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ESCRITOR AMADOR
Costumamos focar os melhores momentos de nossa vida em determinadas situações, cenários, frases ou pessoas... e neste contexto, minha infância ocorreu em cima dos pés de goiabeiras, jabuticabeiras, tangerinas e caquizeiros.
Nasci no dia 21 de Junho de 1958 na Cidade de Joinville em Santa Catarina, Um ano qualquer, numa madrugada qualquer para muitos, mas especial para meus pais e irmão... o início do inverno naquele tempo era muito rigoroso e para se proteger do frio só sentado à beira de uma chapa de fogão à lenha. Imagino as dificuldades de meus pais, principalmente minha mãe para seu restabelecimento e minha guarda.
Cresci em cima dos pés de frutas, me lançava de um pé ao outro, como nos filmes de Tarzan, o Rei das Selvas. Caí inúmeras vezes, as taturanas já conheciam meu cheiro e passavam longe, as pescarias com a mão na "toca", com água nos joelhos e a peraltice nas algazarras dos colegas, imitávamos os filmes da época, Viagem ao Fundo do Mar, Perdidos no Espaço, Daniel Boone, Tarzan, Bonanza, e tantos outros...
O Primário passou sem sustos, com um primeiro lugar no quarto ano, que me encheu de orgulho.
Lógico que sendo de origem alemã, enfrentei situações constrangedoras como quando alguns pseudo-inteligentes lançavam mão de um refrão..." alemão da alemanha come pão com banha".. e riam à vontade. Aceitava por dois motivos: meus pais falavam para não revidar e também porque eles eram maiores e em maior número do que eu...rs.
O Ginásio começou com as dificuldades normais, com falta de professores, alguns despreparados e minha própria adaptação. Lembro de um professor de Organização Social e Política do Brasil que pouca escrita exigia mas nos colocou verbalmente muitas lições para o resto da vida: Disciplina, organização, respeito à Pátria e as pessoas.
Tive mais predileção pelas Letras do que pelos Números.
A Literatura sempre foi meu caminho de contemplação do mundo.
Com o final do Ginásio veio o Segundo Grau e o preparativo para o Vestibular...e o curso de Letras foi o escolhido.
Não completei a Faculdade mas ficou aquela sensação de dever cumprido.
Num período de estagnação literária nasceram meus filhos Priscila, Soraia e Robertson Jr....
Mas tropeçamos nos acidentes de percurso e hoje um pouco distante fiquei mais próximo de meus filhos.
A solidão, a ausência e o retorno a mim mesmo, fizeram ressurgir o desejo pela escrita.
Contemplar um mundo com suas alegrias, tristezas, infortúnios e salvações milagrosas me levaram a expor minhas idéias e sonhos. O cheiro da mata, do jasmim aos jacatirões, das rosas ao gerânios, dos pássaros aos animais.. do homem às guerras e suas lutas cotidianas, do passado que ressurge subitamente e nos tira do presente, assim como o futuro que nos lança adiante e do presente que nos é dado por Deus, para nos renovar no AMOR que é semente, que é flor e que é fruto....