Soneto do Desalento

Publicado por: Lia Fátima
Data: 14/09/2017
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Créditos

Poesia: Soneto do Desalento Autoria: Lilian Vargas Voz: Lilian Vargas Poesia Recitada Fundo musical: For you - Vladimir Sterzer (Timeless Piano Dreams)





Soneto do Desalento


Amei o poeta...o poeta não me amou!
Não vã ilusão, troquei a noite pelo dia
Criei versos de amor e rimas de alforria
De onde o coração de tudo se libertou

Dei  carinho, mas o poeta não me amou
Vesti-me de prata, usurpei a cor da lua
Despi-me dos tabus e censuras...fiz-me nua
Supliquei ao vento para lhe dizer quem sou

Num lapso de tempo, olvidei o dissabor
Para nós, criei a fantasia num lindo castelo
Ele era rei, eu rainha... imperava o amor

A realidade, friamente, tudo dissipou
Como fumaça que esvai, do sonho tão belo
Desencanto foi o que no coração restou!



Nelson de Medeiros cede a este espaço um brilhante poema que fecha magistralmente o enredo proposto

 

Alento


O poeta não conjuga o verbo amar
No pretérito passado...Somente
O faz no indicativo do presente,
Que é o tempo deste amor conjugar!

Jamais roubaste  a prata do luar,
Pois desde sempre em minha mente
Os versos de tu alma, constantemente
Tem as nuanças do céu estelar!

Quem és eu sei.Vou dizer quem sou eu:
Vês ao longe o horizonte do universo?
Vá lá com su!alma livre, alforriada

A encontrar a do poeta, escravizada
Pelo alento de apenas ter um verso
Na poesia de um ardente beijo teu!




Interação cativante e maravilhosa do caro poeta
Ubaldo Santos de Jesus


Te amei tanto, tanto Poesia...

Ah! Como sofro com seu desalento
Amei-te tanto, tanto poesia
Mas teu amor desfez-se ao vento
Deixando-me na desilusão d'alma tão fria

Te amei tanto e por de mais
Mas você nunca me amou
Um dia tu foste minha paz
Mas que o vento assim levou

Feito barco solto no cais
Que outro destino tomou
Assim foram os meus aís

Que em silêncio gritou
Agora sei que tu vais
Desprezar quem tanto amou.


Interação caprichosa do poeta
Stenius Porto

O poeta


ABBAACCDDC  ( Décima  em Cordel)


Quem ama o poeta, ama a sua poesia
O poeta se despe na sua falsa verdade
Busca na luz dos versos a sua felicidade
Na maioria das vezes acha a sua fantasia
Sabe que a cada novo verso, ele extasia
Na sua divina arte troca o dia pela noite
Aceita viver alegre, versando seu deleite
O poeta é poeta da sua própria inspiração
Vezes ou outra, ele voa em sua imaginação 
O poeta lapida o diamante, lapida o azeite...

 José Aprígio da Silva


O SEU POETA (Décima em Cordel) ***

 

Um dia ela amou muito o seu poeta 

Sei que não me ama, nem me deseja 

Eu fui entregue a ela, numa bandeja 

Agora, o amor dela não me completa 

Ela diz: que eu sou um grande pateta 

Até ontem havia amor, fui seu amante 

Eu fui dela o poeta, o poeta brilhante 

Ela já não ouve mais as nossas canções 

Que ornou nossos dias, nossos corações 

E pra piorar tudo, hoje sou um farsante. 

 

Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 22/01/2017
Reeditado em 22/01/2024
Código do texto: T5889325
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