intelectual que se atribui à leitura literária. A literatura, por retratar os fatos da vida real, mesmo que através da ficção, leva os leitores a assimilá-los, podendo, no entanto, nela interferir, reconstruinda-a, como bem postulou Aguiar (2006, p. 254):

Ao mergulhar na leitura, [o leitor] entra em outra esfera, mas não perde o sentido do real e aí está, a nosso ver, a função mágica da literatura: através dela vivenciamos uma outra realidade, com suas emoções e perigos, sem sofrer as consequências daquilo que fazemos e sentimos enquanto lemos. Essa consciência do brinquedo que a arte é leva-nos a experimentar o prazer de entrar em seu jogo.

Para complementar os dizeres de Aguiar (2006), trago para essa discussão, Morais (1996), que sinaliza sobre os diversos prazeres do ato de ler. Para ele, lemos para conhecer, para compreender, para analisar e refletir. Lemos ainda, devido à beleza da linguagem, lemos para alimentar nossa emoção, lemos também para a nossa perturbação. Lemos ainda para compartilhar, para sonhar e inclusive, lemos para aprender a sonhar. A leitura, nessa perspectiva, propicia ao leitor, momentos de interação com o mundo interior e exterior.

Portanto, “a conquista da habilidade de ler é o primeiro passo para a assimilação dos valores da sociedade” (ZILBERMAN, 1982). Assim, a leitura de textos literários consagrados ou não, devido ao seu poder de desenvolver as capacidades de reflexão e criticidade, viabiliza ao leitor, uma ampla visão acerca da realidade concreta, ultrapassando o ato de ler puramente e se apropriando da obra lida de forma a compreendê-la, questionando-a e identificando seus aspectos implícitos, deixados pelo autor. Vale frisar que a escola é a responsável pela formação desse aluno letrado literariamente.

LEITURA LITERÁRIA NO CONTEXTO ESCOLAR

Ler em voz alta, ler em silêncio, ser capaz de carregar na mente bibliotecas íntimas de palavras lembradas são aptidões espantosas que adquirimos por meios incertos. Toda via, antes que essas aptidões possam ser adquiridas, o leitor precisa aprender a capacidade básica de reconhecer os signos comuns pelos quais uma sociedade escolheu comunicar-se: em outras palavras, o leitor precisa aprender a ler (MANGUEL, 1997).

Através de Manguel (1997), percebemos o grau de importância atribuída à escola, como responsável pela sistematização das práticas de leitura. Sabe-se que a leitura é um processo primordial para o processo de ensino-aprendizagem, sendo o seu exercício uma prática que deve acompanhar o leitor durante toda vida.

Segundo Cosson (2009): “[...] devemos compreender que o letramento literário é uma prática social e, como tal, responsabilidade da escola”. Desse modo, entende-se que o objetivo maior das aulas de Língua Portuguesa, obrigatoriamente, deve ser o texto, visando ao desenvolvimento das práticas de leitura, produção textual e compreensão de mundo. Devido à importância que ocupa no campo reflexivo e da criticidade, o texto literário, principalmente, torna-se necessário no fazer escolar, haja vista a riqueza dessa linguagem.

Sobre a leitura literária na escola, os PCN de língua portuguesa para o Ensino Fundamental, terceiro e quarto ciclos (1998), recomendam a inserção desse tipo de texto no cotidiano das aulas, destacando e sugerindo o ensino da língua materna a partir dos diversos gêneros textuais, como bilhetes, piadas, cartas, noticias jornalísticas, propagandas, dentre outros, como destacado no seguinte trecho:

É necessário contemplar, nas atividades de ensino, a diversidade de textos e gêneros, não apenas em função de sua relevância social, mas também pelo fato de que textos pertencentes a diferentes gêneros são organizados de diferentes formas. A compreensão oral e escrita, bem como a produção oral e escrita de textos pertencentes a diversos gêneros, supõem o desenvolvimento de diversas capacidades que devem ser enfocadas nas situações de ensino. É preciso abandonar a crença na existência de um gênero prototípico que permitiria ensinar todos os gêneros em circulação social (PCN BRASIL, 1998).

Os PCN (1998) alertam para a necessidade de tornar o ensino de língua portuguesa, pertinente aos alunos, propondo, no entanto, que os gêneros textuais sejam o eixo de trabalho dessa disciplina. Para esses PCNs, o fazer pedagógico de língua portuguesa em sala de aula com o texto literário, deve envolver as práticas cotidianas dos alunos. Nesse contexto, a leitura literária abordada pelo professor, deve atender à realidade do aluno e da escola, como orienta Segabinazi (2011, p.112):

[...] os conteúdos trabalhados em sala de aula devem estar associados aos modos de vida dos seus alunos e atrelados às práticas do seu cotidiano, por exemplo, o estudo de obras literárias como parâmetros para a discussão da ética, relacionandas a práticas culturais em determinada comunidade.

Assim, no planejamento das aulas de língua portuguesa, as necessidades dos alunos, referentes aos diversos aspectos, como os sociais e culturais, bem como a estrutura da escola, devem ser observados. Isso possibilita que o professor proporcione aos alunos, apenas textos que tenham funções sociais, tornando o ensino, um processo atraente e importante para a formação do aluno.

Objetivando transformar as aulas de língua portuguesa em aulas mais produtivas, criando um ambiente propicio à interação entre alunos, textos literários, professor, escola e mundo, transformando os alunos em leitores críticos e reflexivos, Segabinazi (2011) pontua:

A possibilidade de concretização do letramento literário na escola parte do compromisso do professor como mediador de leituras e também requer obrigatoriedade o contato com obras literárias. Nessa conjuntura, a mediação exige um bom projeto de ensino de literatura que instigue o discente a ler bons textos, ampliando seu repertório de leituras. Neste caso, o professor precisa conhecer e diagnosticar o que faz parte da bagagem de conhecimentos dos seus alunos e quais suas expectativas sobre o que deseja saber ofertar e ampliar esse horizonte com novas leituras.

Compreende-se assim, que o professor é um agente de transformação importante para o desenvolvimento da prática de leitura literária consistente, capaz de assegurar ao leitor a compreensão de mundo. Exige-se do professor, no entanto, uma metodologia pertinente que viabilize melhores hábitos de leitura. O professor, nessa perspectiva, deve ter uma formação suficiente e dispor de uma dinamicidade para utilizar o conhecimento prévio dos alunos, a estrutura da escola, bem como o material didático e paradidático que entender necessário para transformar suas aulas em momentos de incentivo à leitura literária.

ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

A reflexão feita até aqui, mostra a importância da leitura para o exercício pleno da cidadania, bem como evidência o papel relevante da escola para a formação do indivíduo leitor. Considerando essas questões, realizei uma pesquisa de campo para identificar como se dá a leitura de literatura nas aulas de Língua Portuguesa, em uma turma do 6º ano, em uma escola municipal do interior da Bahia. Para tanto, foram realizadas duas entrevistas através da aplicação de questionários, sendo uma com a professora e outra com os alunos, além da observadas de quatro da referida disciplina. Desse modo, farei a seguir, a análise dos dados resultantes da pesquisa de campo.

DO QUESTIONÁRIO APLICADO À PROFESSORA

A professora em exame, devidamente licenciada em Letras, leciona a disciplina de Língua Portuguesa há onze anos. Por esses primeiros dados, constata-se que a professora dispõe de experiência profissional e habilitação acadêmica suficientes para exercer a profissão.

No segundo questionamento, foi perguntado se ela já lera algum livro este ano, ao que ela respondeu: “Sim. Estórias de quem gosta de ensinar – Rubem Aves”. Para uma professora de Língua Portuguesa, ler apenas um livro em dez meses, não condiz com o papel de quem tem a função primordial de desenvolver nos alunos o gosto pela leitura.

A questão três aborda a metodologia de trabalho. A professora respondeu da seguinte forma: “Busca de informação, recriação do texto, diferentes linguagens.” Fica difícil compreender o que a professora quis dizer, mas mesmo assim, é possível verificar que as aulas são limitadas no quesito metodologia, não colaborando para o desenvolvimento da leitura. Na questão quatro, foi indagado acerca da prioridade sobre a gramática ou a leitura literária. A professora respondeu: “Priorizo a leitura literária, pois ela trás possibilidades de conhecer o ambiente, a civilização, o conhecimento e o imaginário que se constitui pela leitura. Pela resposta, apesar de insuficiente, a professora relata que prioriza a leitura e também evidenciou sua importância.

A quinta questão perguntou sobre quais os conteúdos mais importantes para o ensino da língua Portuguesa: “As classes de palavras que em cada texto trabalho incluo algumas delas, e a produção textual.” Pelo que se percebe nessa resposta, mesmo ela tendo pontuado conteúdos gramaticais, a leitura está presente em suas aulas. A sexta questão perguntou com qual freqüência ela trabalho com leitura literária, exceto as indicações do livro didático. Ela apenas respondeu que sim. Talvez não tenha compreendido a questão.

A sétima questão perguntou se ela considerava importante a leitura literária. A docente respondeu: “Sim. Porque elas favorecem a descoberta do sentido de modo mais abrangente.” Por essa resposta, entende-se que a professora não compreende a importância da leitura literária para a formação crítica e reflexiva do aluno. A oitava questão indagou os gêneros textuais que ela mais gosta de trabalhar: A professora respondeu: “ livros dramáticos, comédias, romances.” Mais uma vez, identifica-se o quanto a professora é limita em seu fazer docente. São diversos gêneros textuais disponíveis, ao alcance dos alunos, que a professora poderia aproveitar para desenvolver a prática de leitura. Claro que os gêneros apontados por ela também são necessários, mas não suficientes.

A nona questão perguntou qual a opinião da professora sobre a abordagem da leitura literária no livro didático adotado. Ela respondeu: “O livro didático foi adotado por todos os professores que lecionam a disciplina de Língua Portuguesa, nele contém algumas abordagem interessante”. Como se ver, a professora fugiu da pergunta, dando uma resposta não satisfatória, evidenciando o seu desconhecimento acerca da abordagem literária no livro didático que ela mesma adotou e trabalha.

Na sequência, a décima questão perguntou se a professora conhecia os PCNs de Língua Portuguesa e como eles são úteis para o planejamento das atividades. Segundo ela: “Sim. Com certeza”. Com essa resposta curta, a professora fugiu mais uma vez da pergunta, demonstrando que de fato, não conhece os PCNs e também não os utiliza durante seus planejamentos. Na questão de número onze, perguntou se na formação (graduação) da professora, a universidade incentivou a leitura literária e qual a opinião dela sobre isso. Ela respondeu: “Sim, eu acredito que o bom leitor reconhece a importância da leitura literária, pois propõe oportunidade de prazer e de lazer”. Como vimos, a professora não compreende a relevância que a leitura ocupa no campo da formação cidadã, atribuindo a ela, apenas o status de entretenimento.

Na questão número doze, perguntou se os alunos gostam de ler e quais os gêneros mais lidos. Ela respondeu da seguinte forma: “Alguns. Poesias, canto, comédia.” Realmente, pelo que se observa, os alunos não gostam de ler. Na questão seguinte, de número treze, perguntou-se sobre a existência de biblioteca na escola, como ela é e satisfaz a necessidade leitora dos alunos. A professora respondeu: “Sim, Organizada. Alguns sim, outros não.” Diante dessa resposta, percebemos que a escola conta com uma biblioteca bem organizada, porém não satisfaz a necessidade de todos os alunos.

A última questão indagou sobre a possibilidade de trabalhar a leitura literária juntamente com os conteúdos gramaticais e de que forma. A professora respondeu da seguinte forma: “Sim. Nos livros didáticos atuais os textos já contêm a parte gramatical junta e com isso facilita mais o trabalho.” Dessa resposta, depreende-se que a docente utiliza unicamente o livro didático como recurso, desenvolvendo a leitura apenas a partir das sugestões apontadas no livro. Além disso, a professora demonstrou ainda, que não trabalha a leitura literária puramente, de forma prazerosa, mas de forma obrigatória, como requisito para abordagens gramaticais, deixando-a em segundo plano. Desse modo, a professora fere os princípios dos PCNs quanto a utilização do texto como base para o ensino da Língua Portuguesa. além de ir de encontro às orientações pontuadas pelos autores referenciados neste trabalho.

DA OBSERVAÇÃO DAS AULAS

Foram observadas quatro aulas de Língua Portuguesa, nos dias dois, onze, dezesseis e dezoito de setembro deste ano. Durante essas quatro aulas, a professora utilizou unicamente o livro didático. Por sorte, o livro didático adotado pela professora, é riquíssimo em leitura e produção textual, embasado em diversos gêneros textuais. A gramática está presente e é abordada no livro, muito embora, não seja o objetivo maior.

No primeiro dia de observação, a aula era sobre acentuação gráfica. A professora iniciou a aula fazendo a chamada dos alunos e em seguida, solicitou-lhes que abrissem o livro na página 148. Expôs verbalmente, a importância da correta acentuação gráfica, dando alguns exemplos na lousa. Em seguida, voltou ao livro didático, fez a leitura das explicações, utilizando também a lousa para complementar a explicação. Passou as regras de acentuação para as oxítonas e para as proparoxítonas. Já próximo de terminar a aula, a professora ordenou que os alunos passassem para o caderno a atividade do livro.

Na segunda observação, dia onze, o conteúdo trabalhado já era outro, mas, infelizmente, a metodologia da professora era a mesma. Fez a chamada, mesmo os alunos fazendo um tremendo barulho. Após, solicitou que abrissem o livro na página 166, seguiu as orientações sobre artigo e numeral. Voltou à lousa, explicou detalhadamente sobre artigo e numeral, deu alguns exemplos e outra vez, recomendou que os alunos copiassem a atividade do livro no caderno. Mesmo o livro sugerindo diversas possibilidades de leitura, a professora apenas se atentava à questão gramática, ignorando a diversidade de gêneros textuais sugreridos pelo livro didático para a abordagem da gramaticidade.

No terceiro dia de observação, após a chamada, como sempre, a professora orientou os alunos para que abrissem o livro na página 170 e fizessem a leitura do texto em voz baixa. Percebi que alguns leram, enquanto a professora dava uma olhadinha no celular. Em seguida, a professora solicitou que fizessem a leitura em voz alta de forma socializada. Sem a devida discussão acerca do texto lido, a professora ordenou que os alunos fechassem o livro didático. Como atividade, a professora solicitou aos alunos, a reescrita do texto lido. Apesar da forma precipitada com que a atividade foi proposta, essa metodologia desenvolve a capacidade de leitura e escrita.

No quarto e último dia de observação, nada de novo ou diferente, os alunos abriram o livro didático na página 178, leram com a professora uns quadrinhos de Garfield, de Jin Davis, que ela aproveitou para dá exemplos de interjeição. Abordou mais profundamente o tema, através dos exemplos colocados na lousa e as ponderações presentes no livro. Ao final da aula, solicitou aos alunos que copiassem para o caderno, todas as questões das duas páginas seguintes.

Pelo constatado, ratifica-se o que já fora diagnosticado nas análises acerca das respostas ao questionário referido anteriormente, que as aulas de Língua Portuguesa não possibilitam o desenvolvimento da leitura literária. Pelo que observei, o problema não é a utilização do livro didático, mas o desconhecimento sobre a devida importância da leitura para a formação do aluno, bem como a falta de uma metodologia voltada para a exploração da leitura.

1.1 Do questionário aplicado aos alunos

São 30 alunos, mas no dia da aplicação do questionário, apenas vinte estavam presentes e responderam-na. A primeira pergunta foi: Você gosta de ler? Por quê? Dezoito alunos responderam que sim, alegando que “a leitura é uma coisa muito especial”; “para aprender mais”; “porque a gente conhece muitas histórias”; “ler desenvolve o pensamento”; “cada vez que eu leio um livro descubro uma coisa interessante”; “eu gosto de ler porque tem uns livros que fala sobre umas coisa que eu nunca ouvir falar”; “Eu gosto de ler livro bom porque me ensina”. No geral, as respostas são semelhantes. Por outro lado, dois alunos alegaram que não gostam de ler. Um se defendeu afirmando que “ler dá dor de cabeça”, o outro disse que “ler é chato”. O importante é percebermos que os alunos compreendem a importância da leitura.

A segunda questão perguntava sobre quais as obras literárias lidas ultimamente. Quinze alunos disseram que não leram nenhuma obra literária, bem como nenhum texto, exceto os que eram propostos em sala de aula como fundamento para atividades gramaticais. Os outros cinco alunos, confirmaram que leram as Fábulas “O Patinho Feio” e “o Quebrador de Pedras” e a Crônica “Tecnologia”. Com essas repostas, fica evidente que as aulas de Língua Portuguesa não possibilitam o acesso à leitura literária.

Na questão de número três, foi perguntado sobre a importância da leitura. Todos os alunos concordaram que a “leitura é importante”; que “serve para não deixar a pessoa analfabeta”; “a leitura é tão importante”; “a leitura ajuda nós a ser outra pessoa melhor”; “a leitura serve para nos ajudar a falar melhor”; “a leitura serve para não ficar analfabeto”. Diante dessas repostas semelhantes, diagnostica-se, mais uma vez, que todos os alunos compreendem que a leitura é importante, porém, eles não lêem. Isso se deve ao fato de que a professora de língua Portuguesa não os incentiva à prática leitora.

No questionamento quatro, perguntou-se como são as aulas de Língua Portuguesa e se a professora trabalha com leitura. Eles responderam da seguinte forma: “ela trabalha com leitura, mas só a do livro”; “é muito boa, a professora trabalha leitura sim”. Enfim, dezenove alunos confirmaram praticamente a mesma posição, certificando que as aulas de Língua Portuguesa são boas e que a professora trabalha com leitura, mesmo que seja apenas as indicações do livro didático. Porém, não deram detalhes que pudessem, de fato, ter maiores clareza quanto a essas aulas. Um aluno disse que “são aulas chatas” e que a professora não trabalha leitura.

Na quinta questão, foi indagado aos alunos sobre a existência de biblioteca na escola e quantos livros já pegaram. Todos os alunos confirmaram a existência de uma biblioteca na escola. Porém, apenas três alunos alegaram já ter pegado mais de um livro este ano e quatro alunos confirmaram ter pegado um livro cada, porém, ainda não concluíram a leitura por falta de tempo. Nessas respostas, identifica-se a ausência do incentivo à leitura por parte da professora, bem como das demais instâncias que compõem a comunidade escolar.

A sexta questão pergunta se a professora já levou os alunos para biblioteca. Unanimemente, todos afirmaram que a professora nunca os levou para a biblioteca, exceto uma vez, porém, para assistir a um filme, não para pegar livro. Diante dessa constatação, chega-se à conclusão de que a professora ainda segue as práticas tradicionalistas, onde o aluno deve ficar sentado, recebendo as doses de conhecimento, sendo o livro didático a única ferramenta de apoio. A leitura reduz-se, desse modo, apenas ao necessário para gramatização.

Na sétima questão, perguntou se a professora já trouxe para a sala de aula, outros recursos de leitura, como revistas, jornais, gibis, histórias em quadrinho. Segundo os alunos, ainda no primeiro semestre, houve uma atividade, onde os alunos deveriam construir histórias em quadrinho, a partir de um modelo que a professora levou para a sala. Confirma-se assim, mais uma vez, que a leitura de literatura não é o foco de trabalho da professora de Língua Portuguesa.

Frente a esses resultados, reconhece-se a carência e a ineficácia do desenvolvimento das habilidades de leitura literária, haja vista, ser essa, a base para o ensino da língua Portuguesa. Se a escola, enquanto instituição formadora e responsável pela disseminação do conhecimento sistematizado, não fomenta a prática leitora, não será a família, que em muitos dos casos não compreendem a importância da leitura, a fomentar tal prática.

Considerações finais

Como foi exposto no decorrer deste trabalho, a leitura, essencialmente, a literária, oportuniza ao homem a sistematização e a compreensão de informações, necessárias para a tomada de consciência sobre os fatos do mundo, devido ao seu poder de desenvolver no leitor as capacidades de análise, reflexão e a criticidade. Desse modo, a leitura é uma prática fundamental na formação do aluno. O ensino da Língua Portuguesa deve ser mediado pela leitura a fim da formação de leitores, principalmente, leitores literários. Para tanto, é incumbência do professor, possibilitar aos discentes leituras pertinentes e significativas, a partir dos diversos gêneros textuais.

Ao finalizar este estudo, conclui-se que, lamentavelmente, a leitura de literatura, entendida também como leitura literária, ainda não ocupa um espaço privilegiado nas aulas de Língua Portuguesa na escola pesquisada. Apesar da experiência profissional e da formação acadêmica, a professora não objetiva o desenvolvimento das habilidades leitoras, bem como, por conseqüência, não estimula a tal prática em suas aulas. Isso se deve ao fato que a docente não concebe à leitura, a devida relevância no que se refere à formação cidadã do aluno, como ficou evidente na entrevista. Os alunos demonstraram ter conhecimento sobre a importância da leitura, porém, não vivenciam um contexto escolar que os exercite a praticá-lo. Diante disso, percebeu-se o uso da leitura, a partir do livro didático, apenas como meio para se chegar aos fazeres gramaticais.

Diante da temática abordada e das referências mencionadas, este trabalho é indicado para os professores da Educação Básica, especificamente, os de Língua Portuguesa. Vale ressaltar, no entanto, que se trata de um estudo de pequena abrangência, devido ao sucinto campo de pesquisa.

REFERÊNCIAS

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SEGABINAZI, Daniela Maria. Educação literária e a formação docente: encontros e desencontros do ensino de literatura na escola e na universidade do século XXI. Tese (Doutorado em Letras) Universidade Federal da Paraiba (UFPB) João Pessoa/PB, 2011.

ZILBERMAN, Regina (Org.). Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.

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Apêndice A - Questionário aplicado à professora

Questionário para a professora de Língua Portuguesa

Formação: __________________________________________________________

1. Ensina Língua Portuguesa há quanto tempo?

______________________________________________________________

2. Já leu algum livro este ano? Qual (is)?

____________________________________________________________________________________________________________________________

3. Qual (is) metodologia (s) utiliza para dar aulas de língua portuguesa?

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4. Em suas aulas, o que é mais priorizado, o ensino da gramática normativa ou a leitura literária?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Quais os conteúdos você destacaria como mais importantes para o ensino de língua portuguesa, considerando que estamos nos referindo ao 6º ano?

____________________________________________________________________________________________________________________________

6. Você trabalha com leitura literária, exceto as indicações do livro didático? Com que freqüência?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Você considera importante a leitura literária? Por quê?

____________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________

Obrigado pela atenção

8. Quais são os gêneros textuais que mais gosta de trabalhar?

____________________________________________________________________________________________________________________________

9. Qual a sua opinião acerca da abordagem literária no livro didático que você adotou?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Você conhece os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental II? Eles são úteis para os seus planejamentos? Como?

___________________________________________________________________________________________________________________________

11. Na sua formação (Graduação), a faculdade incentivou a leitura literária? Qual sua opinião sobre isso?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12. Seus alunos gostam de ler? Quais os gêneros mais escolhidos?

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13. Tem biblioteca nesta escola? Como ela é? Satisfaz a necessidade leitora de seus alunos?

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14. É possível trabalhar a leitura literária juntamente com os conteúdos gramaticais? Como?

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Obrigado pela atenção

APÊNDICE B – Questionário aplicado aos alunos

Questionário para os alunos

1. Você gosta de ler? Por quê

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2. Quais as obras literárias você leu recentemente?

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3. Para você, qual é a função da leitura?

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4. Como são as aulas de língua portuguesa? A professora trabalha com leitura?

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5. Tem biblioteca nesta escola? Você Já pegou quantos livros?

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6. A professora de língua portuguesa já te levou à biblioteca? Como foi?

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7. A professora de Língua Portuguesa trás para a sala de aula outros recursos de leitura, como revistas, jornais, gibis, histórias em quadrinho...?

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Obrigado pela atenção

APÊNDICE D - Termos de consentimento livre e esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) professor(a)

Sou aluno do Curso de Pós Graduação no Ensino de Língua Portuguesa pelo Instituto Pró-Saber, preciso realizar uma breve pesquisa, para o Trabalho de Conclusão do curso, tendo como foco, perceber como se dá o ensino da leitura de literatura nas aulas de Língua Portuguesa.

Nesse sentido, solicito a sua colaboração no sentido de responder ao questionário/entrevista proposto, como também sua autorização para apresentar os resultados em relatório de pesquisa. Por ocasião da análise dos resultados, seu nome, bem como o nome da instituição em que o(a) senhor(a) trabalha, será mantido em sigilo.

Esclareço, no entanto, que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o(a) senhor(a) não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador(a). Contudo, esperamos contar com a sua colaboração, e estamos a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário.

Atenciosamente,

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Assinatura do aluno pesquisador

Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido(a) e dou o meu consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados.

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Assinatura do Participante da Pesquisa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) aluno (a)

Sou aluno do Curso de Pós Graduação no Ensino de Língua Portuguesa pelo Instituto Pró-Saber, preciso realizar uma breve pesquisa para o Trabalho de Conclusão do curso, tendo como foco perceber como se dá o ensino da leitura de literatura nas aulas de Língua Portuguesa.

Nesse sentido, solicito a sua colaboração no sentido de responder ao questionário proposto, como também sua autorização para apresentar os resultados em relatório de pesquisa. Por ocasião da análise dos resultados, seu nome, bem como o nome da instituição em que você estuda, será mantido em sigilo.

Esclareço, no entanto, que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, você não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador(a). Contudo, esperamos contar com a sua colaboração, e estamos a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário.

Atenciosamente,

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Assinatura Aluno do aluno pesquisador

Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados.

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Assinatura do aluno participante da pesquisa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) Diretor (a)

Sou aluno do Curso de Pós Graduação no Ensino de Língua Portuguesa pelo Instituto Pró-Saber, preciso realizar uma breve pesquisa para o Trabalho de Conclusão do curso, tendo como foco, perceber como se dá o ensino da leitura de literatura nas aulas de Língua Portuguesa, em uma das turmas do 6º ano.

Nesse sentido, solicito a sua colaboração no sentido de permitir que eu realize a pesquisa de campo nas dependências dessa instituição de ensino. Esclareço, no entanto, que o nome da instituição, bem como o nome do professor responsável e o nome dos alunos, será mantido em sigilo. Vale ressaltar, todavia, que a participação da instituição no estudo é voluntária e, portanto, você não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador(a). Contudo, espero contar com a sua colaboração.

Atenciosamente,

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Assinatura Aluno do aluno pesquisador

Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu consentimento para que essa instituição participe da pesquisa e para publicação dos resultados.

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Assinatura do Diretor (a) da escola

Manoel R
Enviado por Manoel R em 22/02/2017
Reeditado em 20/03/2018
Código do texto: T5920625
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