FEMINISMO APRENDER A APRENDER

Muito se fala que conversa feminista é ultrapassada. Mas ninguém duvida que a maior revolução do século passado foi a revolução feminista. Ainda assim, se questionadas, as mulheres, em sua grande maioria, negam esta condição. Não tem coragem de dizer: eu sou feminista. Afinal, as feministas sempre foram identificadas como mulheres que odiavam homens, feias, rebeldes, mal-amadas. São chamadas de “As baderneiras ou de as sapatonas”.

Ainda que lentamente muitas conquistas foram alcançadas, desde poder andar de bicicleta até poder votar ou divorciar-se.

Muitas opressões e desigualdades das mulheres estão postas na mesa. Estão nas rodas de conversa, nos fóruns online, nas campanhas na internet, nas propostas de lei. Outras ficam esquecidas. Pois, por exemplo, uma mulher negra gorda de cabelo estilo black é vista como fora do padrão, uma mulher solteira é olhada de maneira diferente? De que forma esse olhar influencia na autoestima dela? Qual é o impacto desse tipo de machismo?

Muito se fala sobre aumentar a licença maternidade e sobre igualdade em remunerações. Mas compreender a mulher que escolhe não ter filhos gera assombramento. E o preconceito que ela sofre com aquele olhar de “ela é bem-sucedida, mas, também… coitada, não teve filhos”. Ou “tadinha dela é tão infeliz que adotou um cachorro”, como se uma coisa anulasse a outra.

Por que não falar mais sobre isso? Estamos vivendo um momento contemporâneo, um presente que as mulheres têm orgulho de se identificar como feministas, muitas não mais têm medo de assumir sua identidade sexual. Mas a luta continua!

O conflito constante das mulheres na batalha contra os padrões impostos por determinados grupos barganhados de interesse, mesmo não tendo a noção disto, é o maior exemplo disso. E percebível um salutar das somas de esforços dos mais variados segmentos sociais buscando resgatar a cidadania não só dos iguais, mas de todos.

Afinal, é isso que se chama democracia, liberdade, igualdade, coisas que todos anseiam para si, mas que temos que aprender a respeitar perante os outros.

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JESSICA ROSANNE
Enviado por JESSICA ROSANNE em 12/09/2017
Código do texto: T6111649
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