MIRAGEM

Aqui me permito perder as rédeas de mim...

Desvairada que estou ao destino dos versos!

Procurando caminhos que me levem daqui

A me abandonar...longe dos meus reversos.

Sou qual desatino...sem algemas nas mãos!

E meu coração pulsa plena liberdade,

De ser a pungente resignação...

Da vida que foge...ao revés da saudade.

Sem travas versejo nas esquinas do tempo

Lembranças que nunca foram realidade!

E se coabitam cá dentro de mim...

São só da poesia...uma farta miragem!

Figuras ilusórias permeiam o fim,

Dos versos que fingem ser eternidade.