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Sonhos e Planos


Preenchem a minha existência com momentos de plena felicidade
ou de grandes desilusões.

Alguns destes sonhos eu pude realizar mas, há outros, ainda,
no sonhar.
Nasci em uma família pobre, na casa da minha avó, que morava
no Alto do Pari, em São Paulo, aonde os italianos, que vieram
do interior, formaram suas colônias urbanas. A casa ficava
bem em frente a uma fábrica de biscoitos, mas o cheiro mais
presente, era o de café torrado.

Lembro-me, ainda hoje, quando sinto o cheiro de café
torrando, das minhas andanças de criança, pelas ruas,
cinzentas, do Brás. Mas, tudo era sempre festa e muita
alegria com a família e com os amigos.

Aos meus sete anos, fomos morar na Pompéia. Ali, minha
juventude foi muito alegre, também, durante o final dos anos
dourados, na fase da rebeldia, dos hippies, de paz e amor e
dos Beatles. Bailinhos, cinema, dançar, fumar escondido,
tomando cuba-libre ao som de “Je T'Aime Moi Non Plus”.
Conheci meu marido aos 15 anos, e aos 20 me casei; cheia de
ilusões, em relação à minha família e aos meus filhos, com
ideais de patriotismo e lutas pela qualidade de vida, do povo
e pelo bem-estar de minha família.

Sempre fui meio rebelde, quase revolucionária; nunca aceitei,
de pronto, tudo o que me diziam, era e continuo contestadora
e "briguenta", pelas causas que acredito serem justas.

De meu casamento tive três filhos: Alexandre, hoje com 31
anos, advogado; Fernanda, que teria hoje 30 anos, morreu aos
17 em 1995 e Gabriela, hoje com 25 anos, casada com Baydir
que tem 27 nos e têm uma filhinha de 6 anos, agora ela espera
meu próximo neto (David) que deve nascer nos próximos dias.
Após a morte de Fernanda, meus pais vieram morar comigo e
fiquei responsável por eles, há 3 anos meu pai faleceu de
Auszeimer.
Divorciada desde 1991, achava que não queria mais ninguém a
meu lado, contudo, em minha busca, infindável, pela
espiritualidade e pelo conhecimento de mim mesma, ressenti-
me, com a ausência do bem maior da vida: o amor entre um
homem e uma mulher.
E sonhando, conversando, comigo mesma, escrevi: "Uma Oração
Para Mim", que foi a minha primeira publicação na Internet
(29/12/2000), no site da Maytê. Foi ela quem, primeiro, me
deu ânimo e estímulo para divulgar meus textos; de lá para
cá, já foram mais de 300 entre contos, crônicas, artigos,
prosa e poesias, além dos ensaios para dois livros, que
insistem em ficar na minha cabeça.

Eu tinha resolvido dedicar minha vida à minha família, como
uma escolha, porém, com o passar dos anos e o desgaste
natural, no casamento, voltei a estudar para concursos
públicos, pois mesmo formada em Letras - Português/Alemão
pelo Mackenzie - nunca exerci minha profissão, de fato. Hoje,
sou Fiscal de Cadastro e Tributação Rural do INCRA e tenho
desempenhado várias funções durante os últimos anos,
inclusive minha especialidade, na área de conflitos agrários
e gerenciamento ambiental; mas a política agrária e a
política agrícola, não nos deixam muito a fazer e é uma
frustração, a cada dia. Estou de licença médica e espero que
possam me aposentar em breve Nesse meio tempo fiz várias
cirurgias ficando com a saúde comprometida em muito por uma
anemia profunda. Depois de dois relacionamentos desfeitos
mas, bem resolvidos, quero dizer que eu estou sozinha de
novo. Agora já recuperada física e emocionalmente, voltei a
escrever, após três longos anos de distância dos amigos da
internet.

Sempre escrevi, desde os nove ou 10 anos e após a leitura de:
"Por Quem Os Sinos Dobram", não consegui mais parar de ler ou
escrever. Tinha a hábito de ler três ou quatro livros ao
mesmo tempo, sobre assuntos totalmente diferentes, assim
como, escrever, sempre que me vinham à mente, crônicas sobre
a política nacional e o meu cotidiano. Ao contrário do que
ocorre com muitas pessoas, nunca recebi em casa ou por parte
dos que me amam, nenhum incentivo para escrever, para
executar meus trabalhos artesanais, para a pintura em
porcelana ou em óleo sobre tela; coisas que gostava de fazer.
Sempre viram isso como um hobby, nunca como expressão
artística ou de valor e eu, sempre, jogava fora, tudo o que
escrevia, porque ficava envergonhada de mostrar a alguém ou
receava ser criticada.

Com a internet, comecei a ver e a sentir que poderia mostrar
aos outros, os meus textos e, principalmente, meus desenhos,
que sempre amei fazer. O avanço tecnológico dá ao artista
inúmeras vantagens e tenho estudado muitos programas de
desenhos e pintura, no meio virtual.

Criei o “Clips Poemas” (www.clips-poemas.com), inicialmente,
com a finalidade de expor aos meus amigos, um pouco da minha
maneira de fazer arte, contudo, ele se expandiu de tal forma
que tenho hoje, meus textos publicados em vários sites na
Internet e muitos amigos fora do País, repassam a todos de
língua portuguesa, minha maneira de sentir a vida, seja
através de fonemas, seja através de imagens.
Hoje lanço “Linhas e Entrelinhas” aqui no Recanto das Letras,
por ser uma opção mais simples de eu controlar e mostrar meu
trabalho escrito a todos, o site Clips Poemas deverá passar
por uma reforma em breve, preservando sua identidade entre
formas, escrita e lançamento de novos autores.

Tenho como plano maior, o desejo de algum dia, sobreviver do
meu trabalho como escritora, e morar naquela minha "ilha"
onde sonho estar, com uma pessoa que realmente me ame e saiba
cuidar de alguém como eu, que tem seus próprios pensamentos.
Sonho sempre em estar no meu chalé de madeira, com varanda e
lareira. E lá fora, o mar, as cachoeiras em um terreno verde,
rodeado de montanhas, com neves eternas (já realizei parte
desse sonho, morando em Ilhabela nos últimos 6 anos,onde de
tudo isso só não tinha a neve...rs.). Assim, paradoxalmente
entre frio e calor, entre o mar e o céu, entre amar e ser
amada. E aliado a isso tudo, o reencontro com meu eu
espiritual, latente durante toda minha existência e expresso,
em parte, nos textos que escrevo.

Entre sonhos e planos

Alguns desenganos

Outros, momentos de plena felicidade.

Mas, acima de tudo,

A regra da vida é:

Sentir, antes que seja tarde!



Rosy Beltrão

31/10/2008 12:27h

Bom... depois dessa data muita coisa me aconteceu mas, só
para renovar meus sonhos, estou morando hoje nos Estados
Unidos,em Fort Mill, uma cidadezinha deliciosa na Carolina do
Sul, quase no sul da Carolina do Norte (1 só milha nos separa
da divisa dos estados), casada com um americano que tem um
coração enorme e que ele fala é o coração dele é bem
brasileiro... (ele conhece o Brasil, já morou por mais de 10
anos aí).
Meu neto David já tem 2 anos e 6 meses, a Gillian tem 9 anos
e meio. O Alexandre tem o próprio escritório de advocacia e
trabalha em sociedade com o pai "Beltrão de Castro
Advogados". Minha filha Gabriela e meu genro Baydir, que
chamo de filho e é como meu próprio filho, estão muito bem e
felizes.
Continuo aprendendo inglês, tenho muitos amigos e amo a
América. Meu marido e eu passeamos bastante e cada lugar que
conhecemos juntos é uma nova alegria... estou muito feliz.
Tenho um marido que me ama e que valoriza tudo o que faço,
não poderia pedir a Deus nada mais do que saúde por muito
tempo ainda, para poder desfrutar do tempo que temos para
estarmos juntos e realizarmos outros sonhos...