REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A globalização teve como meta atingir o comércio e posteriormente a industria, num sistema de produção e troca que envolve o mundo todo. Nesse cenário em que a integração do mundo se baseia em países industrializados (ricos) tendo do outro lado os países de suas áreas de influência (pobre). Podemos identificar uma Divisão Internacional do Trabalho ( DIT ), onde alguns países exportam produtos agrícolas, ( não tem valor agregado ) pomo exemplo podemos citar o país A exporta laranja e o país B suco de laranja. Portanto os que exportam produtos agrícolas precisam importar manufaturas que tem valor agregado e tecnologia. A DIT se relaciona com a diversidade do meio natural a das condições sociais. Os países ricos exportadores pregam o livre comércio sem qualquer tipo de protecionismo ou barreira alfandegária, mas a aplicação dessa teoria criaria uma situação onde os países pobres agrícolas jamais saíram dessa condição. O desenvolvimento da industria nos países ricos é maior e mais intenso, em contrapartida o desenvolvimento de industrias e tecnologias em países agrícolas seria menos competitiva. Com a revolução industrial iniciada na Inglaterra nunca houve livre comércio, suas colônias eram obrigadas a comprar seus produtos industrializados e a fornecer matéria prima. Com a abertura dos portos em 1808 o Brasil se tornou área de influência da Inglaterra, o que causou uma série de dificuldades para a criação de indústrias nacionais. Uma das principais críticas das vantagens comparativas reside entre a troca de produtos agrícolas por produtos industrializados, mantendo os países menos desenvolvidos em regime de escravidão comercial e cultural.

A dívida de Portugal com a Inglaterra começou com um mal acordo entre a troca de vinho por casimira inglesa, estando já comprometido em dívidas D. João VI se via obrigado a desrespeitar as ordens de Napoleão quanto ao embargo comercial determinado pela França contra a Inglaterra. A dívida aumentou quando ao fugir para o Brasil a frota portuguesa precisou ser escoltada pelos navios de guerra ingleses e, também o exército inglês se prontificou a defender Portugal enquanto D. João VI permaneceu no Brasil Quando o Brasil decretou sua Independência a coroa portuguesa transferiu a dívida de 2 milhões de Libras de Portugal para o Brasil, aceito pela Inglaterra, com essa dívida o Brasil fica a mercê da Inglaterra, a qual após a 1ª guerra mundial “doa o Brasil” para o EUA para pagar sua dívida com os americanos.

Para facilitar o entendimento do texto vamos chamar de país centro (ricos) periféricos (pobres). Persistindo a relação centro-periferia foram em grande parte fundamentada em países centro industriais e periféricos primários exportadores de matéria prima. Alguns desses países se tornaram especializados em poucos produtos, foi o caso de alguns países africanos; algodão no Chade, cacau na Costa do Marfim, diamantes na Zâmbia, e na América do sul o Brasil como exportador de Café. Essa característica tornou a economia desses países dependentes do preço internacional desses produtos, o que os inseriu na DIT em condições de desvantagem. A mudança de condição desses países é muito lenta e pífia.

Na primeira Revolução industrial o papel principal das colônias foi o de fornecedor de matéria prima com baixo valor e comprador dos produtos industrializados com valor agregado. A segunda Revolução Industrial o mundo se tornou multipolar com a exportação de capitais que permitiu a industrialização de alguns países periféricos como o Brasil e Argentina. Com o fim da 2ª Guerra formou-se dois blocos capitalista EUA e Socialista URSS, cada país líder ajudava os de seu bloco permitindo a industrialização de países periféricos.

A terceira Revol. Industrial foi onde os países centro fornecem tecnologia enquanto outros produzem com menos tecnologia em uma competição desigual. Podemos citar que atualmente estamos na quarta Revolução em que os países centro tem o monopólio da informação e do capital.