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Fábio não faz poemas,
Ele os fere, como se felino fosse.
Segue sereno como se a nada seguisse,
E foge de si,
Como se quisesse encontrar-se.
Fábio fere o poema para vê-lo aberto,
Para provar-lhe o sangue
E para provar-se vivo,
Como alma que se descobre
Quando o coração nada cobre.

Fábio fere poemas,
Como quem intere na esfera de todas as eras,
Como quem poeta em linha reta
Como quem cai
Como aquele que segue uma seta.

Nara Rubia