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Eu sou ...  ou eu estou  ...  ?


Posso ser o que tento retratar em muito daquilo que escrevo...
as vezes verdades ou o que gostaria que fosse, outras vezes deixo cair lágrimas amargas que saltam como palavras a ecoar em corações que reconhecem outra dor, alegria, esperança e muito amor.

Sou desenho livre e solitário em claras noites de luar...
Sou noturna esperança, alma que chora...eternamente nua,
permito, rápidos mergulhos e arrisco uma vontade imensa de ser muito mais feliz...ainda !

Somo a cada momento que busco, a amar e ser amada...ainda assim...Sou tudo e sou quase nada...
sempre com palavras que inspirem amor,  experimento provar, a cada dia o verdadeiro sentido dele em toda sua magnitude e supremacia...

Sinto...sempre, correr em minhas veias...a buscar uma face terna a florir.

Sou assim...sou Célia...sem deixar de ser...Eny !



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                                                 Celia Matos 

                                               
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Escrevo para derramar uma flamula de mim,
talvez um sossego de sonhos adormecidos,
acuados pela realidade tão insolita e tão nua
escrevo como se fosse despir-me nas noites,
encontrando-me, indolente, no clarão da lua

Escrevo para afagar pensares enlouquecidos
que contorcem e cismam em polir minha raiz
escrevo porque nada vejo além do meu nariz
que satisfaça entranhas inquietas e sofridas
que andam a escorregar de mim, por um triz

Por fim, transbordo a pequena incensatez
que cega, larga-me de vez no negro chão ,
talvez antes do fim ... ter na imaginação...
a polida, mas firme sensação de altivez
do inicio ao fim de toda emoção .



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Asas para o amor


Dá-me asas, senhor !
Não as de seres alados, pequenos terrestres
Que fazem voar seus simples corpos mortais
Por entre blocos de nuvens, entre árvores e florais
E fazem magníficos rasantes sobre a terra condenada
E até ao redor do planeta ... sem os mesmos cuidados.

Dá-me asas, Senhor !
Não essas plumagens lindas e multicores, que enfeitam
Não as que flutuam com o vento, livres giram pelo ar
Que passam, altaneiras, pelas janelas fechadas do mundo
E carregam em si a leveza de apenas voar...voar...
Em inteira liberdade pra onde deseja chegar .

Dá-me asas, Senhor !
Aquelas asas da reconstrução da minha integridade
As asas limpas dos sonhos mais secretos da minha infância
Para em rasantes, descortinar o que resta de belo
Soltar com brandura , os sorrisos que me foram tirados
Resgatar a nobreza dos sentimentos humanos.

Dá-me asas... aquelas asas... tal criança pura
Que em nome do ser maior de luz, engatinha e cresce
Levando minh’alma para o melhor lugar
Que transpondo confiante, meus sentidos para além dor
Serão meu telhado em campo vasto e seguro de paz
E fará minha eterna aliança com o verdadeiro amor.
10/01/2008


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Célia Matos,
17/05/2007


Agradeço por lerem minhas escritas e deixarem seus comentários, pois serão muito importantes. Obrigada !!!

***  Eny Celia Mendes de Matos Miranda  ***