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Perfil

Eu sou uma pessoa diferente. Faço parte de uma minoria. Sou ateu convicto. Sou didático antipático. Sou exigente comigo mesmo. Não sou daqueles que acham que a pessoa não tem que dar satisfações à sociedade. Nunca fui um jovem em busca de espetáculos e emoções ou de extravagâncias ou esportes perigosos(adrenalina). Nunca fui um cidadão revoltado contra aqueles que sempre puderam fazer aquilo, que eu nunca, ou ainda não consegui ou que jamais conseguiria. Contentei-me humildemente em andar com os meus próprios pés e jamais estive a procura de quatro pegadas na areia. Acho que a vida é uma troca constante. Se der um sorriso, quero receber na mesma moeda: Um outro sorriso. Nada mais. Respeito os padrões de comportamento e os limites estabelecidos e impostos pelo homem através de séculos. Sou extremamente conservador e somente me revolto contra costumes e tabus, se eu chegar à conclusão que eles realmente não têm mais razão de ser. Resumindo, não mudo de azul pra roxo, somente porque é moda. Detesto modismo. Ao mesmo tempo, me coloco a disposição do avanço da ciência e fico fascinado com as novas descobertas. Acho que o homem é o único ser vivo sobre a face do planeta terra, capaz de superar-se, de descobrir suas origens e de um dia desmascarar seus antepassados que inventaram um ser superior que chamaram e chamam de deus, para justificar sua absoluta ignorância e sua total dependência diante da misteriosa grandeza da mãe natureza. O Ser humano não superará o medo e a insegurança com misticismo e com sectarismo pedante e autoritário. Vivemos sob o manto de mercenários, que constroem templos gigantes e vendem a vida depois da morte. Sempre acreditei em ideologia, pois acredito que um ser humano somente pode seguir sua trajetória de vida, defendendo uma posição clara a respeito de seu semelhante e com noções claras de como se deve viver em comunidade. Sempre fui defensor de que tudo deve ser discutido amplamente e com muita profundidade. Portanto sempre acreditei que todo confronto, todo debate, é o único caminho para um aprendizado sadio e somente dessa forma que o ser humano pode aprender e até mudar seus conceitos e buscar novas idéias e conceitos sobre suas origens. Não acredito na famigerada palavra preconceito. Todo ser humano tem o direito sagrado de pensar o que quiser, e ninguém tem o direito de abafar seu ponto de vista. A palavra preconceito, foi ampliada e grifada pela mídia que quer aparecer diante de minorias ruidosas e pessoas complexadas que vivem em função de um auto-flagelo profissional. Eu luto pelo direito sagrado de não gostar disso ou daquilo, dessa ou daquela pessoa, de não me misturar com gente que segundo meus conceitos não vale a pena. Luto por tudo isso e pelo direito de não ser incomodado por quem quer que seja. Não aceito a teoria de que não se deve julgar para não ser julgado. Acho que existem seres humanos éticos, comportados, honestos, honrados, sensíveis, cumpridores de seus deveres e cumpridores da Lei dos homens, que mesmo cometendo erros, estarão sempre em condições de julgar aqueles seus semelhantes que cometem excessos, segundo os padrões estabelecidos pela sociedade. Sobre a Felicidade, eu a defino com as palavras da minha saudosa mâe: "A Felicidade é quase nada". Ou seja, quando a gente menos espera, a gente está feliz e mesmo que esse momento tenha sido de fração de segundos, eu me alimentarei dessa fração, com uma doce lembrança e eterna gratidão, como se eu em momento algum de minha vida tivesse conhecido a tristeza. Para fechar esse raciocínio, um homem honrado deve procurar sempre o trabalho digno que lhe dará condições de sobrevivência, sem ter que lançar mão de coisas que não lhe pertencem. Esse é o perfil de um homem honesto e digno. Pautado nessa filosofia de vida, ele pode esperar pela morte sem temer qualquer tipo de julgamento que não possa partir de sua própria consciência e morrer com a certeza de que o destino que lhe foi imposto foi cumprido com honradez e dignidade.