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"E AQUELES QUE FORAM VISTOS DANÇANDO FORAM JULGADOS INSANOS PELOS QUE NAO PODIAM OUVIR A MUSICA".

ENTÃO PERGUNTO: "PORQUE NÃO?"

PS_ "SE O QUE ESCREVO É VERDADE?" - PRIMEIRO CONTE-ME O QUE É VERDADE PARA VOCE, ENTÃO...VOCE ME DIZ SE É...OU NÃO.
!

LIANE FURIATTI (L.F.)
MEU CASO



Tenho um caso de amor com as palavras,
letra por letra faço amor entre frases, pontos, reticências...
Seduzo, encanto...enlevo, enfeitiço...escravizo e liberto.
Entre um e outro surgem ciúmes quiméricos e passionais!
Emoções descontroladas como animais selvagens
sem limite, sem pudor, sem nexo...
Laivos de ódio escorrem nas virgulas sinuosas, viscos irracionais
deságuam em lagrimas tempestuosas, deixando rastros de insanidade.
Hífens , apóstrofos, parênteses...definem sentimentos humanos, santos e profanos na hoste homérica do cotidiano.
E bailam as palavras...nas entrelinhas significados velados, desregrados...
Cortejam, hipnotizam, transformam reis em mendigos...anjos em demônios caídos por escolha e vontade ao sacrossanto sacrifício da verdade.
Excitam as letras numa metamorfose desconcertante, os ávidos, impávidos, descrentes, dormentes...amantes inocentes tragados na orgia dos sentidos...das palavras contundentes...de frases insinuantes, irresistivelmente envolventes, inexplicavelmente delirantes.
Perco a cabeça, alucinadamente, busco interpretações diferentes de palavras inconseqüentes...e brota o delírio...febril e  avassalador, nesse caso de amor, as palavras ditam o sentido, oculto, velado...á mostra, escancarado...e o gozo...pleno, devastador...
Recomeça...sem pressa...meu caso de amor com as palavras...sem rima, prosa ou verso..desconexo...arrebatador.
Escoa ternura nas entrelinhas, indefinidas, interpretáveis, tão minhas. Sozinhas...
Num caso de amor com as palavras faço a vida acontecer entre reticências...exclamações, interrogações...vivo o riso, a lágrima, a vida e morte, magia sem igual...minha sorte...pura alquimia...sem ponto final...