Chuva pro jardim

Chuva no jardim

Quem pode ter certeza, do que quer falar.
Se é o momento certo, ou de se calar.
Dar um grito e cantar, fazer outra canção, quando tiver.
Ou quiser outra paixão, mesmo sem ter motivos.

Nem sempre é tão fácil, pra gente falar.
E se for de si mesmo ter de se entregar.
Na parede do meu quarto, seu retrato ri pra mim,
Ou ri de mim, vejo a chuva da janela,
Ouço bater no telhado, ou é meu coração.

Ouço a chuva no telhado.
Tento tocar no compasso, com meu violão.
Vejo a chuva da janela, olho em volta como ta feliz.
O meu jardim. [bis]

Vontades paralisadas, sem se decidir.
Atitudes não tomadas, por deixar de ir.
Não sair mais pela porta, só olhar pela janela,
A chuva cair. Por conta de uma palavra coisas feias,
Ficam belas como a chuva pro jardim.

Queria ser poeta, pra poder dizer,
Das coisas de um jeito que eu não sei falar.
Que é que foi feito de mim.
Onde é que fui parar.
Em pensamentos me perdi, como, porque e agora.
Ouço a chuva no telhado, tento tocar no compasso,
Com meu violão,
Vejo a chuva da janela, olho em volta como ta feliz.
O meu jardim.................... J. Alves.