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Fascínio pelo ato de escrever é o que me denota. Tenho amor pelas palavras. Escrevo... porque sou pouco, sou louco, raso. Porque não é o bastante ser apenas amante, é preciso ser tantos, ser constante, ser amado. Porque sou mudo e mudo a todo instante como quem muda de roupa, porque minha voz é áspera, é rouca, diferente e agonizam em minha mente tantas palavras, passadas, presentes. E não escrevo para que me entendas e sim para que sintas a voz que vem de dentro. Se não posso ser o seu sorriso, quero ser, ao menos, seu lamento.

...ainda que precise
De muitas outras mãos
Pra dar vida ao meu trabalho
Mesmo assim eu não encalho
Quem sabe um dia eu não cresça
Quem sabe até não apareça
Na escrita deste vil
Talvez alguma evolução.

André Pullig