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Das palavras nasci escravo, delas dependo para respirar. Senão hoje, amanhã, não importa quando terei de atracar num porto. Não por agora, talvez em breve ficarei num só porto, serei de um só lugar, um só amor, uma só alma. Por enquanto me deixo fragmentar em milhões de pedaços, cada qual em seu lugar, cada um no seu espaço. O dia há de chegar em que todas minhas partes serão una, de agora me deixo em pedaços, em quebra cabeça complexo e infantil. Um universo que cabe na palma da mão e uma mão que cabe o universo.