A ESSÊNCIA DE VIVER INSPIRADO.
Os dias passaram depressa e sem piedade. No olhar do tempo lá estava um ser aflito, sem cor. A dor gritava e tomava conta do espaço. A atmosfera lhe roubara a luz inspiradora. O ser vivia de lá pra cá, mas não sentia estímulo. Apesar de jovem, sua face traduzia a velhice que tomara conta de sua alma. A memória refletia dor, sofrimento, angústia, tristeza, raiva, solidão, medo.
A mente sofrida travou seu corpo e ao voltar no tempo, a tempestade era cruel: - ela brincava com as lembranças do passado, abria as janelas traumáticas e aquele corpo não aguentou, se tornou zumbi. Ali, dentro da redoma, por longos e longos anos, aquele corpo sem alma desistiu da vida. Tudo estava perdido inclusive a essência. As circunstâncias pareciam não ter fim. Mas, mesmo no meio da mesmice, algo diferente aconteceu.
Naquela manhã, o dia foi generoso. Um amigo inspirado resolveu atravessar a rua e bateu à porta. Minutos se passaram: - a porta não se abria. O amigo optou por não desistir. Dentro dele havia a chama da paciência. Passada algumas horas, o ser pálido e sombrio resolveu abri-la, fitou profundamente o olhar daquele amigo. Naquele momento, palavras não foram ditas, mas algo ocorreu.
Os amigos deram as mãos e começaram a caminhada por uma estrada de terra árida. À medida que caminhavam a paisagem mudava. Nos lugares onde havia grama esta ficava cada vez mais verde. O céu cada vez mais azul. Flores de diversas formas perfumavam o caminho.
Aos poucos, o amigo foi percebendo que aquele “corpo sem alma”, o “zumbi”, começava a mudar.
Aos poucos a luz interior foi brotando das suas entranhas e naquele rosto ruborizou um envergonhado sorriso. Aquele ser pálido abria a redoma e desejava cor.
Pouco adiante os amigos de depararam com uma montanha e ao observá-la perceberam que havia um caminho estreito e pedregoso. Apesar do perigo, eles fizeram um pacto fraterno e decidiram prosseguir. O caminho era tortuoso, íngreme, o sol intenso queimando a pele. Cresceu o cansaço, a dor, a fadiga...
Depois de longas horas os amigos chegaram ao topo da magnífica montanha e ficaram em êxtase por
tamanha beleza. Era fim de tarde e eles apreciaram um formoso arco-íris, contemplaram a despedida do sol, admiraram o retorno dos pássaros para os abrigos. Aquele momento foi único, perfeito, magnífico, surreal!
Eles haviam aprendido a essência de viver inspirado.
Bem, na história de hoje, lembre-se sempre:
- Todos nós passamos pelas intempéries da vida. Cabe a cada um buscar a maestria da excelência para resolvê-las.
Dentro do seu “eu interior” está a perfeita essência da inspiração. Mantenha-se conectado com seu coração. Permita-se viver intensamente.
Viva o hoje como se não houvesse amanhã!
Apaixone-se pelo ser humano mais precioso, e maravilhoso que existe no Universo: - VOCÊ!
Seja leve, pleno e incrivelmente feliz!
Afinal, você merece!
Sinara Rodrigues
(Coach, Escritora, Mentora e Palestrante)