O VENTO

 Vento

Os meus olhos estão nublados
Bem parece choro, mas não é.
É a saudade sim,
Que parece ser o que não é.

Minh’ alma em viagem
Transpondo-me de lugar
De cidade, país e mundo.
Não sou mais eu, meu eu morreu.

O Vento parece impulsionar-me,
Em direção ao sonho e ao desejo.
Desejo que desponta real fora da realidade,
Se é loucura?Não importa.

Esse lugar não tem entrada,
Tão pouco tem saída,
Lá também não tem lidas,
Guerras? Nunca jamais!...

Nesse momento não tenho ais,
Dentro em mim, corre uma estrada,
Sem um veículo sequer
Sou sempre levada pelo Vento

O Vento, minha grande energia,
Às vezes doce... Uma doce aragem.
Em outras vezes um vendaval,
Mas nunca deixa esse viajante mal.

Mesmo que o tempo esfrie,
A neve embranqueça o chão,
Meu destino é você.
Espero que chegue o verão...

Quem sopra o vento sabe,
Que meus cabelos, já embranquecem.
Força? Não tenho de mim,
Por isso Ele sopra assim.

Leva-me vento leva-me...
Para bem longe daqui.
Leva-me para perto dele.
Que amo mais que a mim.