TUDO TÃO DE REPENTE...

Ainda ontem, nessa igual(?) hora

O meu mundo ainda era uma aurora!

Não havia a rasteira do tempo,

Eufemismo!- tudo falso alento!

Era a vida que então se abria,

Planejando as minhas feridas!

Eu não tinha este nó na garganta,

E tampouco a quebrantada esperança...

Palavras eram então aprendidas,

Soletradas ao pé da cartilha

De repente, letras foram laçadas

Pois mais tarde seriam fonadas...

Alicerce de vários poemas,

Liberdade para qualquer algema!

Hoje escrevo para a minha criança,

A abraçar a ingênua infância...

Que agoniza dentro do meu peito,

Nas canções dum mundo rarefeito...

Amealho emoções que outrora

Pulsam fortes na minha memória!

E acreditem ...ao escrever às crianças,

Nosso peito entra na sua dança!

Com as letras que seguem na vida,

Então faço um laço de fitas...

Eu me enlaço mesmo nesse "presente",

E me dôo à toda essa gente!

Ainda ontem...tudo tão de repente...