Nada somos diante da natureza

Que podemos dizer diante dos assustadores furacões Harvey e Irma e do terremoto no México? Claro que estes não são os primeiros fenômenos terríveis que presenciamos, mas ver tais eventos ocorrendo sucessivamente em tão curto espaço de tempo é algo realmente surpreendente e, precisamos admitir, bastante assustador para nós, que percebemos quão vulneráveis somos e como nossas vidas podem mudar violenta e repentinamente. Nada somos diante da natureza, que possui uma lógica muito além de nossa compreensão, afinal, ela existe há muito mais tempo do que a humanidade.

Diante desses acontecimentos que nos forçam a refletir, nós nos perguntamos: está o mundo mudando, entrando numa nova era? Ou a natureza está se vingando de todas as agressões que há longos anos vem sofrendo da nossa parte? Podemos responder? Será que nossa ciência, que julgamos tão avançada e a nossa pretensa racionalidade podem nos ajudar a encontrar uma resposta que pelo menos nos satisfaça um pouco? De que servem nossos conhecimentos diante da força de um furacão, terremoto, tornado ou tsunami? Somos todos seres pateticamente frágeis que essas manifestações de fúria da natureza tragam tão facilmente quanto alguém rasga uma folha de papel.

Porém, precisamos admitir que temos desrespeitado a natureza da qual dependemos. Fomos agraciados com ar, água e tanto mais e o que temos feito? Temos poluído o ar e a água sem os quais morreríamos, destruído florestas, caçado animais, colocando espécies animais e vegetais em extinção e ainda nos achamos racionais enquanto agimos como idiotas inconsequentes.

Por causa da nossa ciência, pensamos que podemos controlar tudo, tornamo-nos arrogantes, como se fosse possível brincar de Deus, manipulando a vida e o mundo ao nosso bel-prazer, esquecendo que brincar com a vida tem consequências e que a natureza não pode controlada.

Ela é como um organismo vivo e, depois de tanto sofrer por causa da nossa insensibilidade e estupidez, terá de responder para que aprendamos que não podemos continuar vivendo como se não fôssemos parte dela; porque nossa vida dela depende. E precisamos mudar as nossas ações antes que seja tarde. Ouçamos o grito de alerta que a natureza está dando.