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As vezes escrevemos palavras altas demais. Todos sabemos que se é fácil escrever, difícil é realizar as palavras no cotidiano. Quando escrevemos palavras altas demais, podemos estar correndo o risco de estar distanciando o mundo real do mundo ideal (sentido dualístico apontado por Platão).
No entanto, escrever coisas do alto, com responsabilidade, é estabelecer metas de vida. É dar um mapa para os que precisam de um caminho. Escrever é necessário, mas é preferível ter mil amigos que escrever mil páginas sobre a cinética de alguma ciência maluca.
O homem da modernidade estava feliz, pois encontrava na ciência a sua segurança, pois ela dizia: "temos todas as respostas, fiquem tranqüilos". A promessa da ciência falhou. Nem mais a ciência diz ser capaz de ter todas as respostas. Com isso a humanidade caminha sem sentido a vagar por entre o vazio de sua existencialidade e o vazio da geladeira.
Acontece que os poetas e os sonhadores não mudaram de idéia. Persistem a escrever sobre o "mínimo múltiplo comum de todas as coisas": o Amor. Quem sabe (e ao meu ver é) a maioria das respostas não estão no pensar, mas no sentir. Não na ciência, mas no Amor. Isto é apostar numa humanidade diferente. No homem que não é o lobo do próprio homem. Podemos resolver o problema da fome, por exemplo, de duas maneiras. A primeira é, pela racionalidade, estabelecer percentagens que as empresas, dentro de seus lucros, devam resguardar para auxiliar a subsistência de pessoas pobres; exigir do Governo políticas públicas e outras tantas coisas. A segunda, é largar a hipocrisia e viver o Amor, ou seja, cuidar do próximo, a solidariedade, o estender a mão, o negar-se a si mesmo.
O Capitalismo não tem as respostas às perguntas que nascem da solidariedade, mas tão-só dos sentimentos egoísticos que brotam de um coração petrificado e cego pela aparência de que tudo está bom - ao menos no mundo ao meu redor (ego-centrismo).