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A vida é como um monólogo desesperado; um suspiro arrogante de paixão impiedosa que irrompe nos lábios. Um esforço do ser em encontrar sentido. Tudo é como um grande devaneio silencioso, o mundo desaba sobre a existência e o eu persiste em celebrar sua tragédia. Nós nos projetamos como divindades e nos oferecemos em espetáculo aos deuses. Persiste no homem uma nostalgia infinda, um dever-ser inatingível, a consagração não realizada. Ser é o conceito mais universal e o mais vazio, então que a vida sem essência seja desnudada, para que, em seu desencanto o ser possa encontrar a força de uma necessidade superior. Este sou eu, um filósofo eremita, renegado em uma casa no campo, na companhia de bons livros e a visita de alguns espíritos livres que chamo de amigos.