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Perfil

Miguel Sacri dos Anjos

Bom, até o momento cataloguei seis versões de mim mesmo. Segue um resumo sobre todas (esses dados podem ser interessantes para um bom entendimento de alguns textos/diálogos/trechos aqui postados).

Meus personagens:

MIGUEL: Jovem de 17 anos, de olhos castanho-claros com cabelos curtos e pretos. Usa uma camiseta branca, calça e jaqueta jeans, all star, além de uma boina. É magro e sorridente. Um tipo receptivo, simpático até. Fica sempre andando impacientemente e quando pára fica batucando em alguma coisa ou batendo os pés. Claramente agitado ou mesmo impaciente.

CAETANO: Garotinho de 14 anos, tem o cabelo sem corte nem penteado castanho-escuro. Sempre com os ombros meio encolhidos, fazendo o tipo introspectivo. Geralmente tem o olhar vago dos sonhadores e transparece um ar de insegurança. Roupas comuns, meio amassadas, surrada, a calça jeans puída em alguns pontos e um tênis decididamente velho. Fica sempre encolhido pelos cantos.

GUILHERME: Rapaz com seus 19 anos, de olhos castanho-escuros. Cabelo comprido, quase na cintura, crespos e presos atrás, castanho queimado e sem cuidado. Cavanhaque. Usa roupas escuras, coturno e uma jaqueta de couro marrom um tanto surrada. Fica escorado de braços cruzados a maior parte do tempo e tem um ar mal-humorado, embora um sorriso irônico, quase cruel apareça em seus lábios quando fala ou se diverte com algo. Um sujeito claramente desagradável.

GABRIEL: Jovem, também, em torno dos 21 anos. É de longe o mais belo dentre todos, o cabelo muito preto lhe chega às orelhas. É alto e magro, mas anda de rosto baixo e possui um olhar vago e triste. Veste trajes impecáveis, novos e pretos, exceto pela camiseta branca. Bastante sério e sereno a maior parte do tempo, mas estes não se destacam como traços à parte e sim como conseqüência da tristeza que ele expressa em cada olhar e em cada palavra que profere.

CICLOPE: Roupas pretas, simples e leves que se ajustam perfeitamente ao corpo forte e magro. Usa uma camiseta de manga comprida, sob a manga do braço direito às vezes se pode ver a ponta de uma tatuagem indefinida e uma bandana. Parece jovem como os outros, mas tem o olhar decidido e incisivo de alguém antigo, sábio e cruel. Cada movimento seu parece calculado e cada palavra cuidadosamente escolhida. Seu sorriso é, à semelhança de Guilherme, irônico e quase cruel. Olha as pessoas como se pudesse ver suas almas e ler seus pensamentos e decididamente não gosta do que vê. Arrogante, frio e debochado, se dirige a qualquer pessoa como se esta fosse pouco mais que um verme. Seus traços duros, porém, tem uma beleza aristocrática.

DIEGO: Tem cerca de 24 anos, sorridente, parece sempre achar graça em tudo e em todos. Lembra um verdadeiro canastrão, roupas espalhafatosas à moda espanhola antiga. Fala alto e usando as mãos, mas com eloqüência. Não é necessariamente belo, mas é o tipo de pessoa agradável que atrai os outros. Alguém mais atento notaria que ele é um perfeito bufão, um ator e um mentiroso.

Essa é uma das maneiras de me descrever. Ou melhor, seis delas. Todas são verdadeiras, mas nenhuma o é o tempo todo, embora cada uma delas deixa traços em cada uma das outras.

Em suma, sou um sonhador e um aventureiro, apaixonado pela vida e com pretensões de poeta ou bardo. Alguém que decidiu que a vida é tudo que temos. E eu quero tudo da vida.