Frágil força


A da flor que transluzindo

Num vigor desmesurado

Rompe no frio a clausura


Da terra que a encerra


No âmago a empurra

Profunda ânsia de altura

Aonde abraça a luz pura!


Gota de orvalho na beira

Da pálpebra enternecida

Na franja da madrugada


Que traga o sol que a traga

A eleva e a transmuda

Se na precária existência


Em clara vida e ternura!